Fanfic: Meu Guarda Costas | Tema: Vondy

O dia amanheceu. Dulce estava envolta a um enorme edredom. Abriu os olhos e viu apenas um envelope azul turqueza onde Christopher deveria estar deitado. Ela pegou o envelope e tirou dali um anel de ouro, e uma carta escrita a mão. Ela riu da letra e de como adorava zombar por ele ter uma péssima caligrafia.Começou a ler.

“Bom dia pequena. Feliz Aniversário para a namorada mais linda do mundo. Talvêz você não me encontre em casa quando se levantar, tive que ir resolver uma coisa, mas prometo que volto logo. Não sou bom com escritas, mas acho que posso tentar não é mesmo. Lembra quando eu cheguei na sua casa pela primeira vez? Você era uma pirralha praticamente, e eu nunca pensei que seria tão difícil lidar contigo. Você estava sentada na sua queria cama de gato tomando sorvete, com o cabelo todo bagunçado, uma blusa vermelha e um shor jeans. Você estava tão linda ali e tão mal humorada. Lembro que você me xingou de todos os nomes possíveis em seu vocabulário Vuando eu estava apenas fazendo meu trabalho. Todos esses anos eu quis apenas proteger você e hoje eu sei disso. Eu gostava de te fazer raiva, porque você sempre faz um biquinho quando está emburrada e ainda revira os olhos. Você não sabe como fica sexy fazendo isso.
Hoje me pergunto em qual exato momento me apaixonei por você. Se foi quando te vi jogada desarrumada na cama de gato morrendo de preguiça e mal humorada, se foi quando você fugiu de casa deixando todos desesperados, ou se foi quando você estava seminua na minha frente e eu te beijei pela primeira vez. Eu perdi meu chão naquela noite e foi ali que eu soube o que eu sentia de verdade por você.
Eu peço desculpa por todas as vezes que te deixei irritada, por ter te feito chorar alguma vez. Saiba que eu te amo muito, e nunca, nunca na minha vida eu vou esquecer o seu sorriso, o seu olhar, o seu cheiro, a suavidade da sua pele, e o mais importante, o amor que temos um pelo outro.
Eu te amo muito, sou capaz de dizer que mais que a mim mesmo.
Agora levanta dessa cama, se arruma e aproveita o seu dia. Te vejo mais tarde minha pequena.

Com amor, seu Chris.

P.S: O anel, mandei fazer um pouco maior para você colocar no dedo médio, assim ninguém vai desconfiar. Olha o que está gravado dentro, acho que vai gostar.”

Dulce analisou o anel. Era lindo, tinha um relevo com dois coraçoes interligados e dentro do anel dizia a palavra Vondy e ao lado um simbolo da paz. Ela não havia entendido, mas sabia que era algo especial. Assim que se animou ela se levantou, guardou a carta em um lugar secreto, tomou um banho e se arrumou. Já era quase meio dia quando ela saiu do quarto. Primeiramente passou no quarto de visitas para verificar se Anahí ainda estava lá e a mesma ainda dormia feito um urso polar. Dulce voltou a fechar a porta e desceu para o adar de baixo. Encontrou ali seus qutro avós, Lunna e seu pai. Lunna parecia cansada, mas também fora uma das últimas a ir embora. Um amigo a havia levado para a casa de Dulce antes do final da festa. Eles ficaram um tempo conversando ali, depois de darem um monte de presentes a Dulce. Ela estava feliz de ver toda a sua família reunida. Já passava de uma hora da tarde quando Christopher chegou, trazendo consigo um bolo.

- Estragou a suspresa. - Fernando falou frustrado. - Não era pra ver agora.
- Oh, eu não sabia que ele tinha feito um bolo.
- Eu não fiz. - Ele deu de ombros.
- Sabe de onde é esse bolo filha?
- Não.
- Lembra do seu bolo de dez anos que fizeram na escola pra você? Você falou dele por semanas e eu nunca tinha conseguido descobrir quem o fazia. - Os olhos dela brilharam e ela assentiu.
- Onze anos até descobrir, foi muita coisa não? - Ela abraçou o pai que estava ao lado dela. - Obrigado.
- Pessoal, o almoço está servido. - Informou Lourdes aparecendo na porta. - Oh, me dá isso Christopher. - Ela foi pegar o bolo nas mãos dele. - Vá lavar as mãos pra comer.
- Eu quero bolo. - Lunna resmungou.
- Apenas depois do almoço Lunna.
- Nem isso, é só meu. - Dulce reclamou. - Podemos comer? Eu estou com muita fome, muita mesmo.
- A Anny não acordou? - Christopher perguntou preocupado.
- Não até a hora que fui ver se ela estava acordada. Essa vai curtir uma ressaca daquelas.
- Ela bebeu muito? - Fernando perguntou. - Nunca vi vocês falarem que ela bebia assim.
- Dor de cotovelo papai, dor de cotovelo. - Dulce revirou os olhos.
- Eu vou lá ver se está tudo bem, não quer vir comigo Dulce?
- Pode ser. Porque não vão indo almoçar? Já, já a gente chega lá.
- Ok, não demorem.

