Fanfics Brasil - Capítulo 15 – Fallwolfs Mundo Invisível

Fanfic: Mundo Invisível | Tema: Luta, Ação, Aventura, Fantasia, Bullying, Amigos, Amizade, Romance, Segredos, Mundo, Escola, Amigas,


Capítulo: Capítulo 15 – Fallwolfs

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Desperto com o despertador que descobri ser da Sara. Como ontem, ela esta pronta.


Bocejo enquanto me sento na cama.


Vou para a casa de banho fazer a minha higiene. Tomo um banho fresquinho, pois o tempo aqui está muito quente. Saio com a toalha enrolada no corpo. Somos mulheres, não há de ter vergonha. Não é? Fico pronta em quinze minutos.


- Sara, sabes quem vai ser a minha companheira hoje?


Ela dá de ombros, obviamente não sabendo.


Escuto um batente na porta e imediatamente eu e a Sara olhamos para lá.


- Quem é? – pergunto, levantando-me da cama.


- Sou eu, James. – dirijo-me a porta e abro-a – Bom dia. É só para falar que hoje serei o teu acompanhante. – fico espantada. Olho para Sara que dá de ombros ao mesmo tempo que leva as mãos para o alto, até aos ombros.


- Mas o Sean disse que seria só as colegas de quartos que iriam acompanhá-la. – diz, Sara.


- Como é o primeiro dia da Helena a caçar Falwolfs, tenho que ir com ela. Eu sou o melhor a caçá-los. – retiro a atenção dela para o James.


- Eu não me importo. – digo, abaixando um pouco a cabeça e fechando os olhos.


- Até logo. – despede-se no momento que levanto a cabeça e abro os olhos. Ele acena quando fecho a porta.


Depois do pequeno almoço, vou para a minha tarefa.


Caminho para o portal, pois é lá que verei se tem novos invisíveis. Até que parece interessante. Como já fiz esta trilhagem por três vezes, sei mais ao menos como chegar.


Ao aproximar-me, avisto o James perto do portal. Corro até ele.


- James. Vieste cedo. Que horas são?


- Falta cinco minutos, mas podes começar agora. – não tinha notado, no entanto ele tinha um clipboard – Isto. – refere-se ao clipboard – Servirá para saberes os dados das pessoas. Logo que uma pessoa ficar invisível, os seus dados passam logo para o papel. Demora porque tem que “pesquisar” informações acerca dessa pessoa. Sinceramente não sei como isso funciona. Dizem que é magia. – explica sem muita importância.


Estávamos os dois ali parados, de pé a espera. Demorou longos minutos para finalmente chegar dados de uma certa pessoa.


Encaramos o que tem escrito no papel.


- Rui Amaro. 20 anos. Seus pais são divorciados.


- Sabemos porque ele ficou invisível.


- Sim… - penso – Eu não sei como é ter os pais divorciados. O meu pai desapareceu quando eu era criança.


- Eu sei. – pousa a mão sobre o meu ombro – Não te preocupes. É só ter esperanças que ele pode aparecer. – dá um sorriso – Agora é só esperar que ele venha.


- E como ele vai vir? Não vai ter ninguém?


- Normalmente tem, acho que é o Gustavo. Porém tem algumas pessoas que acham o portal sozinhas. E para a tua informação, não tem só um portal. Fomos para aquele portal na praia porque era o mais perto que eu conhecia, mas todos vêm ter ao mesmo lugar, aqui. – aponta para onde estamos.


- Entendi.


Esperamos mais um tempinho e então senti algo. Era como se eu soubesse que estivesse alguém do outro lado do portal.


- Sentiste certo? – perguntou, tirando-me dos pensamentos.


- Sim… É estranho.


- Vamos. – passamos pelo portal.


Fiquei com o estômago as voltas por causa do portal. Entretanto, julgo que estou quase acostumada com a sensação. Não me veio vómito a boca, o que é bom.


