Fanfic: Meu Guarda Costas | Tema: Vondy

- Pensei que eu te excitava apenas pelo fato de você olhar pra mim.

- Já resolvemos isso lá dentro, e eu não aguentava mais ver aquele cara tão colado em você. - Ele semisserrou os olhos. - O que foi que ele te deu?

- Ah, essa pulseira. Ela não é linda? - Ela mostrou o punho.

- É. - Respondeu ele com desinteresse. - Ainda não te dei meu presente, mas deixarei para lhe dar amanhã que é o dia real do seu aniversário. 

- E o que você vai me dar?

- Amanhã você vê. - Ele a puxou pela cintura sem se importar com quem estivesse vendo.

- Chris, você vai estragar tudo. - Ela falou no ouvido dele e nesse instante pode ver Anahí virar mais um copo cheio. - Cara, ela vai passar mal.

- quem?

- A Any. Ela já bebeu muito.

- Sabe dizer o que houve?

- Eu sei sim. Ela não contou nada?

- Não. 

- Então é melhor deixar ela falar. Se ela não falou é porque não quer que mais ninguém saiba e não vou me meter nisso a não ser que ela peça.

- Está me deixando preocupado falando assim.

- Vocês são melhores amigos, ela deve te dizer qualquer dia.

- Senti uma pontada de ciúmes aí?

- Não. Claro que não, é só que... - As bochechas dela coraram.

- Só que? - Ele sorriu.

- Eu queria ter você só pra mim sabe.

- Mas você me tem só pra você pequena.

- Não é isso que quero dizer. - Dulce sentiu o telefone vibrar em seu bolso traseiro. - Oh, espera, meu telefone está tocando, preciso atender.

- quem é? 

- Não sei. - Ela tirou o telefone do bolso e o olhou. - Confidencial.

- Vai atender?

- Vou. Pode ser um de meus avós, eles vivem fazendo isso e não sabem como tirar do confidencial, sabem como são os idosos. Eu já volto. - Ela saiu em meio a multidão, agradecendo algumas pessoas pelo parabéns e alguns elogios da festa. - Alô? - Atendeu assim que chegou em um local onde o som não estava alto. - Alô.

- Estou ligando só pra te desejar um feliz aniversário. 

- Rodrigo? Rodrigo é você? - Dulce sentiu suas mãos tremerem e seu coração pulsar mais forte. - Eu sei que é você, me responde. Porque faz isso? - Fim da ligação. Dulce sugou todo o ar que lhe cabia nos pulmões e o soltou lentamente, depois recostou-se a uma parede. Tinha certeza de que era Rodrigo. Se ele não queria falar com ela, porque ele insistia em ligar? Porque Dulce não podia saber o que estava acontecendo? Dulce voltou pra dentro indignada, por um momento quis chegar em Christopher e implorar para que ele lhe dizesse a verdade, porém sabia que isso desencadearia uma briga e não chegariam a lugar algum. Tentou interagir o restante da festa conversando com seus convidados e no final acabou apenas ela e os amigos na festa, isso já umas tres e meia da manhã. Até o DJ já estava sentado no bar tomando um pouco de energético. Anahí ainda dançava sozinha na pista sob a música de playback, provavelmente nem ela sabia mais quem era de tanto beber. Maitê já estava dormindo sentada com a cabeça apoiada ao ombro de Mane, e Christopher e Alfonso conversavam com ele e Dulce. 

- É galera, acho que já deu né? A festa foi ótima mas a morena aqui está só no pó. Preciso levá-la pra casa.

- Pensei que ela fosse pra minha casa com a Any.

- Ela me disse que vai pra casa dela. Tem algumas coisas pra resolver mais tarde.

- Bom, então é melhor a gente ir né. Any já passou do ponto fazem horas já. - Christopher indagou se levantando. - Vou levar as duas beldades pra casa.

- E eu vou legar o DJ pra casa né? Ele está exausto também, na próxima contratamos dois assim dividem o trabalho. - Ele se levantou. - Ei, vem aqui gatinha. - Alfonso ajudou Dulce a se levantar e lhe deu um abraço apertado. - Feliz aniversário ardilla, que os vinte e um anos lhe tragam o juízo que você não conseguiu ter até hoje. - Ele a tirou do chão abraçando-lhe forte. 

- Ai minha coluna, quer me quebrar no meio?

