Fanfic: Meu Guarda Costas | Tema: Vondy

A noite chegou, e após uma tarde tranquila, Dulce convenceu Christopher de leva-la até o centro. Dulce estava terminando de arrumar, apenas faltava um retoque na maquiagem, e passar um perfume. Olhou pelo espelho e viu Christopher atrás dela.

Está gatinho. – Sorriu colocando o brinco. – Assim as garotas da cidade vão ficar em cima de você.

E você está linda. Na verdade você é linda, tão linda que se fosse o tio Fernando iria te trancar no quarto e só iria deixar você se relacionar com alguém depois dos 50 anos. – A abraçou por trás beijando-lhe o pescoço fazendo a mesma soltar um gemido leve. – Eu ainda não sei o porquê de você demorar tanto se arrumando.

Ah, vou começar a sair por aí da mesma forma como vim ao mundo, o que acha? – Sorriu sapeca.

Você não é nem louca. – A fitou. – Pior que é. – Negou com a cabeça e ela soltou uma gargalhada. – Não vamos ficar até tarde né?

Vamos ver como anda  a festa. Provavelmente devo encontrar alguns amigos lá, quero matar a saudade. – Se soltou dele e começou a retocar a maquiagem. – Está muito frio lá fora?

Mais ou menos, mas eu te esquento. – Falava a olhando. – Se você demorar mais um pouco eu vou dormir.

Ai deixa de ser chato. Já estou terminando. – Passou o perfume. – Pronto. Vou só pegar minha bolsa.

Bolsa pra quê Dulce? Você não vai usar nada. Se precisar de algumas coisa eu compro ok?

Ucker não. – Resmungou.

Deixa de ser teimosa e vamos logo. – Pegou a mão dela e a puxou.

Ai. – Soltou a mão dele.

O que foi? –Arregalou os olhos.

Não é nada. – Deu de ombros. – Vamos. – O abraçou de lado e saiu com ele.

Depois de se despedirem dos avós de Dulce, os dois seguiram até a cidade que ficava há uns 20 minutos de carro. A noite estava fria e estrelada, fazendo a festa ficar mais animada. Havia praticamente toda a cidade naquele local. Tudo bem que não era uma cidade muito grande, porém estava bem cheio. Procuraram um local não muito longe do centro das atrações para estacionarem e depois foram dar uma volta. Estava tendo shows de cantores locais deixando a festa bem barulhenta. Ficaram olhando algumas barraquinhas que vendiam lembrancinhas até que uma voz chamou pelo nome de Dulce.

Dulce? – Perguntou uma voz máscula e conhecida atrás deles.

Bom de mais pra ser verdade. – Sussurrou para si mesmo, mas Dulce ouviu e lhe deu um beliscão na costela.

Oi Lucas. – Falou ao se virar para trás e o cumprimentou com dois beijinhos no rosto.

Oi meu anjo. – Sorriu. – Oi Ucker.

Oi. – Respondeu com frieza.

Você veio mesmo, Dulcinha.

Pois é. Aqui estou. – Respondeu meio sem graça.

E aí, como está? Melhorou o braço?

Sim, foi apenas um susto. – Mordeu o lábio inferior.

Lembra-se do pessoal que ia brincar lá na fazenda com a gente?

Claro! – Abriu um sorriso largo.

Então. Eles estão numa lanchonete aqui perto, não quer ir lá vê-los? – Propôs Lucas achando divertido o ciúme visível de Christopher.

Eu adoraria. – Olhou Christopher que estava olhando algumas coisas na barraquinha. – Ucker.

Oi? – Perguntou mesmo ouvindo a conversa dos dois.

Vamos lá? – Mordeu o lábio inferior.

Onde? – A abraçou de lado.

Lá nos meus amigos, na lanchonete.

Ok! – Suspirou.

Os três seguiram até a lanchonete que ficava em uma esquina, e depois subiram até o segundo andar ficando no terraço, com vista geral para a festa. Ela cumprimentou os amigos e depois apresentou Christopher para seus amigos. Ficaram conversando, e contando tudo o que estavam fazendo.

Dul, eu vou no banheiro ok? – Falou baixo só para ela ouvir.

Ucker. – Segurou a mão dele, porém ele se soltou e saiu. – Droga.

Algum problema Dulce? – Perguntou Lucas?

Não é nada. – Deu de ombros.

Dul, o que ele é seu? É algum ficante, namorado, amigo, primo? – Perguntou uma de suas amigas.

Ér.. – Levou o copo de tequila à boca. – Meu namorado. – Mordeu o lábio inferior. Mas ninguém sabe, além de dois amigos meus, e agora vocês. E é também meu guarda-costas. – Sorriu sem graça.

