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Fanfic: Meu Guarda Costas | Tema: Vondy


Capítulo: → Vocês me sufocam. ↔ ♥ ←

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Quase meia hora depois de chegar em casa a campainha tocou. Tocou uma, duas, três vezes até que por fim parou. Não tinha muita certeza se Lourdes estava em casa, mas também não fiz questão de abrir a porta. Não estava nem um pouco a fim de receber visitas no estado em que eu me encontrava. Maquiagem borrada, descabelada e com uma garrafa de whisky nas mãos.

- Eu não acredito que você está bebendo Maria. - A voz de Christian inrompeu pelo quarto e eu nem me importei. Christian veio até mim e tomou a garrafa de minhas mãos. Nem tinha bebido muito, apenas um terço da garrafa. - Olha, eu não sei o que houve mas você precisa vir comigo, e caramba, nesse estado nem pensar. - Ele me pegou no colo e levou para o banheiro. - A bolsa da Anny estourou e ela exige a sua presença. Disse que se você não aparecer lá ela não vai deixar o bebê sair. - Arregalei meus olhos enxarcados.

- Mas...

- Mas nada. Você não está bebada, não pode estar. Está acostumada a beber e demora a fazer efeito. Toma logo um banho que eu vou lá no quarto onde ela dorme pegar as coisas do bebê e ir colocando no carro. E ande logo. - Ele saiu. Não tive nem tempo de recusar isso. Anny precisava de mim. Eu seria a madrinha do bebê, e ela me fez prometer que estaria na sala de parto com ela e Poncho ainda que fosse contra minha vontade e eu não poderia descontar nela o fato de estar sendo traída por Christopher. Ela não tinha culpa de nada disso. Tentei focar minha mente no nascimento do meu afilhado mas tudo que conseguia mentalizar eram as mensagens no telefone de Christopher. - Será que dá pra colocar um sorriso no rosto Dulce? Nosso sobrinho está prestes a nascer, seus amigos acabaram de se formar e você está chorando por um motivo que ninguém sabe. - Ótimo. Com certeza Christopher não diria a ninguém isso. O que ele diria? “É que a Dulce descobriu que eu a estou traindo.” No máximo teríamos um velório no fim do dia.

Entrando no hospital vi todos sentados na sala de espera, com a exceção de Poncho que provavelmente já estaria lá dentro com ela. Não consegui olhar na cara de Christopher, mas vi que ele estava em um canto mais isolado. Uma enfermeira me levou para uma sala onde coloquei a roupa necessária para o acompanhamento.

- Até que em fim você chegou. - Poncho parecia afobado, muito afobado. Vi Anny por cima de seu ombro. Ela tinha os olhos fechados e suava bastante. Pensei que estaria gritando horrores mas não.

- Ela está bem?

- Está sim. Esperando chegar a dez de dilatação.

- Oh. - Fui até ela. - Ei mamãe. - Anny abriu os olhos e me olhou. - Aqui estou.

- Onde você estava Dul? - Sua voz estava falha. Fico apavorada só de pensar na dor que ela está sentindo.

- Não importa. Estou aqui agora. - Forcei um sorriso. - Está doendo muito?

- O que acha?

- E porque não está berrando? Eu no seu lugar estaria gritando feito louca.

- Não quero gastar minha força gritando. - Vi que ela apertara a base de segurança da maca. - Droga, isso doi muito.

- Tudo bem meu amor. Respira. - Poncho falou. Eu não sabia muito bem o que dizer. Apenas fiquei ali desejando que o alcool me subisse à cabeça e minha alma resolvesse dar uma volta fora do planeta Terra. Olhei uma enfermeira enficar a mão entre as pernas de Anny por debaixo do lençol, provavelmente medindo a dilatação dela.

- Já está com dez centímetros querida, quando sentir vontade, faça força. - E não demorou muito para Anny fazer força.

- Força meu amor, você consegue. - Ouvi Poncho dizer. Estar ali dentro estava me deixando sem ar. Tentei focar minha mente em alguma outra coisa, talvêz algum objeto, mas agora, os gritos que escapavam da boca de Anny me tiravam de meus pensamentos. Comecei a tremer com aquilo. Eu nunca vou ser mãe, eu não quero ter filhos. Eu não quero e não vou. Mas tudo bem, o único homem com quem eu deveria ter filho algum dia me traiu, então a possibilidade de eu voltar a confiar em alguém novamente é zero. Não sei quanto tempo durou aquilo, só me lembro de me afastar o máximo que pude quando ouvi o promeiro choro dele. Minhas mãos tremiam, meu rosto formigava, minhas pernas falhavam. Duas mãos me seguraram pela cintura e eu não consegui definir o rosto. Tudo que eu via era uma imagem embassada e em câmera lenta à minha frente. Anny deixando o corpo esmoecer, Poncho chorando feito uma criança e o médico cortando o cordão umbilical do bebê.

- Dulce, você está vendo ele? - Poncho perguntou olhando para o lado onde eu deveria estar e quando não me viu olhou para trás. - O que foi?

