Fanfics Brasil - Capítulo 5 – O Convite Mundo Invisível

Fanfic: Mundo Invisível | Tema: Luta, Ação, Aventura, Fantasia, Bullying, Amigos, Amizade, Romance, Segredos, Mundo, Escola, Amigas,


Capítulo: Capítulo 5 – O Convite

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Sento-me na cama, suada. Mais um pesadelo. Queria que estes pesadelos acabassem. Acho que não irão acabar enquanto eu não parar de sofrer bullying ou enfrentá-las. Só que não tenho coragem. Nunca enfrentei ninguém, não sei defender-me e nem sei o que fazer para isso acabar. Será que digo para algum professor? O diretor da escola? Melhor não... A Emily é rica e ouvi remores de que o diretor é subornado para deixá-la fazer o que quiser.


Suspiro, levantando-me da cama.


Abro a porta e, sem fazer barulho, ando de bicos de pés. Não quero acordar a mãe. Ah, também nunca contei-lhe dos meus pesadelos. Se ela soubesse a causa dos pesadelos... Teria que contar tudo.


Na cozinha, abro o frigorífico e tiro o pacote de leite. Deito num copo, deitando até a metade e bebo.


Ouvi dizer que beber leite faz-nos dormir bem. Não sei se é verdade, mas não custa beber.


Volto para a cama, desejando não ter pesadelos de novo.


O alarme toca.


Viro-me na cama sem querer me levantar. Porém, como o alarme não para de tocar, viro-me para desligá-lo.


Minutos a seguir, ouço a porta a abrir-se. Sem querer sair da cama, tapo-me mais com o lençol.


- Helena, está na hora de acordar. Tens aulas hoje. - fala e sinto-a a olhar para mim - Sei que estás bem aí, mas tens que ir.


Suspiro baixinho.


"Como o fim de semana passa rápido."


- Eu sei. – digo, virando-me para olhá-la - Já vou.


- Não demores. - e sai do quarto.


Fico mais uns minutinhos na cama, sem querer ir assistir às aulas. Sento-me na cama com os pés de fora.


"Mais um dia de escola."


Será que se eu dissesse à mãe o que se passa na escola, ela me deixaria ficar em casa? Acho que não.


Saio da cama sem vontade nenhuma e cansada.


"Pelo menos não tive mais nenhum pesadelo."


Hoje vou a pé à escola. Costumo ir de carro, mas como a mãe teve que ir trabalhar mais cedo... E tinha que ser hoje, que estou tão cansada...


Bocejo e coloco a mão para abafar.


Ainda tenho um longo caminho a percorrer até chegar à escola. Não que queira chegar. Porém não posso por as minhas notas em risco. Se eu abaixá-las mais, a mãe vai estranhar e querer falar com o diretor ou um professor.


Sobre isso, quando um professor diz que irá falar com minha mãe sobre como eu estou na escola, eu imploro para que não diga nada. Digo que não quero preocupá-la e que já perdeu o meu pai, o que é totalmente verdade. E assim os professores consideram em não dizer. Afinal, ela já passou por uma depressão péssima.


O caso do meu pai está fechado, já que não encontraram provas dele estar vivo ou morto. Nenhuma pista, telefonema, acidente ou algo parecido. Nada! Como falei, não tenho saudades do homem que dizem ser meu pai, porém quando pequena a minha mãe disse-me que tive imensas saudades, mas com o tempo passou. Acostumei-me a viver só e somente com ela como se ele nunca tivesse existido.


Chego ao portão da escola, sem querer entrar. Não vejo as populares, mas estou sempre insegura. Entro e subo as escadas. Ninguém olha para mim, o que é ótimo.


Dirijo-me à sala. Faltam cinco minutos para tocar, só que quero chegar antes. Vejo o Diogo ao lado da sala. O seu cabelo castanho sempre um bocado desarrumado.


"Já nem me lembrava dele."


- Bom dia.


- Bom dia, Helena.


Tenho que recompensá-lo... Puxa pela cabeça, Helena! Ah! Já sei!


- O que fazes aqui? Estavas a minha espera?


- Sim. - fala olhando para mim - Como a tua reputação na escola não está nada boa, só podias querer ficar sozinha. E que lugar melhor para ficar sozinha? Bom, a sala de aula. - diz como se tivesse percebido disso agora.


- É verdade. - abaixo a cabeça, envergonhada. "Como ele pode saber tanto de mim se nos conhecemos em um dia?", penso - Obrigada, no entanto, não era preciso. - entro na sala.


Tenho que ter cuidado. Sinto que não posso confiar nele. E mesmo não confiando muito, quero recompensá-lo pelo que fez.


Sento-me no mesmo lugar de sempre e ele se senta da outra vez, ao meu lado. Fico olhando pela janela e vejo que falta menos de três minutos para dar o sinal de entrada.


"É agora ou nunca."


- Diogo. - chamo, olhando para ele e atraindo a sua atenção - Eu queria recompensar-te por tudo, então estava a pensar se não querias ir a minha casa jantar.


- Tinha te dito que não era preciso. Para não recusar a tua oferta, eu aceito.


Fico feliz. Assim vou sentir-me melhor.


O sinal toca e logo o professor chega.


Como sempre faço, olho para fora da janela e passo tudo o que o professor escreve.


- Não vens almoçar? - pergunto vendo-o ainda sentado.