Ah sim. Que quieto ele. Até que formam um belo casal.

Quieto ele? – Riu. – Não. Ele só está de TPM mesmo.

Ai Dul, que horror. – Lucas falou rindo.

Mas e você Lucas? O que anda fazendo da vida além de estudar? – Perguntou Dulce mudando o foco do assunto.

Eu? – Ela assentiu. – Bem, eu pretendo me casar assim que eu terminar a faculdade. Estou no último ano, graças a Deus, não aguento mais. – Riu.

Você está noivo? – Dulce arregalou os olhos.

Pois é. Quem diria que o Lucas Reyes estaria noivo. Mas ela é tão doce, tão perfeita que não resisti. Não é todo dia que se encontra uma garota como ela. E querem saber? Eu estou perdidamente apaixonado por ela.  – Falou sonhador fazendo os amigos rirem.

Ela é da Espanha? – Perguntou curiosa.

Na verdade ela também é do México, mas de outro estado. Ela foi passar férias com os pais dela e eu vim com os meus. Mais para o fim das férias eu vou levar meus pais na Espanha e ela vai levar os dela e eles vão se conhecer melhor e começaremos a acertar as coisas do casamento. Quero todos vocês presentes ok?

Mas o casamento vai se lá?

Não, vai ser aqui mesmo. A ideia é fazer uma cerimônia mais fechada, só para família e amigos íntimos na fazenda dos meus pais. – Sorriu.

Ah entendi. – Se levantou. – Vem cá pra eu te dar um abraço forte. – Lucas se levantou e ela o abraçou. – Parabéns viu, e seja feliz.

Obrigada meu anjo. – Beijou a bochecha dela, depois a soltou e ambos voltaram a se sentar. – Mas e você Dul? Quando vai casar?

Casar? Quem? Eu? – Se apontou e depois soltou uma gargalhada. – Eu não vou me casar Lucas.

Mas eu quero sobrinhos. – Falou um outro amigo.

Verdade. – Concordou Lucas. – Imagina uma mini Dulce correndo pela fazenda.

Ai até vocês? – Revirou os olhos. – Primeiro a Barbie, depois minha avó e agora vocês. Isso não vai acontecer nunca. Eu não quero ter filhos.

Não precisa se estressar Dulce. – Riu. – Foi só um comentário.

Desculpem, mas é que não gosto de falar nesse assunto. – Se encolheu.

Poucos minutos depois Christopher retornou. Ficaram conversando por mais algum tempo, enquanto comiam e bebiam. Cerca de meia noite e meia Dulce resolveu ir para casa, não por que estava com sono e nem por que queria voltar, mas sim porque Christopher não interagia. Apenas falava algo quando lhe perguntavam alguma coisa, e isso já estava constrangendo Dulce. Eles combinaram de se ver no domingo antes de Dulce voltar para a casa e depois de se despedirem os dois foram até o carro. Dulce se quer dirigiu a palavra a Christopher e o mesmo também não tentou falar com ela. Quando chegaram na fazenda ela saiu do carro e sem se quer se despedir foi diretamente para o quarto. Ela tomou um banho quente para aquecer-se e depois se deitou. Fechou os olhos quando ouviu a porta do quarto se abrir e ficou imóvel. Mas sua tentativa de que ele acreditasse que ela já estava dormindo foi em vão.

Eu sei que está acordada Dulce. – Falou Christopher se sentando perto dela. – Olha pra mim.

Me deixa Christopher. Não quero brigar ok? – Tapou a cabeça com o edredom.

Me desculpa, eu não consegui me controlar Dulce. Ele estava dando em cima de você. – Falou com a voz falha. – Mais um pouco eu iria partir pra cima dele.

Você é um imbecil sabia? Me fez passar vergonha com esse seu ciúme sem sentido Christopher. Eu quis te jogar de lá de cima ok? Eles perceberam. – Se sentou com os olhos vermelhos. – E tudo isso sem razão nenhuma. Parecia até que você não confiava em mim.

Eu confio em você meu amor. Mas eu se quer conheço aquele cara, quem garante que ele não poderia te agarrar. Ele se quer sabe que somos namorados. – Passou o cabelo dela para trás mas ela empurrou a mão dele.

Ele sabe sim Christopher. E não que você precise saber, mas ele vai se casar sabia? Você não só fez o papel de ridículo, mas me fez passar por idiota. – Olhou para cima tentando não chorar. – Sai daqui sai. Não quero discutir, amanhã a gente conversa. – Se deitou novamente de costas para ele.

Dul. – Suspirou. – Tudo bem, boa noite. – Beijou a bochecha dela e depois se retirou dali.