Fanfics Brasil - Capítulo 12 - Amigos Verdadeiros, 1º Parte Mundo Invisível

Fanfic: Mundo Invisível | Tema: Luta, Ação, Aventura, Fantasia, Bullying, Amigos, Amizade, Romance, Segredos, Mundo, Escola, Amigas,


Capítulo: Capítulo 12 - Amigos Verdadeiros, 1º Parte

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Ela guia-me até ao meu novo quarto que não é nada longe. É perto da porta como é o quarto nº 5.


Abre a porta e deparo-me com um quarto grande. Quatro camas, cada uma encostada na parede de cada canto do quarto. Piso castanho e a parede de um azul celeste. O teto branco. Ao lado de cada cama, uma cabeceira com várias gavetas. Uma outra porta a minha frente.


- Este será o teu quarto a partir de agora. - fala ainda com o seu braço ao redor do meu pescoço - Como podes ver tem quatro camas. Duas a nossa frente e ao nosso lado. Cada uma encostada a parede para ter espaço. A nossa frente tem outra porta que é o banheiro. A cama a nossa frente do lado direito é da Kira. Uma rapariga reservada e anti-social. A cama à esquerda, está a nossa Diana. Ela é um pouco fria, mas no fundo ela preocupa-se com os outros. A nossa esquerda é a minha cama. Vais ficar com a cama direita, a que está ao teu lado direito. - aceno que sim.


- Esta cama esteve sempre vazia? - pergunto, sentando-me na mesma.


- Sim. Muitos quartos têm camas vazias. Alguns quartos tem duas ou três raparigas. Agora o nosso quarto está completo! - diz contente - É sempre bom fazer novos amigos. - dou um sorriso triste quando a ouço dizer aquilo - O que foi?


- Ah, nada. É que já faz tanto tempo que não vejo meus amigos.


- Mas temos praticamente a mesma idade. - senta-se na sua cama - Deves estudar ainda, certo?


- Sim, no entanto a escola em que estou não tenho amigos. Desde o primeiro dia de aulas que vi as populares, eu sofro bullying e ninguém se aproxima de mim.


- Que triste. - comenta levantando-se para sentar-se ao meu lado - Ninguém merece. Por isso ficou invisível. - confirmo - Bom, a Kira e a Diana devem ter ido para as suas tarefas. Não sei quando chegam, mas quando estivermos todas, contamos como ficamos invisíveis.


Adoro a sua ideia e imediatamente fico curiosa.


- Como ficou invisível?


- Ah, não! Só depois de todas estivermos juntas! - fala colocando a língua de fora.


- Ah! Mas eu já disse como fiquei invisível! Não gostei da dor que senti perto do coração. E o sonho estranho...


- Não importa. Falamos disso tudo quando estivermos todas. Vamos ser inseparáveis! - faço bico - Tenho que ir. Está na minha hora de fazer o treinamento. - diz e sai do quarto.


- Mas e eu...? Tenho dúvidas... – suspiro, quando vejo que ela já se foi. Melhor perguntar para o James.


Saio dos dormitórios e paro a frente a porta.


“Pois… E como vou encontra-lo?”


Olho ao redor e vejo a Klya na secretária. Dirijo-me para lá.


- Olá, Klya. – olha para mim e sorri, faço o mesmo – Viste o James? – pergunto.


Noto que a papelada que estava espalhada em cima da mesa, agora está organizada e arrumada.


- A tua tarefa acabou? – pergunto, ela confirma.


- Ainda bem, estou cansada. Quanto a tua pergunta, vi o James sair da Spook Haunt. Ele pode ter ido para o mar ou para alguma tarefa.


- Ok. Obrigada. – agradeço.


Ela sai de trás da secretária e vai direta para os dormitórios. Passa por mim e para um pouco depois.


- Se quiseres conversar. – viro-me para olhá-la, que está de costas – O meu dormitório é o nº 7. – diz, e por fim fita-me com os seus olhos verdes escuros por sobre o ombro, sorrindo.


Simplesmente aceno com a cabeça, dizendo que sim.


Ela caminha para os dormitórios e parece estar passando uma corrente de ar, pois o seu cabelo castanho escuro encaracolado vai para cima e para baixo, como se fossem ondas.


Saio da minha nova casa e paro na entrada.


“Ela disse que ele poderia estar no mar ou em alguma tarefa… Mas então… para onde ir?”


