Fanfic: Meu Guarda Costas | Tema: Vondy

“Dulce entrou naquela casa em que encontrara abandonada há alguns poucos meses atrás. Chovia muito naquele dia e para não pegar um resfriado arrancou sua roupa que estava completamente encharcada ficando apenas com seu lingerie estampado em zebra. Torceu sua roupa e a pendurou em uma cadeira. Se não bastasse a má sorte de fugir sem sua bolsa do carro em que se encontrava ela e Alfonso, ela acabara de ter uma briga  feia com sua mãe para defender a irmã. Resolveu ir até um dos quartos da casa na esperança de ter algo para se enxugar. Subiu a enorme escada no centro da sala e dobrou para a esquerda, entrou no primeiro quarto e estranhou a cama arrumada e algumas guloseimas em cima da mesinha no canto do quarto. Um calafrio lhe tomou o corpo por saber que algum estranho estaria com ela naquele instante. Quis sair correndo daquela casa, e quando virou-se para sair do quarto, lá estava ele, parado na porta a olhando de cima a baixo. Ele tinha porte alto, e seus cabelos eram ondulados e castanhos de tamanho médio, u usava uma barba malfeita. – A senhorita perdeu alguma coisa? – Foi a única coisa que Dulce se lembrara de ter ouvido antes de sentir seu corpo amolecer e suas vistas escurecerem por completo. Sim! Dulce desmaiou de medo. Talvez ele fosse um maníaco ou um assassino em série que estava se escondendo naquela casa. – Ei mocinha, acorda. – Disse o cara esquisito dando leves tapas no rosto dela.

Naquele instante Dulce começou a despertar. Suas vistas ainda embaçadas pode se fixar ao rosto dele bem próximo dela. – Ai não! – Gritou enquanto saltava na cama em que ele havia a colocado, sentando-se e abraçando as pernas. Não faça nada comigo porfavor. – Começou a chorar descontroladamente, tremendo de medo.

Ei, se acalme, - Segurou-se para não rir da reação dela. – eu não sou nenhum monstro e só mordo se me pedirem.

Dulce olhou para seu corpo que nesse momento estava aquecido por um enorme blusão preto. – É sua? – Perguntou apenas com movimentos labiais impedindo a saída de qualquer som.

Sim. – Sorriu. - Está se sentindo bem? – Ela apenas assentiu. – Você desmaiou, pensei que estivesse se sentindo mal. – Dulce apenas o olhava. – Quer comer alguma coisa? – Ela permanecia parada e seus olhos demonstravam medo. – Tem frutas, salgadinhos, refrigerante, doces, biscoitos... gosta? – Ela apenas assentiu novamente. – Você não fala? Deixa eu adivinhar... o gato comeu sua língua? – Suspirou. – É, acho que ninguém vai conseguir tirar nada de você, será que o senhor marshimellow consegue? – Pegou um marshimellow no pacote. – Senhor marshimellow, pergunte a essa menina linda como ela se chama. – Sorriu. – Ela perece bem tímida né? Será que ela gosta de você? Não? E dizer o nome dela, será que ela diz? Que pena! Então vou comer você e seus irmãozinhos sozinho. – Comeu o marshimellow e depois se virou indo em direção à porta.

Dulce. – Ele se virou para ela sorrindo. Dulce María. – Sorriu tímida.

Lindo nome. – Sorriu se sentando na beirada da cama. – Prazer, Luis. – Estendeu-lhe a mão. Luis Rodrigo.”

Um estrondo foi ouvido e Dulce acordou de suas lembranças. Uma tempestade estava caindo e ela ao menos havia se dado conta disso. As janelas de madeira, mesmo fechadas, se debatiam contra o vento e os raios clareavam a casa. Dulce sentiu seu corpo se arrepiar por completo. Droga, porque tinha que acontecer uma tempestade justo agora que ela estava sozinha? Os raios e trovoadas aumentavam e ela começou a chorar instintivamente. Suas mãos suavam e tremiam. Ficou por alguns minutos tentando controlar seu medo, mas não conseguia. Correu em direção sua bolsa do outro lado da sala e pegou seu celular. Ligou o aparelho e depois ligou para o primeiro contato de sua agenda. Assim que o contato atendeu ela já interrompeu os sermões. – Me ajuda por favor.

Dulce, o que foi? – Perguntou preocupado com o desespero dela.

Me ajuda.

Onde você está? – Se lembrou do trauma dela ao ouvir o estrondo. – Calma, para de chorar e me fala onde você está.

Rua 203, na casa abandonada. Conhece?

Claro que conheço, já estou indo, tenta se acalmar ok?

Anda rápido, por favor.

Não vou demorar. – Desligou o telefone.

Dulce colocou o telefone no chão e se sentou no canto entre duas paredes. Encolheu as pernas e escondeu o rosto, apertando fortemente os ouvidos para abafar o som. 23 minutos de muita aflição para Dulce, até sentir alguém lhe envolver nos braços.

Calma ok? – Se sentou e depois a fez sentar-se entre suas pernas. Em seguida a puxou para deitar a cabeça em seu peito e o próprio tapou o ouvido dela. Depois de alguns minutos de muito choro Dulce acabou pegando no sono nos braços dele.