Um rapaz com cabelo branco e olhos azuis está a frente do portal, ao seu lado, o Gustavo.


- Eu sabia. – ele sussurra no meu ouvido, fazendo-me arrepiar.


- Olá. Você deve ser o Rui Amaro. – ele afirma – Está tudo em ordem, pode entrar. – digo, indicando com o dedo o portal. Ele dá um sorriso torto, parecendo com medo.


“Ele terá que enfrentar isso.”


O Rui entra e antes do Gustavo seguir a sua trás, ele diz:


- Eu só o trouxe porque tive que buscar umas coisas. Não que me importe trazer os novatos. É sempre bom ajudar.


O Gustavo pode ser nerd, sem ofensa, mas é simpático.


Passamos pelo portal de novo. E foi assim até acabar esta tarefa.


Teve mais duas pessoas que ficaram invisíveis. Uma rapariga com 17 anos que se culpa pela morte de sua irmã, num acidente de carro. E um rapaz que levou uma bala no peito, no último momento ele ficou invisível.


- Isso é possível? – pergunto para o James, assustada.


Estamos a percorrer o caminho de volta para Spook Haunt.


- Sim. Ele já estava praticamente morto porque não sabia o que fazer na vida, o que lhe estava a levar a depressão. Ele deve ter sentido a primeira pontada perto do coração uns dias antes, no momento em que ele estava prestes a morrer ficou invisível.


- Que horror.


- Verdade. A sua ferida vai cicatrizar e não sente dor por estar invisível, mas vai ficar sempre uma marcação. Com certeza ele não vai esquecer.


Nunca pensei que uma coisa dessas fosse possível.


Troco de roupa no quarto por uma de fato de treino. Seria o treinamento e tenho que praticar para caçar os Fallwolfs. Ainda bem que trouxe a roupa de casa.


A Diana está no quarto a dormir porque vai ter vigilância a noite. As outras devem estar nas tarefas.


O treinamento é atrás de Spook Haunt e vou para lá. Ao aproximar-me, observo ao redor. Tem muitas pessoas treinando e podem treinar fora como dentro do campo. Caso chova, temos que fazê-lo dentro.


Adentro no campo e avisto um homem e uma mulher que nos treina. Que bom que sou rapariga. Aquele homem que se chama Rubens gosta de meter medo nos alunos, de desafia-los contra o medo e julga-se melhor que todos. Os rapazes têm medo dele, não me admira.


A Carla, professora das raparigas, é simpática, contudo não nos deixa desistir de alguma actividade. Diz que temos que ser fortes para proteger-nos e não ser dependente de um homem. Só por ela falar essa frase, tem haver como ela ficou invisível.


Todas as raparigas encaminham-se para onde a professora Carla está. Faço o mesmo.


Após o treinamento, desloco-me para o mar. Preciso de um pouco de ar fresco e descansar os pés. Estou transpirando muito por causa do treino e com o sol quente é ainda pior. Vou transpirar ainda mais. Vou andando e ponho o meu braço sob a testa para não chegar-me sol a cara. Ao chegar, deito-me na areia. Estou a transpirar, cansada e cheia de calor. Fazendo um esforço nas pernas eu levanto-me da areia e vou para o mar. Não me importa ficar molhada, só quero me refrescar.


Troco de roupa. Falta pouco tempo para ir caçar Fallwolfs com o James. Encontro-me com ele na porta de Spook Haunt e dirigimo-nos para o portal. Não sei como vai ser ou se vou conseguir caçar algum, contudo vou fazer um esforço para salvar as pessoas.


- Antes de ir. – ele vira-se para mim – Tenho que explicar. Temos armas de choques, armadilhas e redes. Vamos montar algumas armadilhas no chão para eles caírem. Depois usamos as armas de choques para imobiliza-los e apanhamo-los com as redes. As redes irão tirar o que eles roubaram como também fará com que eles voltem ao normal. Entendeu?


