Fanfic: Meu Guarda Costas | Tema: Vondy

Depois que Dulce encontrou Lourdes e pediu que a mesma colocasse as rosas na agua, ela seguiu até o segundo andar da casa, e antes que entrasse no quarto suspirou fundo pedindo calma a si mesma, em seguida entrou no quarto onde encontrou Rodrigo sentado na beira de sua cama. Ela fechou a porta e forçou um sorriso. – Cheguei!

Estou vendo. – Sorriu. – E aí? Como você está hein? – Olhava a morena ainda parada na porta.

Estou bem na medida do possível. – Andou até o criado mudo colocando a caixa de chocolates e depois se sentou ao lado dele. – Ainda não consigo aceitar que você vá me largar aqui. – Falou sem consegui olhá-lo nos olhos.

Oh meu amor. – Pegou na mão dela e deu um beijo. – Já disse que preciso ir.

Você não tem que ir Rodrigo, você quer ir, é completamente diferente. Até onde sei, você tem um ótimo emprego aqui no México, tem um apartamento próprio e um carro que por sinal é bem chamativo.

Rodrigo sorriu. – Eu sei meu amor, mas não é tão simples assim.

Em que você vai trabalhar lá? – Ela o olhava esperando uma reação dele.

Tem certeza que quer sabe? – Fez careta.

Sim! – Se limitou. – Quero saber qual foi o trabalho sortudo que fez você me trocar por ele.

Rodrigo a olhou. Por que isso agora? Tinha que pensar de imediato. – Como você sabe eu sou Engenheiro Civil. – Ela assentiu. – Fui chamado para gerenciar a maior empresa de construção da Alemanha, e fui o escolhido da minha empresa.

Entendi. – Deu de ombros. – Muito bom saber que o dinheiro é mais importante que eu. – Falou friamente enquanto se levantava indo até o banheiro.

Rodrigo suspirou, e foi até ela, e quando entrou a abraçou por trás. – Não fica assim meu amor. – A olhava nos olhos através do espelho. – Você é minha vida, mas eu preciso realmente ir, e não posso te explicar o porquê dessa necessidade.

Dulce suspirou e o olhou. – Eu vou sentir saudades. – Deixou escapar uma lagrima. Para quem não acreditava em pessoa certa, até que estava saindo uma bela garota apaixonada. Será? Dulce se virou de frente pra ele. – Posso te pedir uma coisa? – Falou com a voz embargada.

Claro. – Sorriu.

Eu quero que você me faça sua antes de partir. – Falou quase em sussurros e Rodrigo se assustou.

Mas Dulce, eu nã... – Dulce pousou seu dedo indicador nos lábios do mesmo fazendo com que ele se silenciasse.

Eu estou com você há dois anos Rodrigo, e preciso disso.

Tem certeza disso? – Ela assentiu e Rodrigo suspirou. Quantas vezes ele se segurou para não fazer nada com ela. Depois de uns pequenos segundos de pensamento, ele a beijou enquanto a pegava pela cintura e a sentava em cima da pia, ficando entre as pernas dela. Dulce sentia um frio no estômago, mas estava totalmente decidida a fazer isso. Passou a mão dentro da blusa dele, e enquanto sentia os músculos dele, subia lentamente a blusa. Já Rodrigo vendo que ela realmente seguiria a diante, fez com que ela enganchasse as pernas envoltas à cintura dele, a segurou e a levou para a cama, sentou-se fazendo com que a mesma ficasse sentado no colo dele. O beijo estava cada vez mais intenso e um calor subiu pelo corpo dos dois. Dulce parou o beijo somente para poder tirar por completo a camisa de Rodrigo e depois retomou o beijo, enquanto Rodrigo mantinha uma das mãos na cintura dela e a outra apertando uma de suas coxas por baixo do vestido, o que fez Dulce soltar um pequeno gemido. Rodrigo sorriu e a deitou na cama em um gesto rápido, ficando por cima dela. Desceu o beijo para o pescoço e deu uma leve mordida na ponta da orelha dela, depois desceu o beijo para o ombro. Dulce passava fortemente a palma das mãos pelo corpo de Rodrigo, e parou ao chegar ao cós de calça dele. Sentiu novamente seus lábios serem tomados por um beijo voraz e novamente sua boca foi invadida pela língua dele, mas num piscar de olhos Rodrigo parou o beijo saindo de cima dela ainda com a respiração ofegante como a de Dulce.

O que foi? – Ela o olhou tentando recuperar o fôlego.

Desculpe-me, eu não posso Dul. – Falou pegando a blusa no chão ao lado da cama e Dulce se sentou na cama.

O que foi? Fiz algo errado? – Sentiu seus olhos queimarem.

Não. Perdoa-me meu amor, mas eu não posso fazer isso com você. – Dulce fez menção de falar, mas ele apenas lhe deu um selinho e se retirou do quarto, ou melhor, da casa. Dulce sentiu um misto de sentimentos lhe tomarem o corpo. Ódio, vergonha, raiva, dúvida, rancor, e mais um monte. Sentiu sua garganta queimar e uma vontade enorme de gritar todas as palavras malditas de uma vez. Levantou-se da cama, e num impulso começou a jogar suas coisas na porta. Se alguém não que ela não conhecesse chegasse naquele momento, de imediato chamaria uma ambulância de um hospício. Ela estava vermelha, completamente vermelha de raiva. Sua raiva era tão grande que ela se quer conseguia chorar e deixar seus sentimentos escaparem juntos com elas. Jogou uma caixinha de musica que Rodrigo lhe dera no primeiro mês de namoro com tanta força na porta, que por questão de milésimos de segundos não acertou em cheio a cabeça de Christopher ou de Fernando que entravam às pressas no quarto.

Dulce o que houve? – Falou Fernando tentando desviar de um objeto que lhe passou de raspão perto do braço. – Calma Dulce. – Conseguiu chegar até ela sem ser atingido e a imobilizou. – Filha fala comigo, por favor. O que houve?

Dulce estava tremula, e sentia vontade de matar alguém. – Ele veio aqui papai.

Quem Dulce? – Olhava a filha preocupado.

Dulce você está falando do Rodrigo? – Perguntou Christopher, depois de chegar perto dela.

Sai daqui. – Gritou. – Saiam os dois daqui.

Não vou sair Dulce. Você está muito alterada.

Me deixem em paz. – Se soltou. – Não venham atrás de mim ok? – Gritou sumindo pela porta.

Se esse cara tive feito algo com ela, ele vai se arrepender de ter nascido tio. – Cerrou os punhos e saiu atrás dela.

Dulce seguiu até a garagem, pegou seu capacete, junto com a chave, montou em sua moto, e antes que Christopher a impedisse de sair, ela deu partida. Embora ela pilotasse muito bem, o estado em que se encontrava não era nada apropriado. O transito estava um pouco parado pelo fato de ser horário de pico. Saiu cortando carros e motos, e deve ter tomado umas quatro multas por velocidade e avanço de sinal durante seu trajeto. Dulce foi se afastando da cidade, e chegando em um lugar onde as casas eram mais afastadas. Estacionou em frente ao casarão de seus avós, e já chegou entrando, e acabou dando um susto neles, já que a mesma entrou sem falar nada dirigindo ao quarto que seus avós tinham feito para ela sem se quer os cumprimentar.