- Deixa cá ver. O James disse que o mar ficava para nordeste. A minha frente está oeste, então é virar para a minha direita que devo chegar ao mar. – deduzo.


Estou caminhando a minutos e ainda não encontrei nada, nem ninguém. Não vejo mais Spook Haunt. Acho que estou perdida! Encosto-me numa árvore e sento-me. Observo o espaço onde estou e só consigo enxergar árvores.


“Será que falta muito para chegar?”


Dá-me vontade de chorar e pisco várias vezes os olhos como também olho para cima, somente para não chorar. Após ter conseguido conter as lágrimas, encosto as minhas pernas na minha barriga ao máximo, cruzo os braços sobre elas e deito a cabeça.


Não sei quanto tempo fiquei assim, mas pelas minhas pernas e rabo dormentes, foi um bom bocado. Quando senti algo a tocar-me ou alguém…


- Vais ficar assim por quanto tempo? – pergunta, logo reconheço a voz.


Levanto a cabeça e encontro os seus olhos castanhos.


- James! – levanto-me, feliz por vê-lo.


- O que se passa? Por que que estavas sentada? – pergunta, um pouco preocupado. Ele leva a sua mão esquerda a minha cabeça, tirando várias folhas.


Abro a boca em um “o” e coloco a minha mão direita na cabeça.


- Eu estava a tua procura. – digo, ainda com a mão no cabelo – Tenho dúvidas e eu queria questioná-las. Só que não encontrei o mar. Pensava que estava perdida.


- Bom, o mar é um bocado longe. E como não conheces este mundo é normal. Olha, era só andar mais um bocado que chegavas. Mas o que querias perguntar?


- Quero saber o que é Fallwolfs, o que é esse tipo de treinamento que tenho e sobre a vigilância. Isso está na minha nova rotina, mas não sei para que serve!


- Tudo bem. Eu explico enquanto caminhamos para o mar. Afinal, ias para lá. – ele começa a caminhar a minha frente e faço o mesmo. – A vigilância é para garantir que ninguém sai dos seus dormitórios. – explica – O treinamento tem haver com a caça dos Fallwolfs. Os Fallwolfs, eles sugam, tiram os sentimentos bons das pessoas para elas ficarem tristes e, por causa disso, elas ficam invisíveis. – fico abalada com o que o James fala – Eles são como se fossem fantasmas. As pessoas que ficam assim, transformam-se em Fallwolfs, pois eles não quiserem ficar invisíves, ao invés disso, os seus sentimentos foram roubados. Somente os sentimentos de raiva, tristeza, ódio… é que ficam. – esclarece, sério – Temos que caçá-los para a seguir, os sentimentos voltarem às pessoas e voltarem ao normal. O treinamento é para ajudar as pessoas. – olha-me com a cara neutra, mas desassossegado por causa daqueles seres – Temos que acabar com eles para não roubarem os sentimentos das pessoas.


- E porque que roubem os sentimentos das pessoas? – pergunto, curiosa e ao mesmo tempo zangada.


“Como eles podem roubar os sentimentos das pessoas? Isso é imperdoável! Fazemos de tudo para sermos felizes e de uma hora para a outra são roubados?! Quero acabar com esses Fallwolfs!”


- Ah… Não sei, mas não podemos deixá-los sugarem os sentimentos das pessoas. – ergo uma sobrancelha, desconfiada – Esclareci todas as suas dúvidas? – pergunta, e digo que sim.


“Aqui há mais segredos do que eu pensava.”


Andamos por mais um bocado e finalmente chegamos.


- Achava que nunca mais chegaríamos. – digo, pousando as mãos sobre os joelhos.


Vislumbro o mar. Limpo, a brilhar com o sol, calmo… Não podia ser melhor. Relembro o dia em que fui ao mar, um dia antes de ficar invisível. Diferente daqui, o mar está um bocado sujo e turbulento, onde ondas grandes ou médias vinham com força até à areia, molhando as pessoas que estão perto do mar. É claro que nem sempre é assim, no entanto no dia que fui, estava um bocado forte.


Tinha crianças, adultos, adolescentes, idosos… no mar. Divertindo-se ou descansando. Todo o tipo de idades.


Corro para o mar e entro nela, molhando-me somente até as pernas. A água estava fria.


- Parece que gostastes. – fala o James, olhando-me com um sorriso de lado.