- Ah... Desculpa, mas vou mais tarde. Aliás, não me estou a sentir bem.


- Queres que te leve à enfermaria? – perguntei, querendo ajudar.


- Não! - falou alto, parecendo preocupado - Quer dizer, não é preciso, obrigado. - não falo mais nada. Estranho a sua reação.


Logo após o almoço, vou à biblioteca tentar me distrair um bocado a ler.


O dia passa rápido, comigo ansiosa de ir para casa. Hoje não encontrei as populares. Hoje o dia foi bom. Sem populares, não fui gozada... nada.


Esperei no portão pelo Diogo. Estava a demorar muito e quando achei que não viria, ele apareceu.


- Desculpa a demora. Tive que ir ao banheiro.


- Tudo bem. - digo começando a andar.


- Vamos a pé? Quero dizer, não vamos de carro ou autocarro? - faz uma careta.


Ri da sua reação.


- O quê? - paro de propósito e coloco as mãos na cintura - O menino não gosta de andar?


- Não. - responde direto e de imediato.


Ri de novo e recomeço a andar.


Não falamos mais nada o resto do caminho. Não sei se é o ambiente ou se não tem nenhum assunto para falar.


Chegando, tiro a chave de dentro da bolsa, que tive a consideração de pôr no topo, numa bolsinha pequena que tem, mas que é muito boa.


Abri, sabendo que a minha mãe não estava em casa.


- Entra. A minha mãe não está em casa, mas não vai demorar muito.


Agradeceu e elogiou a casa. Senta-se no sofá e pergunta se pode ligar a TV. Digo que sim e vou para o quarto. Deixo a bolsa em cima da cama e não demorando muito, saio do quarto.


"Não posso deixá-lo sozinho, pois é um convidado."


Na sala, vejo-o sentado e na televisão está a dar uma série policial. Sento-me ao seu lado e ficamos a ver enquanto que a minha mãe não chegava. Nenhum comentário ou som fazíamos. Somente o som da TV e as nossas respirações.


A porta quebra o silêncio, anunciando o regresso da minha mãe.


Logo me levanto para ajudá-la com as compras. Fiz menção em ficar na sua frente, fazendo com que ela não visse o Diogo. Queria explicar-lhe direito as coisas, quer dizer, explicar de uma maneira diferente do que tinha acontecido.


- Mãe, na sala tem um amigo meu à espera. Eu convidei-o para jantar aqui, pode ser?


Olha para mim quando me ouve dizer “amigo” e “jantar”.


- Claro. O que teu namorado gosta?


- Ele não é meu namorado. - resmungo - Conhecemo-nos numa... Numa experiência que fizemos. Somos de salas diferentes.


"Bom, agora é só torcer para que o Diogo não conte a versão contrária."


Cruzo os dedos atrás das costas.


Caminhamos para a sala e a minha mãe... Bem, como posso dizer? Admirada com a sua beleza. Ao contrário de mim.


Para ter um namorado de verdade, temos que confiar nele e quando falo confiar, é confiar em tudo. Segredos, intimidades... como disse, tudo.


- Prazer em conhecê-lo...


- Diogo. - respondemos os dois ao mesmo tempo.


Sorri.


- Sim, desculpa. É que a minha filha esqueceu-se de dizer o seu nome. - dou de ombros não me importando. - E também só soube agora que convidou-lhe para jantar. Eu não me importo, seus pais sabem?


- Sim, falei-lhes que ia jantar na casa de uma amiga. - olha para mim rápido, voltando à atenção na minha mãe.


Ela percebe e dá um sorriso torto.


"Caramba. Ela está a perceber tudo errado! Sei que sim!"


O jantar tido sido mais formal, por causa do Diogo. Teve que fazer na última hora, mas ficou contente. Já tinha um tempo que não convidava ninguém a minha casa. Pois quando estava na outra eu convidava sempre os meus amigos. Desde que entrei em Aston Couventry, ela tem insistido para que trouxesse amigos aqui em casa. E bom, foi uma excelente ideia. Minha mãe não fala mais disso e recompensei o Diogo por tudo.


- Posso ir à casa de banho?


- De novo?


- É que eu não aguento muito. - corou.


- Tudo bem. - corei também - É só subir as escadas, no segundo quarto à esquerda.


Agradeceu e saiu praticamente a correr.


Já tínhamos terminado de jantar quando ele pediu para ir ao banheiro.


Dez minutos e nada.


"Será que aconteceu alguma coisa?"


- Mãe... - interrompeu-me.


- Eu sei. Vai lá ver.


Mas antes de ter a oportunidade de subir, ele aparece no topo da escada.


- Está tudo bem? – perguntei, preocupada.


- Sim, sim. Tive que atender a uma chamada. Os meus pais disseram para voltar. Desculpa.


- Ok. Também já é tarde.


A mãe despediu-se dele e pediu que voltasse mais vezes.


No fim, fui para a cama. Hoje também não fui para a varanda, estava cansada e só queria dormir.



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Autor(a): Monica

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Olho para o relógio e são três da manhã. Eu podia estar acordada por causa do pesadelo, mas não, não foi um pesadelo, mas sim aquele sonho estranho. Eu corria pela floresta, só via árvores, flores e animais escondidos, no fim via um vulto perto de um árvore. "O que era este sonho?" Balanço a cabeça ...


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