Fanfic: Meu Guarda Costas | Tema: Vondy

- O bom filho à casa torna. - Arthur chegou por trás passando seu braço por meu pescoço e me dando um beijo demorado na bochecha. - Pensei que tinha abandonado a gente.

- Jamais abandonaria meus maridos e mulheres Arthur. - Sorri. Estava feliz de estar de volta à Universidade. Sentia falta dos olhares sobre mim, mesmo que dessa vez fosse o fato de terem tentado me matar. O único ruim foi ter que voltar justamente para fazer as provas. Minha sorte era ter dois excelentes amigos para me ajudarem em casa com as matérias.

Com a chegada do verão, aproximou-se com ela a formatura de Anny, Poncho e Christian. Anny com a barriga a ponto de explodir e Poncho junto com ela. Ela ainda continuava morando na minha casa, embora praticamente todos os dias Poncho a convidasse para morar com ele. Segundo ele, era ele quem devia cuidar dela, mas ela insistia que se sentia mais segura com a gente. Queria passar pelo menos o resguardo ali. Meu pai super apoiou a ideia.

- Tem certeza que está bem pra ir à formatura Anny? Parece um pouco abatida, sei lá. - Meu pai perguntou olhando-a pelo retrovisor. E realmente estava. A vi chorar na noite anterior. Estava péssima por saber que os pais não estariam presentes no dia mais importante de sua vida. Segurei sua mão e dei-lhe um sorriso tímido. Christopher parecia estar em outro mundo. Já faz uns dias que ele está assim e não quer me dizer o motivo.

- Estou sim tio. - Anny acariciou a enorme barriga. Meu afilhado iria nascer a qualquer instante mesmo assim ela não abriu mão da formatura. Estacionamos o pais próximo possível do campo de futebol e juntos fomos nos encontrar com o pessoal.

- Oi meu amor. - Poncho abraçou Anny de lado e selou os lábios dela. - E aí? Animada?

- Sim. - Ela se limitou olhando em volta.

- Como está meu bebê?

- Está bem. Hmm, podemos ir colocar a beca?

- Claro, podemos sim.

- E você porque essa carinha. - Christian me abraçou forte. - Dá um sorrisão vai.

- Estou normal Christian. - Me soltei dele olhando Christopher que parecia distante. - É melhor você ir por sua beca também pra não atrasar nada.

- Ai sua chata. - Ele beijou minha bochecha. - Você está bem chatinha viu, espero que não esteja de tpm.

- Vai se ferrar Christian. - Dei um tapa no ombro dele e ele saiu rindo. - Papai, podemos ir nos sentar? Antes que não consigamos lugar todos juntos. - Seguimos os três em silêncio procurando um lugar na arquibancada. O local estava bem cheio e a banda da universidade tocana animadamente.

- Eu vou ver alguma coisa pra gente beber ok? - Meu pai falou e antes que eu pudesse responder ele saiu.

- Eu gostaria de saber o porque de você está agindo assim comigo Chris. Eu fiz algo errado? - Perguntei mirando minhas unhas enquanto ele brincava com o celular.

- Não. Claro que não.

- Eu não acredito em você. Você diz isso sem sequer olhar nos meus olhos. - Falei brava. - Se não está acontecendo nada, porque você não diz me olhando nos olhos? - Christopher me encarou mas logo desviou o olhar. - Você não está me traindo, está Christopher? - Não, ele não podia estar fazendo isso. Seus olhos se mantiveram em seu celular. Tomei-o de sua mão e comecei a olhar cada mensagem ou ligação. - Ana Beatriz? Quem é essa? - Meu olho marejou ao ver diversas mensagens romanticas assinadas com o nome de Ana Beatriz.

- Eu não sei.

- Como não sabe Christopher? - Me alterei e me levantei.

- Dulce por favor, não grita. - Ele segurou minha mão e eu me soltei jogando o celular no chão sem me importar se ele havia quebrado ou não. Virei-me para sair. - Onde vai?

- Não te interessa. - Esbarrei com Arthur e Luna quando consegui sair da arquibancada, mas tudo que eu queria era sair dali. Christopher estava me traindo. É por isso que ele estava estranho. Procurei o lugar mais afastado possível, onde não tinha ninguém e desatei a chorar. Não vi nada da formatura.

- Ei gatinha. - Arthur chegou se sentando ao meu lado. Eu estava sentada em baixo de uma árvore. - Estou te procurando há um tempão. O que houve?

- Nada. - Enxuguei o rosto.

- Nada? Você está chorando e diz que não é nada? Brigou com o Christopher? - Eu fiquei calada. - Ele estava inquieto lá. Luna perguntou por você mas ele não respondeu.

- Me abraça? - Pedi voltando a chorar.

- Oh querida. - Arthur me envolveu em seus braços. - Não sei o que houve, mas seja o que for fica tranquila ok? Vai passar.

- Tá doendo tanto.

- Achei vocês. - A voz afobada de Lunna surgiu de trás da árvore. - Hmm, estou atrapalhando alguma coisa?

- Oi Lunna. - Arthur falou sem se importar, embora eu conseguia ver o olhar enciumado de minha irmã.

- O que está acontecendo aqui hein?

- Não sei. Sua irmã apenas chora, aconteceu alguma coisa que ela não quer contar. - Lunna se abaixou à minha frente.

- Ei maninha, o que foi? - Ela enxugou meu rosto.

- Nada, caramba.

- Espero que não seja nada mesmo. - Ela fitou Arthur. - Hmm, o pessoal está indo pro restaurante. Apenas estão esperando vocês dois.

- Eu não vou. - Me soltei de arthur e me levantei. - Não estou me sentindo muito bem. Fala com eles que depois eu ligo pra parabenizá-los.

- Dul... - Por favor, não insistam. 

Proximo capítulo apenas com comentários...