- Sim. – balanço-me com o olhar para o chão – Obrigada.


- Não tens de quê. – ele toca no meu ombro – Tem cuidado. Eu estar do seu lado, porém posso não conseguir proteger-te. Eles podem ser fácies de apanhar, no entanto tem uns que são mais difíceis. Eles dão luta. – avisa.


Ultrapassamos o portal e encontramo-nos na praia. Nesse instante lembrei-me.


- Calma. – suspira – Eu sei que o tempo vai passar, mas não podes desobedecer as regras.


Respiro fundo e começamos a andar.


- Então… - ele está distraído – Como vamos caçar esses tais de Fallwolfs?


- Sabes qual é a maior área em que as pessoas possam ficar tristes, irritadas…?


- Bom, tem o supermercado, o cinema… Por acaso são muitos lugares, pois as pessoas não gostam de esperar ou são obrigados estar naquele sítio. Tem várias razões.


- Sei.


Percorremos por vários lugares e o James ficava com a boca fechada. As crianças nos olhavam curiosas, especialmente quando passávamos por alguém. Eu pensava em como estava cansada de andar e nem sabia para onde ia, somente o seguia. Olho para o céu e vejo uma árvore que reconheço. Cravo o meu olhar nela. O parque.


- Que tal descansar um pouco? – pergunta de repente – É estranho não encontrarmos nenhum, mas a qualquer momento pode aparecer um. – eu sento-me no banco perto de uma sorveteria – Queres um?


- Sim… Mas…


- Tiro eu mesmo e a seguir coloco o dinheiro na caixa. – interrompe-me. Respondo um tudo bem e ele vai.


Enquanto o James vai buscar um gelado, eu observo o lugar. Crianças a brincar com os amigos, os pais a brincar com os filhos e crianças a brincar sozinhas. Uns adolescentes a andar de skate ou a jogar a bola. Um lugar feliz para se estar.


No entanto, miro uma figura estranha. Está de costas para mim e é azul…?! Ele vira-se e reparo nos olhos brancos. Olhos sem vida, sem cor. Vem na minha direcção.


“Ele consegue me ver?”, grito no meu subconsciente.


Será que estou imaginando? Ele anda como as outras pessoas, porém é como se fosse um fantasma.


- James. – chamo-o.


Continua a vir na minha direcção. Não, não estou a imaginar!


- James! – grito.


A poucos centímetros de mim, ele para. Fica me olhando como outras crianças. Elas me ouviram e atraí a atenção. Elas também conseguem ver a figura e ficam assustadas que começam a chorar. Os pais rapidamente vão até elas.


- Mamãe, tem um mostro ali. – escuto de uma menina.


- Papai tenho medo. – diz um menino.


Só que não presto mais atenção a nada. Acho que estou hipnotizada.


- Cuidado, Helena! – consigo ver o James a saltar por cima de mim e a dar-lhe com uma arma de choque, vem até mim – Helena. Helena! – balança-me.


Aos poucos, vou voltando ao normal.


- Ah? James?


Bufa, irritado.


- Eu disse que era para ter cuidado. Ele é um Fallwolf e eles podem hipnotizar-nos. Eles podem nos fazer ajudá-los ou até tomar os nossos sentimentos, bons como maus. – diz, muito sério.


- Eu não sabia. – falo baixinho.


- Desculpa. Eu devia ter falado disso, porém esqueci-me.


Olho para o Fallwolf que está a levantar-se. James tira uma rede de dentro do bolso da calça e lança para cima dele. No mesmo instante, ele não se mexe, fica completamente parado como se estivesse morto. Bem, morto ele está, não é? De dentro dele sai uma luz azul e ele transforma-se em homem de verdade, espantando as pessoas a volta.


- A luz que saiu dentro dele é na verdade os sentimentos das outras pessoas que ele roubou. E como capturamo-lo, ele voltou ao normal. Ele não irá se lembrar de nada do que aconteceu. – esclarece.