- Mais fácil você me partir no meio do que eu fazer isso ardilla. - Ele a colocou no chão e ela lhe mostrou o dedo do meio. - Também te amo. Bom, a gente se vê mais tarde gente. - Acenou para os amigos e foi até o DJ e falou algo. O DJ levantou-se, deu tchau para eles de longe e saiu com Alfonso.

- Eu também vou indo. - Mane acordou Mai que parecia desorientada. - Vamos embora.

- Pra onde? 

- Pra casa, oras. - Ele a ajudou a se levantar. - A gente se vê galera. - Mane despediu-se de todos e saiu guiando Maitê que parecia dormir em pé.

- Agora falta a gente né?

- Eu não ligaria de ficar aqui até amanhecer. - Dulce falou com a voz sedutora se sentando no colo dele. 

- Está bem animada ainda hein.

- Sabe como eu sou pra baladas querido. A noite é uma criança. - Ela selou os lábios dele.  - Mas temos que levar essa louca antes que ela entre em coma alcoólico. - Deitou a cabeça no ombro dele observando Anahí dançar de maneira estranha.

- A festa já acabou? - Anahí perguntou alto mesmo a música estando bem baixa. - Ah, logo agora que estava ficando boa? - Ela foi até o bar pedindo mais um drink ao barman. 

- Opa, opa, opa. - Dulce se levantou apressadamente e foi até a amiga. - Já chega por hoje né?

- Ah, mas eu não bebi nada. - Ela fez voz de chor e Dulce não sabia se tinha pena ou se ria dela. - Vem, vamos dançar. - Ela saiu puxando Dulce à força para apista novamente. - Vem Ucker, vamos dançar nós três. Uhu, solta o som DJ.

- Any querida, não sei se percebeu mas até o DJ já foi embora. Só falta a gente agora. - Christopher foi até as duas. - Vamos embora agora. - Any resmungou algo e saiu desfilando em direção à saída. Ele abraçou Dulce pela cintura e seguiu a loira que estava completamente fora de si.

- Eu deveria filmar isso. - Dulce falou segurando o riso.

- Ah não seja má, ela está sofrendo de amor não correspondido.

- Até parece. Esses dois são uns imbecis, não sei porque são tão cegos. Podiam se acertar de uma vez.

- Sabe, eles me lembram um certo casal que conhecemos.

- É diferente.

- Não é não. Éramos piores e você sabe disso. - Ele pegou a chave do carro, desligou o alarme e depois destrancou o carro. Abriu a porta primeiro para Anahí que estava rodopiando feito uma criança na calçada e a colocou lá dentro prendendo-a no cinto, depois fechou a porta e foi abrir para Dulce.

- Mas nos acertamos. - Falou assim que se sentou. Ele roubou um beijo curto dela.

- Parem de putaria vocês dois. - Anahí reclamou na parte de trás do carro e eles se separaram rindo. Christopher fechou a porta e depois entrou no lado do motorista dando partida no carro. Cerca de uns vinte minutos depois de atravessarem a cidade deserta eles chegaram em casa. Anahí fora a primeira a descer do carro e sair cambaleando pelo gramado com os sapatos de salto nas mãos cantango uma música em inglês que mais parecia árabe. Christopher tornou a abrir a porta para Dulce, como faria um cavalheiro. Coisas que há alguns meses atrás ele jamais faria. 

- Feliz aniversário meu amor. - Ele a puxou pela cintura colando seus corpos e a beijou. Os dois se separaram apenas quando ouviram um baque forte e Anahí gritar roucamente. Ela havia batido de cara na porta de vidro e caído para trás.

- O que essa porta faz aí? Não tinha essa porta não. - Resmungou e Dulce caiu na gargalhada. Christopher rindo também foi ajudar a amiga a se levantar.

- Eu vou levar ela pro quarto, vamos entrar?

- Vamos sim. - Dulce entrou rindo atrás dos dois. Christopher levava Anahí no colo e Dulce pegara os sapatos da amiga que estavam jogados no meio do gramado. Ambos esperaram Anahí pegar no sono, o que não demorou muito e depois de Christopher passar no quarto e pegar uma sacola vermelha ambos foram para o quarto de Dulce.

- O que é isso? - Perguntou Dulce curiosa.

- Pra nós. - Ele entregou a sacola a ela. Ela a abriu e retirou de lá um par de algemas. Tinha também uma garrafa de champagne e um tapa olhos. - Oh. - Ela sentiu as bochechas corarem.