Assim que os avós, o pai e a irmã de Dulce foram almoçar os dois subiram até o quarto onde Anahí estava. Ela permanecia do mesmo jeito, porém acordada.

- Acordou a bela adormecida?
- Como eu vim parar aqui?
- Sabia que não se lembraria de nada. - Dulce riu. - É bom curtir ressaca não é?
- Você bebeu muito ontem Any. - Christopher comentou. - Toma um banho e desce pra comer.
- Minha cabeça está doendo muito e estou muito enjoada. Parece que vou vomitar a qualquer instante.
- Super normal isso, te entendo perfeitamente amiga. Mas você precisa comer algo, tomar água para se hidratar. Você chega a estar até um pouco pálida.
- Se meus pais souberem disso eles me matam. Porque me deixaram beber? - Ela passou a mão na testa. - Porque é que tem um galo na minha testa.
- Você socou a testa na porta lá em baixo ontem. - Dulce riu. - Tinha que ter visto a cena, sério. Eu deveria ter filmado, falei que deveria Christopher.
- Não seja má Dulce. - Christopher a repreendeu.
- Ah, vocês todos zombam de mim quando eu fico bebada, é bom estar do outro lado pelo menos uma vez.
- Vocês viram? Ele ficou com uma garota na festa ontem. Ele é um estúpido.
- Eu não vi nada. - Dulce olhou Christopher.
- Foi depois que você saiu com seu pai Dul.
- Ah. - Sentiu as bochechas corarem. Sabia bem o que estava fazendo na hora. - Ele é um estúpido, mas você também é uma idiota. Porque não armou um barraco? Eu o teria feito.
- Até parece que eu iria estragar sua festa. - Ela se sentou. Seu corpo doía. - Nem vi quando ele foi embora.
- Viu sim, só não lembra. Fomos os últimos a ir embora. Mas agora chega de papo, toma um banho bem quente e desce. Meus avós estão aí e tenho que ir lá dar atenção a eles.
- Eu não quero sair daqui. Prefiro ficar sozinha a deixar que me vejam nesse estado. O que eles vão pensar de mim?
- Vão pensar que você tem andado de mais comigo, só isso. Ou se esqueceu que eu sou neta deles e eles me conhecem muito bem?
- Engraçadinha. É sério, podem ir, eu vou ficar bem. - Ela se arrumou direito embaixo do enorme edredom.
- Tudo bem, vou pedir a tia Lourdes pra trazer algo pra você, mas levanta e toma um banho, vai ajudar você a relaxar. Pode pegar alguma roupa minha mais confortável se quiser.

Eles conversaram mais um pouco e depois saíram do quarto deixando-a sozinha.
- Ela está péssima, dá pra ver.
- O Poncho gosta dela Chris.
- Como assim? Não gosta não, se gostasse...
- Ele mesmo me disse, mas acha que ela o odeia, então ficam nisso, um achando que o outro o odeia. Eu não quero me meter sabe, é algo que eles têm que resolver.
- Gosto do seu modo de pensar. - Ele segurou a mão dela e sentiu o anel. - Você está usando. - Ele olhou. - Gostou?
- Adorei, mas o que significa Vondy? - Ele sorriu.
- Von de Von Uckermann, e Dy, de Candy.
- Oh. - Ela ficou boquiaberta. - De onde tirou isso?
- Sei lá, me veio na cabeça.
- Gostei. - Ela sorriu. - Obrigada.
- Ei. - Ele a puxou repentinamente pela cintura. - Eu te amo viu. - Roubou-lhe um selinho.
- Eu também te amo.
- Atrapalho alguma coisa? - Ambos pularam um para cada lado.
- Lunna. -Dulce falou sem graça.
- Eu sabia que tina algo, eu sabia. Desde quando estão juntos? - Ela tinha os olhos brilhando.
- Droga, você é muito sem graça Lunna.
- Ah, vocês demoraram e me mandaram vir chamar vocês. - Ela revirou os olhos. - Bom saber que estavam me escondendo isso. Justo de mim que sou sua irmã.
- Ah não começa. Só a Any e o Arthur sabem.
- O Arthur sabe? - Christopher perguntou surpreso.
- Sabe sim, ele sempre soube. Eu só tive que confirmar. - Ela rolou os olhos. - E se você abrir a boca eu corto sua língua fora dona Lunna.
- Eu não sou fofoqueira viu. - Ela mostrou língua pra irmã. - Ai, vocês ficam tão lindos juntos, sério. Formam um lindo casal.
- Agora a gente tem. - Dulce bufou. - Vamos, eu estou com fome. - Saiu batendo os pés.
- E você cuida bem dela, ou eu capo você Christopher. - Lunna o ameaçou e saiu atrás da irmã. Christopher foi atrás das duas rindo.

