Fanfic: Coração Arrependido - AyA - Adaptado | Tema: Anahí, Alfonso, AyA, Ponny, RBD, Rebelde, Hot

Anahí virou-se e viu Alfonso de pé, atrás dela, grande e corpulento, com os pés descalços e as mãos nos bolsos da calça jeans. Seu cabelo escuro estava úmido e um pouco despenteado. Ninguém poderia negar que ele era atraente, com seus olhos verdes e seu sorriso com covinhas. Apesar de ela nunca ter gostado muito de atletas, o jeito dele, tão displicente, a atraía.

– Posso? – perguntou ela.

– Claro que pode. Este encontro é para isso.

Anahí pegou Nicole e a colocou no colo. Ela cheirava a xampu de bebê e talco.

– Ela é tão grande.

– Lembro-me de minha cunhada dizer que elas tinham o peso certo para a idade. Não sei quanto elas pesavam quando nasceram. Eu acho que há um livro do bebê em algum lugar por aí, com todas estas informações.

Anahí não podia dizer a Alfonso que o livro ao qual ele se referia tinha sido iniciado por ela e dado a Ian e Nina como um presente quando eles levaram as meninas para casa.

Ela havia documentado toda a sua gravidez – o primeiro chute, o primeiro ultrassom –, de modo que os pais adotivos se sentissem mais envolvidos e também pudessem mostrá-lo às meninas quando elas crescessem. E, embora ela tivesse incluído fotos de sua barriga em vários estágios, não havia fotos de seu rosto. Não havia nada em nenhum lugar que a identificasse como mãe biológica das meninas.

Luna começou a fazer uma pequena confusão – provavelmente com ciúme por sua irmã estar recebendo toda a atenção. Anahí estava debatendo a logística de como apanhá-la enquanto ainda segurava Nicole, quando, sem pedir, Alfonso pegou Luna, segurando-a. Ele a levantou acima de sua cabeça, fazendo-a rir, e depois a abraçou.

Anahí deve ter parecido preocupada, porque ele riu e disse:

– Não deixe que o jeitinho doce dela a engane. Ela é uma pestinha.

Quando ele se sentou no chão em frente a ela com Luna em seu colo, Anahí sentiu o cheiro de sabonete masculino vindo dele. Nicole tentou sair dos braços de Anahí, querendo ficar com Alfonso. Ela não esperava que as meninas ficassem tão à vontade com ele, que gostassem tanto dele. E ela esperava que ele tivesse muito menos jeito com crianças e que não se interessasse por elas.

– Você trabalha com bebês mais novos? – perguntou Alfonso.

– Com recém-nascidos, geralmente. Mas antes de trabalhar na unidade neonatal eu trabalhava na enfermaria pediátrica.

– Estou indo para o mercado – disse a sra. Densmore, vindo da cozinha. – Você precisa de alguma coisa? – ela a perguntou Alfonso.

– Fraldas e o leite das meninas – disse ele. – E o cereal seco, também. Aquele que vem em uma caixa azul. Acho que já está acabando.

Parecendo irritada, a sra. Densmore se dirigiu à porta para sair. Anahí ficou admirada ao ver que Alfonso sabia que o cereal estava para acabar.

– As meninas estão comendo alimentos sólidos? – indagou ela.

– Cereais e frutas. E leite, é claro. É incrível o quanto elas comem. Eu me sinto como se vivesse fazendo mamadeiras.

Ele fazia as mamadeiras? Isso era algo difícil de imaginar. Certamente a sra. Irritada fazia a maior parte do trabalho.

– Elas já dormem a noite toda? – perguntou Anahí a ele.

– Ainda não. No entanto, já está melhorando. No início, elas acordavam a toda hora. – Ele sorriu para Luna, com muito carinho, mas também um pouco triste. – Eu acho que elas realmente sentiram falta dos pais. Mas ontem à noite elas só acordaram duas vezes, e depois voltaram para seus berços. Na maioria das ocasiões, elas acabam vindo para a minha cama. Admito que estou precisando de uma boa noite de sono. Sozinho.

– Você acorda com elas? – perguntou Anahí, não querendo soar tão incrédula.

Em vez de parecer ofendido, ele sorriu.