Fanfics Brasil - Capítulo 4 – O Campo Mundo Invisível

Fanfic: Mundo Invisível | Tema: Luta, Ação, Aventura, Fantasia, Bullying, Amigos, Amizade, Romance, Segredos, Mundo, Escola, Amigas,


Capítulo: Capítulo 4 – O Campo

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Desperto com um balançar incessante. Levanto a mão querendo que a pessoa parasse, porém não parou.


- Filha, acorde! - chama a mãe alto o suficiente para despertar-me de completo.


- Ah? Mãe!?


- Vamos lá. Veste-te, temos que ir. Temos que estar lá às onze horas.


- Ah? O quê? Onde? – pergunto ainda confusa, sem entender.


- Ao campo, ora! Já se esqueceu, menina? - levanto-me da cadeira apressada. Não queria perder a oportunidade de ir ao campo. Como pude esquecer? E... espera, eu dormi na varanda? Bolas, a minha mania de fechar os olhos!


Ri da minha reação e sai do quarto. Tento vestir-me em menos de dez minutos. Vou à casa de banho, faço a higiene e tomo um banho rápido. Volto ao quarto e tiro uma camisola, uma calça de ganga e umas botas.


"Terá que servir", penso, não querendo demorar.


Vem-me à mente que devia olhar para as horas, no entanto, tenho medo. Engulo a seco e viro a cabeça noventa graus. Quando vejo as horas o meu queixo cai no chão.


"Não acredito!"


- Mãe! - grito em alto e bom som.


Chegando à sala, ouço a minha mãe a rir.


- Eu não acredito! - começo - Acordas-me a dizer-me para irmos e olha que horas são! Dá tempo para tudo! - pois sim, por vezes ela faz isto e não acho graça nenhuma. Faço bico com a brincadeira dela.


- E o que tem? Você dormiu na varanda e pode ficar doente. Aliás, já estava na hora de acordar. É bom acordar cedo.


"Tenho que concordar com o de ficar doente", penso.


Suspiro. Ainda eram oito e meia da manhã. Tinha muito tempo ainda. Retorno ao meu quarto, mas antes ouço a mãe dizer:


- Esteja pronta às dez e meia! - escuto-a a rir.


Bufo. É claro que ela está a rir! Já estou pronta! Ora esta!


Troco de roupa para uma mais adequada ao campo.


Não tinha nada a pensar. Somente via as pessoas, casas, árvores... a passar num flash enquanto a minha mãe dirigia. Na minha mochila levo o protetor solar - pois este calor está a ferver -, uns óculos de sol, uma toalha caso queira me sentar e uma comidinha para mim...


Estamos há vinte minutos a viajar de carro e já estou farta de estar aqui dentro. Ainda por cima, o meu rabo começou a ficar dolorido de ficar tanto tempo sentada.


Trinta minutos depois chegamos e agradeço a Deus por isso. Tiro o cinto e saio às pressas do carro, massageando o meu traseiro.


A minha mãe saiu logo a seguir e chamou-me para segui-la até a casa. Segui-a sua trás e vimos ao longe um homem sair de uma casa camponesa. Ele veio correndo até nós.


- Cília! - gritou.


- Claudio! - gritou a minha mãe de volta, abraçando-o. Minutos se passaram até se largarem. - Que bom te ver. - disse feliz e olhou por trás do ombro da minha mãe, vendo-me - E quem é esta pequena?


- Eu não sou pequena! - resmungo - Sou Helena. Prazer em conhecê-lo, Claudio. - apresentei-me e ele ficou espantado.


- Falou de mim, Cília?


- Claro que não! - corou um pouco - Ela ouviu o seu nome. Que burrinho! - falou a mãe dando um soco de leve no ombro de Claudio.


- É uma pena. Eu não tenho filhos. – ele disse e eu dei de ombros, não me importando.


- Claudio, viemos porque queríamos vir ao campo há algum tempo, mas também porque a Helena quer aprender a montar.


Os seus olhos brilharam com a informação.


- Será um prazer ensinar-te a montar um cavalo. Mas, primeiro, vamos tomar algo para comer. Devem ter saído cedo de casa para chegar a esta hora. - olhou para o seu relógio de pulso e confirmou - Onze horas. - sorriu para nós.


