Fanfic: Meu Guarda Costas | Tema: Vondy

O doutor a olhou e suspirou. – Senhorita Saviñon, o estado dele não é dos melhores. Ele tomou três tipos diferentes de medicamentos e ele está com intoxicação e a pouco sofreu uma pequena parada respiratória.

Dulce fechou os olhos passando os cabelos para trás enquanto sentia seu rosto encharcar-se. Por que motivo aquele Pudim de Calabresa teria feito aquilo? – Eu posso ir vê-lo?

Por enquanto não. Ele está na UTI em processo de desintoxicação nesse instante e por enquanto não pode receber visitas. Aconselho que vá para a casa e avise a família dele.

Eu não vou sair daqui até que ele fique bem. – Se sentou.

Você é quem sabe, agora preciso ir. Com licença. – Dulce assentiu e o doutor sumiu pelo longo corredor.

Dulce esperou que o Dr saísse, e logo ligou para a secretária de seu pai, pedindo contato imediato. Quando seu pai finalmente atendeu ao telefone depois de umas 3 chamadas, Dulce ficou completamente muda ao ouvir a voz dele, porém teria que dizer algo. – Sim, eu estou aqui. Papai. – Soluçou. – Vem embora o mais rápido possível...  Aconteceu algo muito sério papai, por favor... Que se dane essa reunião amanhã. O Ucker está internado e o estado dele não é dos melhores. – Seu rosto estava completamente encharcado e sua voz saia falha devido ao choro. – Ele, ele tentou... Ele tentou se matar. – Caiu em prantos ao dizer aquela frase, e acabou acordando Lunna. Dulce não conseguiu responder mais nada a seu pai que estava desesperado do outro lado da linha, e entregou o telefone a irmã que logo contou o que houve a ele.

Não sabemos o porquê de ele ter feito isso Fernando...  Não sei, eu acabei dormindo... Duvido que eu consiga, mas vou tentar... – Olhou para a irmã que estava em prantos. – Já faz algumas horas que estamos aqui... Com remédio... Não sabemos o por que... Já está vindo?... Ok! E onde está?... Ah, entendi, nos vemos logo então. Até! – Desligou e abraçou a irmã. – Calma maninha, vai ficar tudo bem. Seu pai disse para irmos para a sua casa, mas como sei que não vai quere, não vou insistir. – Deu um beijo no cabelo da irmã.

Por quê ele fez isso Lunna, por quê? – Falou com a voz abafada pelo abraço da irmã. – Mas deixa ele melhorar, que ele vi me ouvir. – Falou decidida ao se soltar do abraço enxugando as lagrimas.

Não quer avisar aos seus amigos? – Se abaixou na frente dela lhe entregando o celular.

Eu não. Manda uma mensagem pra eles do meu celular.

Dulce, está de madrugada, eles não vão acordar com uma mensagem. – Mordeu o lábio inferior.

Sei lá Lunna, faz o que quiser. Vou lá fora tomar um ar.  – Pegou a bolsa. – Se quiser ligar pra eles você liga, qualquer coisa estou lá no pátio ok?

Ok! Fica bem tá bom?! – Se levantou dando um beijo na testa da irmã e Dulce saiu em seguida. Lunna ligou para os amigos de Dulce enquanto Dulce tinha ido para o pátio respirar. Não conseguia colocar em sua cabeça o motivo de Christopher ter feito aquilo.

Quase uma hora se passou e Dulce permanecia sentada no encosto do banco do pátio com os pés no assento. Os amigos dela já tinham chegado e estavam na sala de espera com Lunna, com exceção de Alfonso que resolveu ir atrás de Dulce. Chegou no pátio e sem dizer nada se sentou ao lado dela lhe puxando para seus braços.

Calma bebe, vai ficar tudo bem ok? – Deu um beijo no cabelo dela.

Por que ele fez isso Poncho? Por quê? – Perguntou com um pouco de desespero nos braços de seu amigo.

Não sei Dul. Mas olha. – Se separou dela enxugando as lágrimas da mesma – Seja o que for nós vamos descobrir, e outra, isso não vai ficar assim, nós vamos dar uma bronca daquelas nele ok?

Acha que ele vai sair dessa?

Claro que vai Dulce. Logo, logo vocês dois já estarão se matando novamente. – Sorriu lhe beijando a testa. – Agora vamos entrar porque  está começando a esfriar e você vai acabar ficando doente.

A Anny está lá dentro? – Perguntou receosa.

Está sim, eles são namorados se esqueceu?

Infelizmente não. – Abaixou a cabeça. – Não posso entrar lá Poncho.

E por quê não? – Perguntou estranhando.

Por que não tenho coragem de falar com ela, nem se quer de olhar na cara dela. – Passou o cabelo para trás.

Alfonso a olhou sem entender. – Não estou entendendo, o que foi que você aprontou María?

Eu não posso dizer. – Suspirou. – Acho que vou pra casa.

Você não está em condições de dirigir Dulce.

Então me leva? Não posso ficar aqui.

Tudo bem. Vai indo pro carro que vou lá dentro avisar os outros.

Pergunta a Lunna se ela não quer ir, e pega meu celular com ela.

Ok! Já volto. – Dulce assentiu e Alfonso saiu entrando no hospital enquanto Dulce seguiu para o estacionamento.

Alfonso chegou logo e levou Dulce para casa. Lunna preferiu ficar no hospital já que ela também gostava muito de Christopher. Alfonso queria  muito saber o que aconteceu para Dulce não querer se quer ver a Anahí, mas preferiu não se intrometer, pois seja o que for elas teriam de resolver. Mas uma coisa ele tinha certeza: ERA ALGO RELACIONADO A CHRISTOPHER.  Deixou-a em casa e depois seguiu novamente para o hospital.