- Eu... eu não sei... eu pre... eu preciso. - Fechei meus olhos e deixei meu corpo cair.

A maternidade me apavorava. Pensar em ser mãe era meu pior pesadelo. Quando aceitei ser madrinha, foi por pura e espontânea pressão de Christopher e meu pai. Bom... pelo olhar esperançoso de Anny também. Eu aceitei, mas no fundo eu não queria. Não me dou bem com crianças, não sou nada carinhosa com elas. Só aceitei estar ali porque Anny me pediu em um momento de lágrimas, quando se lamentava por saber que sua mãe não estaria ali. Era a mãe dela quem devia estar ao lado dela, não eu. Os pais dela deveriam estar no hospital, apoiando-a no que for.

Não estamos mais no século XVIII, onde moças que perdem a virgindade antes do casamento são consideradas sujas e perdidas. Estamos em pleno 2015, onde todos tem direito de fazer o que quiser. Anahí acabou de se formar na faculdade e engravidar do cara que tanto ama foi apenas uma consequência. Se ambos estão felizes com isso quem são as outras pessoas para julgar isso? Foi escolha dela seguir a diante com a gravidez, coisa que não sei se eu escolheria.


- Toma. - Christian me entregou um copo grande de suco. - Vai se sentir melhor. - Olhei mais uma vez em volta. Estávamos apenas nós dois ali naquela sala. O restante da turma, incluindo os pais de Alfonso tinham ido ver o mais novo Herrera no berçário.

- Obrigada. - Peguei o copo e tomei um gole. Doce de mais.

- O médico disse que foi uma queda de pressão, e como sei que a senhorita encheu a cara com quase meia garrafa de whisky e de estômago vazio, é melhor tomar ou eu contarei isso para o seu pai. O açúcar vai ajudar ok?

- Não desmaiei por isso Christi. - Tomei mais um gole daquele suco que mais parecia um melado. - Eu só entrei em pânico lá dentro.

- O que está acontecendo hein? Gostava mais de você quando se abria pra mim.

- Prefiro não falar sobre isso. - Desviei meu olhar do dele. - Eu só quero ir pra casa agora, me leva?

- Dulce, se sair assim Anny ficará chateada com você. Eu afilhado acabou de nascer.

- Por favor. - Implorei. Eu queria sair dali, eu não podia continuar naquele local.

- Faz um esforço, por favor. - Ele pegou o copo de minha mão.

- Eu já me esforcei de mais entrando naquela sala e vendo aquilo Christi, estou esgotada com isso. Eu nem queria estar lá.

- De verdade? - Assenti. - Nem ela nem o Pietro têm culpa do que você passou Dulce, não desconta neles.

- Eu sei que não Christian, mas caramba, será que você não me entende? É mais forte do que eu, eu não consigo controlar isto. Eu me esforcei pra estar ali, e não deu muito certo. - Me levantei brava. - Vocês... vocês me sufocam. Só me deixem sozinha ok? Eu vou me sentir melhor se tiver espaço.












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Autor(a): LaPersefone

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A primeira coisa que fiz quando cheguei em casa, foi pegar minha mala e a abrir sobre minha cama. Depois comecei a guardar dentro dela algumas peças de roupa. De início levaria apenas as que eu costumava usar mais e mais algumas coisas que eu precisaria, depois quando esfriasse um pouco a cabeça voltaria para pegar mais. Assim que terminei de encher ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 153



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  • nagelarbd Postado em 07/05/2016 - 17:37:15

    Tem q ter a parte do casamento

  • stellabarcelos Postado em 27/04/2016 - 20:53:34

    Own que lindos! Amei muito! Parabéns

  • anny_freitas Postado em 11/04/2016 - 23:06:21

    ACABOUUU. ....Como assim produção..cadê parti do casório

  • tayvondy Postado em 10/04/2016 - 23:35:34

    ACABOUUU. ....Como assim produção..

  • vondyanny Postado em 10/04/2016 - 22:17:58

    Que Lindo Ele Fazendo o Parto Dela *-* Gostei Do Final e Do Nome Da Bebê <3 Parabéns

  • LaPersefone Postado em 09/04/2016 - 23:47:47

    tayvondy: UAI hrjblsghj

  • LaPersefone Postado em 09/04/2016 - 23:47:27

    anny_freitas: Continuei :)

  • LaPersefone Postado em 09/04/2016 - 23:45:49

    vondyanny: Eu entendi, só não lembrava disso kkkkk ela tava bebada jvfdljhg ainda bem que o Ucker já conhecia a peça e perdoou ela :o E que ela foi sincera também né kkkk Rodrigo morreu, Ucker matou ele. Em fim. Tive que finalizar a web de um jeit mais rápido, ou ela ficaria o dobro e tenho mais tres webs pra escrever.

  • vondyanny Postado em 08/04/2016 - 21:11:51

    Se o Ucker Não Matou o Rodrigo, Eu Mato -_-.. Continua *-*

  • anny_freitas Postado em 07/04/2016 - 23:41:27

    continua


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