Fanfics Brasil - Capítulo 6 – Enganada e Humilhada Mundo Invisível

Fanfic: Mundo Invisível | Tema: Luta, Ação, Aventura, Fantasia, Bullying, Amigos, Amizade, Romance, Segredos, Mundo, Escola, Amigas,


Capítulo: Capítulo 6 – Enganada e Humilhada

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Olho para o relógio e são três da manhã. Eu podia estar acordada por causa do pesadelo, mas não, não foi um pesadelo, mas sim aquele sonho estranho. Eu corria pela floresta, só via árvores, flores e animais escondidos, no fim via um vulto perto de um árvore.


"O que era este sonho?"


Balanço a cabeça para esquecer o sonho e levanto-me para tomar um copo de leite.


Quando volto para a cama, o sono não vem. Eu me viro várias vezes e bocejo, porém o sono não é tão grande.


Suspiro e vou até a varanda. A esta hora é muito mais bonito de se ver o céu. Não sei explicar por que, mas é verdade.


Sento-me, pondo os braços em cima da varanda.


Olhando para o infinito, fico imaginando como seria uma vida com aventura, com seres mágicos e não esta vida normal e chata. Estou farta. Farta de sofrer bullying, de nunca mais ter visto meus amigos, de não saber o que aconteceu ao meu pai biológico. Estou farta desta vida normal. Vi em filmes que podem morrer pessoas e essa é a pior parte. Porém o resto é maravilhoso. Ter poderes, viajar pelo tempo, conhecer pessoas novas, ter aventuras, correr perigo... Seria muito bom. Ser diferente de todos e ao mesmo tempo ser normal quando fosse preciso.


Sinto uma pontada perto do coração como se tivesse saltado, fazendo-me dobrar pela dor. Vou à casa de banho e tomo um comprimido esperando que a dor passe. Deito na cama com a dor, revirando-me várias e várias vezes. Lágrimas saiem dos meus olhos. Não posso fazer nada a não ser esperar que passe.


Toco com a mão em cima do alarme para parar. Sento-me e sinto que a dor passou. Suspiro aliviada.


Pensava que a dor não ia passar. Rebolei pela cama várias vezes para ver se a dor passava, mas pareceu que isso não funcionava. Não queria ter que acordar a mãe dizendo que estava com uma dor forte para assim ela me levar para o hospital.


Bom, o que importa é que passou.


Faço a higiene e visto-me. Hoje irei de carro.


Tiro simplesmente uma maçã para comer e vou direta para o carro, no entanto, antes a mãe diz:


- Querida, vais comer só isso?


- Sim, não estou com muita fome.


Abro a porta e vou para a garagem. Entro no carro e durante o tempo que como a maça, espero.


Após uns minutos, a mãe vem e me leva à escola.


Estou conversando com o Diogo sobre as notícias que deu. Não tem muita coisa interessante, mas sempre é bom ter algo para falar.


- Então quer dizer que teve um assalto aqui em Stoke City?


Confirmo que sim.


- O problema é que é o supermercado em que a minha mãe vai comprar o que precisa. É muito perigoso.


- Bom que me avisaste, pois os meus pais também vão. - refletiu - Quando é que isso aconteceu?


- Na segunda, ou seja, dois dias antes às onze da manhã.


- É quando tem pouca gente. - explicou e confirmo, abanando a cabeça para baixo e para cima.


No momento que ia falar de outra notícia que ouvi, sou empurrada e caio no chão.


- Ai! - exclamo.


- Bem feito. É para teres mais cuidado e não te meteres na frente das pessoas. - quando ouço esta voz, olho para cima.


Nada menos, nada mais que a Emily Smith.


- Tu é que me fizeste cair de propósito! - falo alto o suficiente para todos ouvirem.


Segundos depois é que raciocino do que acabei dizer. As palavras saíram da minha boca! Não queria ter dito nada e tapei a boca para não falar mais nada.


- Olha, a cachorra aprendeu a falar? - as suas amiguinhas riem - Não tens provas de que te empurrei.


- Mas eu tenho. - interviu-se o Diogo - Eu vi você empurrá-la.


Ela encara Diogo com um olhar ameaçador.


- O quê? És o segurança dela? Ou o namorado? És tolo em juntar-te à ela. - riu-se dele - Não queres vir para o meu lado? Podes ficar conosco. Somos as populares e essa aí não tem amigos nenhuns. Ficas conosco e podes ser popular também e muitas outras coisas boas. Ficas com ela, sofres.