Pega na rede e coloque-a no bolso de novo.


- É muito prático! – diz, sorrindo.


- O que vamos fazer a seguir? – pergunto, completamente emocionada.


“Quero ajudar as pessoas!”


Fomos para um supermercado perto da minha escola. Em Stoke City ainda era bem cedo, no entanto não quer dizer que não tenha muitas pessoas a comprar o que precisa ou quer. Adentramos o lugar e recordo-me do assalto. Mesmo com o acontecimento, as pessoas não param de vir.


Ultrapassamos as pessoas e aquele sentimento de não existir invade-me. Continuo a andar como se estivesse tudo bem. Onde está a carne, tem pessoas a brigar. E mais um pouco ao fundo vários Fallwolfs.


- Helena.


- Eu sei. – retiro uma arma de choque de trás das minhas costas e aponto.


- Espera. – fala, quando estou preparada para disparar – É melhor atirar mais de perto. Se eles nos verem podem tentar fugir. Vamos dar a volta e ficamos por trás deles. – fala baixinho e eu concordo.


Sigo-o conforme o plano. Dar a volta demora mais e quando chegamos a eles, vejo uma luz azul a sair das pessoas que estão a brigar pela carne.


- São os sentimentos deles. – diz como se tivesse ouvido o meu subconsciente – Ouve, quando disparares, alguns podem tentar escapar, hipnotizar-te, tirar-te os sentimentos ou atacar-te. Tem cuidado e não olhes nos olhos deles. – fala sempre sussurrando – Eles podem ouvir as pessoas a milhares de quilómetros e é assim que eles acham sentimentos maus e bons. Quanto a nós, invisíveis, ouvem como os humanos, por isso não devemos fazer barulho.


“E só avisa disso tudo agora?! Espera lá…”


- E como é que achas que vou atacá-los se não posso olhar-lhes? – sussurro irritada.


“É sério! Como?”


- Vais descobrir. – dá um passo em frente e para de novo, fazendo-me bater nele. Vira a cabeça sobre o ombro – Esqueci-me de dizer uma coisa…


- Esqueceste sempre de algo. – resmungo, interrompendo-o.


A sua cara continua neutra.


“Como é difícil irritar este rapaz! Ele é que me deixa irritada!”, bufo.


- Como tem muitos sentimentos maus aqui, eles alimentam-se deles.


- Como assim? – pergunto confusa, não entendendo.


- Com eles ficam mais poderosos, mais resistentes, mais fortes. Tem três tipos de Fallwolfs. Os primeiros são os maus fracos como aquele que capturamos no parque. Os segundos são eles. – aponta para os Fallwolfs a nossa frente – Alimentam-se de sentimentos maus. Os terceiros são os mais raros e os piores. É muito difícil de capturá-los. Já vi um e quase morri tentando capturá-lo. Eles podem comer-nos que deixamos de existir, ou seja, morremos. – coloco a mão na boca que estava aberta devido ao que ouvi – Faz uns meses. Não vi mais nenhum senão aquele. Mas não quer dizer que não existam mais. Onde? Não sabemos. – abaixa a cabeça levemente e parece estar pensando – Bem. – ergue a cabeça – Chega de explicações. Perdemos muito tempo. Olha. – aponta.


A luz azul tinha acabado e foi para um dos Fallwolfs. Nesse momento, ele vira-se para trás e os seus olhos brancos ficam vermelhos. Arregalo os olhos com a cena. Formou-se uma luz vermelha à volta do seu corpo ou o que seja e os seus olhos continuam vermelhos. Como estávamos perto de uma prateleira de comida que tinha sombra, não nos viram.


- Ele. – indica com a mão, o Fallwolf em volta de uma luz vermelha – É o segundo tipo de Fallwolf.


Engulo em seco.


...



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Autor(a): Monica

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