Lunna se sentou ao lado de Dulce na mesa e passou o almoço inteiro jogando indireta para os dois, deixando Dulce com raiva. Depois que almoçaram cantaram parabéns pra Dulce e enquanto partiam o bolo Dulce viu Lunna se retirar com seu telefone em mãos. Poucos minutos depois ouviu-se alguns gritos e todos pararam pra ouvir.

- Não venha me dizer o que eu devo ou não fazer, você não tem esse direito. - Dulce foi ver o que estava acontecendo com a irmã, talvêz estivesse brigando com algum namorado. - Eu não vou embora, estou com meus avós, no qual a senhora não visita há anos, e com a minha irmã que você abandonou, é aniversário dela e eu ficarei com ela. Eu não sou mais uma criança, me deixe em paz e manda esse seu marido pro inferno. - Ela arregalou os olhos quando viu Dulce parada segurando uma espátula cheia de bolo e desligou o telefone na cara de Blanca.
- Não deveria falar assim com sua mãe Lunna. - A avó delas advertiu atrás de Dulce. - Ela é sua mãe e você deve respeito a ela.
- Ah vovó, por favor, olha só pra ela, que respeito aquela mulher merece? Ela não respeita vocês dois, não respeita a mim, e muito menos a Dulce. Se ela quer respeito, que passe a respeitar.

Dulce deixou a espátula sobre o balcão e se retirou dali. Os olhos mareados. Porque até de longe sua mãe tinha que estragar tudo? O que ela havia feito de errado pra isso? Sentiu seu rosto se molhar contra sua vontade. Havia prometido que jamais voltaria a derramar uma lágrima por aquela mulher. Ela deu a volta na casa e foi até a área da piscina, se sentando na beirada da mesma.

- Sabe, ela não merece seu sofrimento Dulce. - Ouviu a voz de Christopher atrás de si. Ele se sentou logo em seguida a eu lado.
- Eu não tenho culpa de nada, não tenho culpa de ter nascido, eu não pedi isso.
- Eu sei que não, mas não vale a pena deixar de ser feliz por ela. É isso que ela quer, mas você é melhor, muito melhor que isso pequena.
- Eu queria tanto que ela me considerasse pelo menos um pouco. Eu sinto falta de uma mãe Chris, mas vocês não entendem porque cresceram com uma mãe que amou vocês. Eu não tive uma mãe pra quem eu pudesse contar que estava apaixonada, pra me dar conselhos, pra ralhar comigo quando eu fizesse algo errado, eu não tive nada disso.
- Eu sei, mas você tem o seu pai, e ele é mais do que isso na sua vida. - Ele a abraçou.
- Não é a mesma coisa. - Soluçou sentindo um aperto no peito.
- Não chora pequena, por favor. Não sabe o quanto me dói te ver assim.
- Ela fez de propósito. Ela sabe como a Lunna me defende, sabia que eu ouviria a conversa. Queria estragar o meu dia, e conseguiu. - Ela enxugou o rosto. - Eu vou para o meu quato, quero ficar sozinha. - Dulce se levantou e saiu caminhando sem olhar para trás.
- Dul. - Christopher a chamou frustrado.

Dulce chegou no quarto e foi direto para o banheiro. Ficou alguns minutos se olhando no espelho, por um momento odiou sua aparência. Os olhos, a boca, o nariz, tudo era identico ao de sua mãe e ela odiava isso. Se olhar no espelho era como olhar a própria mãe. Uma mãe que tanto a desprezara durante sua vida inteira. Abriu a gaveta do armário e tirou dali uma lâmina, puxou a manga de sua blusa de frio e então a enfiou em punho com força puxando-a fortemente e lentamente para cima percorrendo uma linha reta em seu antebraço. Uma linha de sangue desceu por seu braço, se espalhou em sua mão e respindou por entre seus dedos manchando o chão impecávelmente branco de vermelho. Ela mordeu forte o lábio tentando conter a dor e então começou o segundo corte.

- Dulce. - Lunna gritou assustada atrás dela. - Ah meu Deus. - Foi até a irmã e pegou a lâmina de sua mão. Dulce continuou parada. - Droga Dulce, o que você pensa que está fazendo? - Dulce continuava se olhando no espelho, podia ver sua mãe rindo através do mesmo. - Fala alguma coisa. - Ela virou a irmã pra ela e a sacudiu.
- É isso que você quer não é? Quer que eu morra, você sempre quis. - Ela olhava por trás do ombro de Lunna. 

GENTE entrem nessa Fanfiction. Acabaram de começar a postar, eu já estou amando...

Fanfic: Para Sempre - Os imortais (ADAPTADA)
http://fanfics.com.br/fanfic/50556/para-sempre-os-imortais-adaptada-vondy  

anny_freitas: Aí mais um capitulo... 
Lêh: Garota, eu continuei. Só esse pra vocês sofrerem um pouco.