Fanfic: Meu Guarda Costas | Tema: Vondy

Ucker meu amor. – Anahí deu-lhe um selinho demorado e depois o olhou sorrindo. – Como você está?

Perfeitamente bem. – Sorriu.

Você estragou nossa surpresa. – Falou Lunna levando uma batata à boca.

O médico me liberou mais cedo. – Sorriu. – E vocês, como estão?

Maite olhou para Dulce que permanecia paralisada olhando para eles. – Estamos bem.  – Permanecia olhando Dulce.

Bom, vamos comer né gente? A loira aqui está faminta, e Lunna para de comer as batatas. – Deu um leve tapa na mão dela fazendo-os rir e Dulce subiu às pressas para o quarto. Trombou com Alfonso no meio do caminho, que tentou pará-la mas mesmo assim ela foi para o quarto sem falar nada.

Os amigos comemoraram a melhora de Ucker, e quando já havia escurecido foram embora. Dulce se manteve no quarto o tempo todo. Depois de ficar longos minutos caminhando de um lado para o outro, pensando em como esquecer seus pensamentos, depois de se cansar, jogou-se na poltrona, deixando seu corpo escorregar , colocando seu pé no pufe à frente. Ficou observando seu quarto em todos os lugares. Olhou para sua prateleira de ursos na parede à sua esquerda, e lembrou-se de cada urso dado, todos por Rodrigo. Olhou para um de seus criados-mudos olhou para o seu relógio em formato de maça mordida, não pode conter um sorriso se lembrando de quando o ganhara em seu aniversário de 16 anos, de um menino de quem gostara muito, mas que lhe irritava em dobro. Sentiu uma saudades lhe bater no peito, ao se lembrar que não o vira depois daquele ano. Observou seu quarto que estava uma completa desordem. A cama estava desarrumada, algumas peças de roupas espalhadas pelo chão, sua mochila estava jogada no chão ao lado da cama, onde jogara mais cedo ao chegar da universidade e por fim deixou vir à mente o dia em que acordara e seu quarto estava em perfeita ordem. Fechou os olhos mergulhando fazendo com que sua lembrança viesse à tona novamente, deixando um lagrima escorrer em sua face. Como pode ser tão rude com ele? Por que motivo aquele Retardado Imbecil do Pudim de Calabresa teria tentado se matar? Por que se sentia tão culpada nisso? Por que não foi visita-lo no hospital? E o melhor, porque o odiava tanto e mesmo assim conseguia sentir seu coração palpitar somente em se lembrar do calor de seu corpo? Tantas perguntas estavam a deixando confusa. Queria correr para os braços dele, mas ao mesmo tempo queria fugir dali. Sentia vergonha de si mesma, mas ao mesmo tempo seu orgulho falava mais alto. Porque sentia isso? Amava o Grandalhão de quem não soube mais notícias, mas desejava outro. Porque seu coração estava fazendo isso com ela? E o fato de que Christopher havia lhe ignorado completamente mais cedo na cozinha? Se quer perguntou como ela estava ou mesmo se importou com sua presença. Sentiu alguém lhe abraçar fortemente, e não teve coragem de abrir os olhos. Apenas mergulhou sua cabeça em seu peito, deixando escapar alguns soluços juntamente com as lagrimas que nesse instante encharcara seu rosto. Era se como de repente sua vida desabasse por completo de uma vez. Não conseguia buscar forças para erguer a cabeça. Procurava em seu mais profundo ser aquela garotinha que não se importava com nada. Aquela garotinha capaz de derrotar seus piores pesadelos. Onde estaria ela?

Não chora mais, por favor. – Falou a pessoa a apertando em seus braços em sussurros, não permitindo assim que Dulce reconhecesse sua voz, mas isso não foi o suficiente, quando Dulce sentiu seu cordão prateado roçar sua face. Oh meu Deus, somente uma pessoa usava isso e ela sabia perfeitamente quem era. Dulce se soltou rapidamente enxugando as lagrimas.

O que faz aqui? – Tentava não o olhar. Estava com vergonha de si mesma.

Vim conversar com você, mas parece que não está em condições Senhorita Saviñon.

Espera aí? Como assim Senhorita Saviñon? Por que diabos Christopher estava a chamando assim? O que houve com ele? – Conversar sobre o quê?

Sobre nós dois. E não quero que fuja. – Falou decidido.

Não temos nada pra conversar, sai daqui.

Não vou sair.

Então eu saio.

Não vai a lugar algum, já tranquei a porta.

Você não pode me obrigar. – Se levantou entrando no banheiro.

Sim, eu posso. – Sorriu. – Estamos sozinhos em casa. Lourdes já foi embora e seu pai tem um jantar a negócios nesse momento.

Idiota. – Gritou de dentro do banheiro.

Dulce. – Falou entrando no banheiro atrás dela. – A gente precisa conversar.

A única coisa que quero saber, é o porque de você ter feito aquilo. – O olhava através do espelho cruzando os braços.

Quer mesmo saber? – Ela apenas assentiu. – Por sua causa.

Por minha causa? – Arqueou uma sobrancelha.

Sim.

Mas o que eu fiz? – Se virou de frente pra ele.

Se lembra do que disse aquele dia a sua irmã?

Perfeitamente.

Me doeu muito sabia? – Dulce abaixou a cabeça. – Eu queria colocar um ponto final nessa história. Saber que você morre de amores por alguém que se quer merece um pingo de você, alguém que não presta, e a qem realmente te dá valor, a quem realmente se importa com você, você despreza.

Isso não é verdade. Você não tentou se matar por minha causa, fala que é mentira por favor. – Sentiu seus olhos arderem novamente.

A verdade doi, mas precisa ser dita. – suspirou. – Tem noção de quantas vezes implorei para que você fosse me visitar no hospital? E você? Não estava nem aí pra mim.

Me desculpa, eu não podia. – Falou com a voz embargada.

E porque não?

Porque estou confusa Christopher, me entenda por favor. Minha vida está uma completa desordem.

Você apenas olha para você mesmo Dulce. – Dulce saiu do banheiro e se jogou na cama chorando. Como lhe doía aquelas palavras já ditas por seu melhor amigo dias antes. Droga, droga, droga, mil vezes droga! Como podia ser assim? Não suportava mais o seu jeito. Sempre magoava as pessoas tentando se defender.

flowervondy:  Dulce tem um gente bem forte, mas no fundo ela apenas se defende de mais e acaba magoando as pessoas. Ela já sofreu muito por causa da mãe, e tem medo de sofrer por amor também. E o Chris ela é apenas ciumenta com ele. rsrs Tente entendê-la um pouco kkkk