Fanfic: Meu Guarda Costas | Tema: Vondy

Dulce apenas os olhava sem reação. – Dulce onde você estava? – Christopher a abraçou num impulso. Era um abraço aperta, de medo. Talvez medo fosse o que ele estava sentindo naquele momento. Dulce não demonstrou reação alguma. Apenas ficou paralisada, mas não correspondeu ao abraço. A final, por que motivo o Pudim de Calabresa a estaria abraçando daquela forma. – Não faz mais isso. – Todos se calaram olhando a cena, que para Dulce estava sendo constrangedora.

Me solta Christopher. – Falou calma e friamente.

Christopher a soltou sem graça. – Desculpa. – Corou.

Onde você estava filha? – Perguntou Fernando preocupado.

Eu fui a procura de paz. – Deu de ombros. – Acho que vou me deitar. Estou bem, não se preocupem. E vocês, já podem ir embora, não vejo o porque desse senhor chamar vocês. – Falou direcionada aos dois policiais.  – Gente, agradeço a preocupação de vocês, mas a Dulce aqui precisa de um bom sono antirrugas. – Sorriu. – Amanhã a gente conversa. Boa noite.

Dulce subiu as escadas e entrou em seu quarto, que por um milagre estava do mesmo jeito que havia deixado. Ignorou entrando em seu closet e se trocou de roupa, colocando apenas uma blusa de pijama por cima de seu lingerie, seguiu para o banheiro onde fez suas higienes e depois foi se deitar. Seu dia tinha sido muito turbulento e tudo que mais desejava naquele instante era dormir. Depois de um bom tempo tentando se livrar de seus pensamentos ela pegou no sono. Era cerca de 4 da manhã quando Dulce acordou com sede. Sentou-se na cama, estava toda suada devido ao calor, e ela se esquecera de ligar o ar condicionado. Levantou-se e seguiu para a cozinha. A casa estava silenciosa, e apenas as luzes do jardim, na parte da entrada estavam acesas. Pegou uma garrafa de agua na geladeira e um copo, e se sentou no balcão e ficou tomando agua. Balançava as pernas consecutivamente enquanto já estava iniciando o terceiro copo de agua.

Vai ficar com barriga d’agua. – Falou uma voz do canto da cozinha.

Dulce quase deixou o copo cair da mão dela. Num impulso pulou do balcão, ficando em pé no chão, apenas o olhando, enquanto o mesmo se levantou – Já que estava sentado no chão – e socou sua cabeça na beira do armário, colocou a mão na cabeça e ficou hipnotizado olhando pra ela, á que a mesma estava de blusa e calcinha.

Se machucou? – Dulce perguntou ainda o olhando.

E... eu. Eu não! – Tentava não olhar para baixo, e então fixou os olhos no olhar dela, mesmo com um pouco de dificuldade, já que a luz estava apagada, e somente a luz da lua adentrava na cozinha.

O que fazia aí no chão, sentado, sozinho a uma hora dessas Ucker? – Christopher sorriu disfarçadamente, ela o chamou pelo apelido pela primeira vez, mas não demonstrou nada.

Gosto de ficar aqui, pensando. – Caminhou até ela e se posicionou ao lado da mesma.

Mas não é um pouco tarde pra isso? – Ergueu uma sobrancelha.

Sim, mas meu rosto ainda dói, e como eu costumo dormir desse lado, eu mal estou conseguindo dormir. – Passou a mão pelo rosto.

Dulce corou. – Desculpe-me mais uma vez. Não pensei que ficaria assim. Posso ver?

Claro. – Se virou de frente pra ela e fechou os olhos, sentindo uma das pequenas mãos dela tocar seu rosto.

Está inchado ainda. – Falou sem graça.

Sim. E bem dolorido. – Abriu os olhos tirando a mão dela do rosto dele.

Posso te ajudar?

Como?

Vamos lá no meu quarto. Tenho uns cremes bons. – Sorriu.

Ok! – Desviou o olhar. Estava feliz por ela estar conversando com ele numa boa e até se esqueceu de como ela estava vestida. Os dois seguiram para o quarto dela em silêncio. Dulce estava completamente sem graça por ter feito aquilo com ele.

Sente-se aí, vou pegar os cremes ali no banheiro. – Entrou no banheiro enquanto ele se sentou, e os pegou ainda com a luz apagada, voltando em seguida para o quarto colocou-os na cama, e se sentou de frente pra ele.

Só não vale passar maquiagem. – Brincou.

Você ficaria linda de maquiagem. – Revirou os olhos abrindo um vidro de creme. – Não acredito que vou usar meu creme importado no seu rosto, mas em fim, é o mínimo que posso fazer. – Pegou um lenço umedecido e limpou o local, e em seguida colocou um pouco de creme na lateral da mão, pegando aos poucos com as pontas dos dedos, passando no rosto dele levemente, espalhando com cuidado, depois soprou o lugar, fazendo com que o creme secasse rápido.

Isso queima. – Sorriu.

É por que estou soprando. – Riu e depois soprou mais um pouco. – Agora vou passar outro por cima. – Pegou outro pode e fez o mesmo procedimento, sem soprar. – Vai ter que tentar dormir do outro lado, ele tem que secar sozinho.

Vai ficar melado? – Franziu o cenho.

Sim. – Sorriu fechando os cremes.

Ucker passou o dedo no local. – Vai estar melhor amanhã?

Talvez. Amanhã cedo antes de sairmos, eu faço de novo. E tire essa mão daí. – Pegou a mão dele, a tirando do rosto dele. – Se ficar tocando vai destruir minha obra de ar...  – Parou de falar ao olhar nos olhos dele. – É.. é me... é melhor voc.. voc..

Xiii. – Pousou seu dedo indicador sobre os lábios dela e ela se calou. Ele se aproximou dela, e sorriu ao vê-la fechar os olhos, e quando sentiu que suas respirações estavam se tornando uma só, ele fez o mesmo, lhe tomando em um beijo suave, e doce. Dulce mais uma vez ficou sem reação, mas ela deu passagem a língua dele quando o sentiu a puxar pela cintura, juntando seus corpos. Dulce se ajoelhou na cama, ficando mais alta que ele, e levou suas mãos envoltas ao ombro dele, e usando uma delas na nuca do mesmo, para aprofundar o beijo. Sim, o beijo era perfeito. Suas línguas bailavam em perfeita sintonia, e seus lábios se encaixavam perfeitamente. Depois de um tempo se beijando, Dulce parou com um selinho um pouco demorado.