- Primeiro, "essa aqui". - faz aspas e aponta para mim – Chama -se Helena e é uma rapariga muito mais bonita que tu. - coro com o elogio enquanto que a Emily fica vermelha de raiva - Segundo, prefiro ficar com ela do que vocês, riquinhas. Pensam que são melhores que os outros e que podem ter tudo, no entanto, estão enganadas. Terceiro, gosto dela. Quarto e último, quero estar com ela do que com vocês. Ela sofre bullying, sim, porém é muito melhor que vocês, "as populares". É simpática, engraçada, fofa... E vocês são mesquinhas, mentirosas, maldosas e só querem saber que si próprias. - quando ele acaba, as pessoas que estavam vendo e ouvindo tudo começam a dar palmas pelo que o Diogo disse.


Emily olha para as pessoas irritada e passa por mim, seguida com suas amigas que estão com desgosto pelo acontecimento.


As pessoas voltam com as suas vidas e o Diogo estende a mão. Eu agarro e ele me puxa.


- Obrigada. – agradeço, abraçando-o de desprevenido e com lágrimas nos olhos, mas sem deixá-las saírem.


Ele retribui, ficando assim por minutos.


1 Semana Depois


Estávamos a conversar alegres sobre tudo.


Eu tinha ficado um bocado mais íntima com o Diogo, porém ele parece que não. Confio nele. Aquela sensação desapareceu. Acho que depois do que aconteceu.


A Emily não tinha feito mais nada, após do que ele disse sobre elas. E também nunca mais tive pesadelos. Esta semana estava a correr perfeita, até perfeita demais.


No meio da aula, eu estava tão aflita que tive pedir ao professor para ir à casa de banho. Ele autorizou e agradeci. Não demorei mais que cinco minutos e já estava de volta à sala.


Vejo a Emily um pouco mais a minha frente a por a sua mochila em cima da mesa e a remexer nela. Não me importando, viro a cabeça para a janela. O sol está quente e tem miúdos jogando futebol no campo. Nem sei como conseguem com este calor. E não falta muito para as férias chegarem. Só mais um mês e meio.


- Emily, o que se passa? - pergunta o professor, atraindo os olhares de todos, incluindo o meu.


Ela ainda estava a remexer na mochila e parecia desesperada.


- Eu não encontro o meu dinheiro! - grita aflita - Era para um presente para um amigo com um parente falecido do meu pai! - tira a atenção da bolsa e encara o professor.


- E quanto era?


- Duzentos euros (reais)!


O professor abre a boca espantado como tantos outros alunos na sala.


- Quem é que roubou o dinheiro? - perguntou o professor, olhando para todos - Diga agora, senão sofre as consequências! - olho para o Diogo que faz o mesmo. Todos ficam calados e a sala fica silenciosa até que o professor se pronuncia novamente - Muito bem! Seja quem for, vou descobrir. Ninguém sai da sala. Agora tirem tudo o que têm nas mochilas. - ordena e imediatamente todos o fazem.


"Quem é capaz de roubar duzentos euros?! Só um maluco!"


Mas espera… Seja quem for, sabia que ela o tinha.


Retiro tudo da minha mochila e, quando vejo uma coisa, fico assustada. Começo a tremer e a ficar nervosa.


O professor está a inspecionar todas as mochilas e não sei o que faço. Quando chega até mim, para. A Emily está a sua trás, sorrindo.


"Foi ela!"


Os meus dentes tremem.


- Menina Jones, o que se passa? Mostre-me o que tem dentro. - olha para mim desconfiado e com um pouco de pena. Ele sabe da minha história.


- Eu...Eu... – gaguejo, sem saber o que dizer.


Ele afasta-me para poder ver a minha mochila. Fica uns minutos calados e analisando a situação.


- O que tem a dizer? – pergunta, finalmente olhando-me.


- Não fui eu! Alguém colocou o dinheiro na minha bolsa! E foi a Emily! - culpo-a. Sei que é verdade.


- E como pode ter sido ela se esteve o tempo todo sentada? - pergunta levantando uma sobrancelha.


Por instinto, cravo o meu olhar para o Diogo, que está com um sorriso de lado.


"Não posso crer!"


- Eu pensava que eras meu amigo! - falei para o Diogo - Eu confiava em ti. Depois de tudo. De teres me defendido... - vem-me lágrimas aos olhos, mas evito chorar.


- Não sei do que estás a falar. - abana a cabeça, negando.


- Seu mentiroso, enganador! - grito.


- Chega, Helena! - grita o professor - Não tolero roubos. Para de culpar os outros!


- Mas não fui eu! É verdade!


- Não pensei que fosses assim. Foi a primeira vez que me desiludi contigo. Tens boas notas e és boa aluna. Isto vai para o teu registro.


Não comentei mais nada. Não tinha o que falar. Ele não ia acreditar.


Tinha sido tudo uma armação da Emily com o Diogo desde o início.


- Para a sala do diretor! - manda. Faço o que ele diz, envergonhada e inocente.


Agora é que a minha reputação piorou. Piorou para pior.



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Autor(a): Monica

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