Seguido de um lanchinho, sai da casa e encostei-me à árvore que tinha ali perto. Retirei a minha blusa para deitar o protetor solar. Eu estava de biquíni. Não sei se tem um lago por aqui, no entanto, quis trazer. Logo a seguir, tirei a calça e as botas, passando o protetor solar nas coxas, pernas e pés. Terminando de passar o protetor, vesti de novo as roupas e fui para dentro perguntar se tinha um lago.


- Sim, tem um lado não muito longe daqui. Vai para a esquerda que chegas lá em cinco minutos, mas não te afastes mais! Pode ser perigoso. - avisou-me, fazendo com que a minha mãe ficasse preocupada.


- Não te preocupes. Sei me cuidar, não sou mais uma criança. – concordou, mais aliviada.


Deixo a casa e começo a correr até ao lago. Como o Claudio falou, em cinco minutos cheguei. Nem perdi tempo para descansar, tirei as roupas, jogando-as por aí e atirei-me à água que estava bem fria, no entanto, ótima depois de uma corrida.


Perdi o tempo que fiquei lá, a flutuar ou a mergulhar. Senti a pele das mãos e dos pés a enrugar, então saí.


Como ainda estava muito calor, tinha me esquecido da mochila e eu estava molhada, então, coloquei as minhas roupas no ombro e caminhei até a casa. Ao regressar a casa, notei estar quase seca.


"Este sol está mesmo bem quente."


Vesti as roupas para não entrar semi-nua. Seria uma vergonha.


Entrei na casa e encontrei-os a conversar e a rir.


- Oi. – digo, atraindo a atenção deles.


- Olá, Helena. A sua mãe estava a contar um pouco da vossa vida. - não sei o que ela tinha contado, mas não devia ser nada bom.


Sentei-me no outro sofá que era para uma pessoa. Estiquei os membros superiores do sofá e, logo depois, os pés.


- Helena! Isso não é maneira de ficar na casa dos outros! - repreendeu-me.


- Mas estou cansada. - faço bico.


- Eu não me importo. - fala para minha mãe - Ela deve ter ficado exausta de nadar no lago. - defende-me.


"Estou começando a gostar dele."


O jantar foi maravilhoso; maravilhoso até demais. Fiquei muito cheia que nem estava a sentir-me bem.


Acordo com o galo a cantar. Devia ser umas seis da manhã. Olho para a janela e ainda estava de noite, quase amanhecendo. Eu fiquei num quarto de cama de solteiro, igual a minha mãe. A cama podia não ser tão fofinha como a minha, mas era confortável.


Levanto-me e quando abro a porta vejo a mão de Claudio a minha frente, prestes a bater na minha testa. Ao lado dele a minha mãe.


- Helena! Já íamos te acordar para ver o pôr do sol. - diz recuando a mão.


- Mas não é muito cedo? – pergunto, confusa com as horas.


- Claro que não! - e arrasta-me pelo braço para fora da casa.


Sentamo-nos na relva à frente da casa, esperando pelo pôr do sol. Sinceramente, nunca tinha visto um, pois com a escola não dá tempo, sem contar dos pesadelos e de dormir mal. Falando nisso, hoje dormi muito bem! Sem pesadelos!


Minutos se passaram até aparecer. Realmente, não podia ter sido uma manhã melhor.


Após de termos visto o pôr do sol, o Claudio quis ensinar-me a montar o quanto antes, pois ao final do dia íamos embora, infelizmente.


Demorou umas duas horas até eu conseguir montar. Saí em direção à algumas árvores - sempre acompanhada de Claudio, se algo desse errado. No entanto, correu tudo bem, sem problemas.


O dia passou rápido e às seis da tarde estávamos a despedir-mos. Eu tinha escola amanhã e tinha que dormir.


- Adeus, Claudio. - disse minha mãe, abraçando-o e não querendo largá-lo.


- Adeus, Claudio. - falei sorrindo - Obrigada por me ensinar a montar. - ia dirigir-me para o carro, mas como vi que a mãe não ia largá-lo, arrastei-a pelo braço até soltá-lo.


- Adeus. - despediu-se de novo no carro acenando - Até amanhã! - ele acenou também.


- Vamos, mãe. Acho que já chega de despedidas. – digo, resmungando com a demora.


Não fala nada e começa a dirigir.


Chegando em casa, só penso em descansar na minha caminha e, antes de fazê-lo e fechar os olhos, observo a varanda.


"Hoje não. Estou muito cansada até para ver as estrelas", penso.


Fecho os olhos por fim, sonhando como o fim de semana foi bom.



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Autor(a): Monica

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