Fanfic: Meu Guarda Costas | Tema: Vondy

Após tomarem café, Dulce e Christopher ficaram conversando em baixo a uma árvore, esperando dar o horário de irem para o almoço na fazenda dos Reyes.

Minha avó ainda vai me matar de vergonha. – Falou brincando com a mão de Christopher.

Gostei. – Riu. – Pelo menos eles não são aqueles avós que ainda acham que estamos em mil novecentos e minha vó era virgem – beijou-lhe o pescoço.

Eu te contei que ontem ela estava tricotando um roupinha para o neto dela? – Olhou o horizonte mordendo o lábio inferior.

Quê? – Gritou arregalando os olhos. – Dulce, você... você...

Não Christopher. – O repreendeu – Acho que a idade já está afetando ela.

Por que ela estava fazendo então?

Ela disse que é pra quando eu tiver meu filho. – Revirou os olhos – Mas isso não irá acontecer.

Não? – Ela negou. – Por quê? Não quer ter filhos?

Se depender de mim eu não terei filho nenhum. – Suspirou.

Por quê?

Por que não! – Deu de ombros.

E se algum dia isso acontecer, digamos... sem querer? – A olhou esperando resposta.

Christopher. – Suspirou e se afastou se virando de frente pra ele. – Acha que eu teria coragem de machucar, ou tirar uma criança? – Ele negou – Pois bem, eu não iria fazer isso, tenho que me cuidar muito pra evitar uma gravidez precoce. Não quero ter filhos.

E se eu quiser?

Aí vai ser uma confusão das grandes. – Deu de ombros. – Por que eu não quero e não vou ter filhos. – Olhou o relógio em seu punho. – Está na hora, é melhor a gente ir, meus avós devem estar esperando a gente pra sair e eu ainda vou me trocar.

Ok! – Se levantou limpando a roupa. – Vamos lá – A abraçou de lado e ambos caminharam rumo ao casarão dos avós de Dulce. Em uns 10 minutos já estavam na casa, onde como Dulce já havia dito seus avós os esperava. Dulce se arrumou o mais rápido que pode e os quatro seguiram para a casa de Lourdes. Ficaram conversando por mais ou menos meia horas e depois foram almoçar. Christopher controlava ao máximo o ciúme que lhe subia quando via Lucas jogar certo charme para ele. Dulce se quer percebeu já que Christopher tentava interagir com os dois. Ele não tinha por que ter ciúmes, a final eram só amigos né?!  Ficaram conversando sobre o que haviam feito esse tempo, sobre seus planos de vida e relembrando os momentos que passaram juntos na infância.

Após tomarem um chá, eles se despediram e voltaram para a casa dos avós. Dulce se jogou no sofá ao entrar na sala olhando os avós se sentarem em suas poltronas. Christopher se sentou perto dela colocando a cabeça da mesma em seu colo.

Estou com sono. – Falou manhosa.

Mas a essa hora Dulce? – Perguntou Christopher estranhando enquanto mexia nos cabelos dela.

Sim, não posso? – Mostrou língua e ele riu.

Por que não vai se deitar? É só fechar as janelas. – Indagou a avó pegando uma revista na mesa de apoio.

Não quero dormir, não agora. – Fez bico.

Essa minha neta é muito manhosa. – Falou o avô rindo da mesma. – Bom, não sei você, mas eu vou me retirar. Estou exausto. – Se levantou e seguiu até a neta beijando-lhe a testa.

Eu vou também. – Voltou a colocar a revista na mesa de apoio – Nos vemos mais tarde. – Despediu-se dos dois e se retirou com seu marido.

Tem certeza que não quer dormir? – Perguntou Christopher.

Tenho. – O olhou acariciando o rosto do mesmo.

Mas assim você não vai conseguir ir lá na festa hoje bebê.

E quem te disse que quero ir à festa? Eu vim pra cá pra esfriar a cabeça e aproveitar o menino mais lindo desse mundo. – Se sentou no colo dele. – Eu quero aproveitar o máximo. Agora só temos mais dois dias e meio, e depois vamos voltar à mesma rotina de sempre. – Revirou os olhos.

Você é muito chata sabia? Você tem que parar de se importar com o que os outros fazem, dizem ou pensam Dul, e começar a se importar com você. – Selou os lábios dela.

Não é tão simples assim Ucker. – Desviou o olhar. – Eu queria por um ponto final nessa história, mas eu não consigo.

Você precisa tentar, porque não está tentando. – Beijou-lhe a bochecha. – Mas não vamos falar nisso agora ok? Não vamos estragar nosso feriado. – A abraçou e ela deitou a cabeça em seu ombro. – Minha menininha linda. – Beijou-lhe o ombro.

Estou com frio, me esquenta? – Deu uma leve mordida no pescoço dele.

Claro. – Sorriu safado. – Lá no quarto eu te mostro como. – Se levantou com ela no colo e caminhou com ela rumo ao quarto dela. Ao chegar ele trancou a porta e a deitou na cama.

Você está muito romântico esses dias. – O olhou nos olhos.

É que você me inspira pequena. – Se deitou com parte do corpo sobre o dela.

Ucker... – Sussurrou o nome dele acariciando lhe o rosto.

Ele sorriu ainda a olhando e por fim a beijou, um beijo completamente dócil e calmo. Aos poucos ele foi tirando, peça por peça da roupa que cobria o corpo de Dulce, deixando-a completamente desnuda. Suas mãos percorriam o corpo macio da mesma fazendo-a se arrepiar. Depois de um tempo Dulce fez com que ele tirasse sua roupa, e poucos minutos depois estavam se amando. Apesar do romantismo Dulce não podia conter os prazerosos gemidos e nem mesmo em arranhar as costas dele. Ambos tentavam conter os gemidos, mas era quase impossível. Amaram-se uma, duas, três vezes até se encontrarem completamente exaustos e suados. Quando ambos já estavam abraçados na cama, cobertos por um enorme edredom, Dulce resolveu pronunciar o que tentara falar antes.

Ucker. – O chamou com a voz baixa esperando resposta.

Oi? – Respondeu enquanto acariciava lhe as costas.

Dulce se virou de bruços mantendo o corpo sobre o dele o encarando. – Eu te amo. – Sussurrou com os olhos marejados.

Dul... – Passou o cabelo dela para trás da orelha.

Eu sei que eu nunca te disse isso, eu nunca pronunciei isso, mas eu te amo muito. – O abraçou novamente deitando a cabeça no peito dele. – Me perdoa por as vezes te tratar tão mal, e por não te dar o que você realmente merece.

Minha pequena, para com isso. – Beijou-lhe a cabeça.

Não Ucker, eu te amo muito, e quero poder não só dizer, mas demonstrar isso o tempo todo.

Christopher suspirou sem saber o que dizer. Estava feliz por ouvir essa frase pela primeira vez da boca de sua Dulce. Ele apenas lhe beijou a cabeça e sussurrou um “eu também te amo”. Ficaram em silêncio, até pegarem em um sono profundo.