Faço um sorriso malvado. A água chega-lhe apenas aos pés e começo a jogar-lhe água. Ele coloca o braço a frente da cara e afasta-se um bocado, mas logo se junta a brincadeira. Entra na água e também começa a lançar-me água que salpica pelas minhas roupas. Ficamos a atirar água um ao outro, ao mesmo tempo que rimos da diversão. Paramos quando estávamos molhados. Completamente molhados! Saímos da água encharcados, ainda rindo.


“Tinha saudades de brincadeiras destas. Nunca tinha feito isto com meus amigos, mas fico feliz ao saber que tenho amigos verdadeiros”, penso contente.


- A minha barriga está a doer de tanto rir. – reclama, mas animado – Vamos? – pergunta, estendendo-me a mão e sem tirar o sorriso da cara.


Aceito e pego na sua mão, só que não sabia que ele ia me puxar para perto de si. Coloca a sua mão esquerda na minha cintura, não deixando-me afastar.


Encostados um ao outro, encharcados e com as roupas molhadas, que agora está colado ao nosso corpo.


Fico constrangida e tento afastar-me, porém ele me aperta mais contra o seu corpo. A mão que estava segurando a minha, eleva-se até ao meu rosto. Pousa sobre a minha bochecha e faz a mesma coisa da outra vez.


- Nunca tinha conhecido uma pessoa como você. Mesmo te conhecendo em apenas um dia, tenho um sentimento forte por você. – coro – Seja lá o que decidas no fim, eu vou estar sempre contigo. – termina e por fim beija-me. Não consigo reagir e deixo-o terminar o beijo. Um momento fantástico, com o mar a brilhar e o sol a iluminar a natureza. – É como eu me sinto. – fala, após desencostar os nossos lábios – Uma pena não puder fazer mais que beijar e fazer carinho. – diz, sorrindo e fico vermelha.


- Desculpa, mas eu não sei como me sinto a cerca de você. – esclareço, colocando a mão sob os lábios – É verdade que sinto algo diferente por ti, James. Mas não sei o que é.


Ainda encostado um ao outro, ele acaba:


- Por seres novata é que não sabes. Ao longo do tempo que ficares aqui, saberás que sentimento é esse. – acaricia a minha bochecha com o polegar por mais uns segundos e afasta-se – Bom, temos que mudar-nos. – olha-me e sei que dá para ver a minha roupa íntima como dá para ver a dele. Imediatamente, tapamo-nos.


- Sim… – as pessoas não reparem-nos, mesmo estando com a roupa íntima a mostra.


Enquanto caminhamos para Spook Haunt, a nossa roupa vai secando com o sol quente.


- Vais usar as roupas que usamos ou as que estás a usar?


- Ah? Quais são as roupas que usam?


- Não sabes? – nego, balançando a cabeça – Vai para o teu dormitório e vê nas tuas gavetas.


- Ok.


No dormitório, procuro nas gavetas as roupas que tem. Só que… não gostei nada de ver. Tem duas calças aqui que são boas, tirando uma. Uma de militar, de ganga e um calção que tapa até as coxas, esse é que eu não gostei nadinha. Já a parte de cima, mostra praticamente tudo! Se uma não mostra a barriga, outra mostra um bocado dos peitos.


“É que não! Não vou usar isso!”, grito no meu subconsciente.


Tiro a calça que está um bocado molhada e coloco as calças de militar. Até que gosto. Não tiro a parte de cima, pode estar ainda molhado, mas não vou usar essas roupas!


Deito-me da cama e fico a descansar com os olhos fechados, a pensar.


Ainda é um pouco difícil acreditar nisto tudo, porém é bom. É o meu primeiro dia e nem sinto falta da escola, das populares, da família… Sento-me na cama quando penso na família. O que vai ser da minha mãe? O James disse que o tempo não passa lá, mas quando for preciso ir como vai ser? Não posso demorar se quero que o tempo não passe. Deito-me novamente. Eu sinto algo muito diferente quando estou com o James. Não sei o que é, talvez esteja apaixonada, o que acho impossível, pois só o conheci hoje. A Sara parece ser uma pessoa animada e de início gostei dela. Como serão as outras colegas de quarto? Nunca pensei que dividiria um quarto com outras pessoas. Somente fiz com os meus amigos, que agora estão distantes.


Bufo e cerro os olhos novamente, desta vez, para dormir.



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Autor(a): Monica

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