Fanfic: Efeito borboleta - Laliter (adaptada) | Tema: Laliter
Capitulo 5
Lali desceu do taxi aquela tarde com o olhar receoso, o papel do endereço do garoto Lanzani na mão. Estava com os dois pés atrás, mas se lembrou da expressão preocupada do pai quando ela disse que teria de prestar a prova final, então respirou fundo e avançou. O endereço estava certo. Ela olhou a casa. Tinha dois andares, era branca e tinha um pequeno jardim na frente, bem cuidado, com um canteiro de rosas simples e bonitinho. Que ela soubesse o garoto Lanzani tinha uma penca de irmãos. Deviam viver todos como sardinhas naquela casa, era o que estava pensando quando tocou a campainha. Não demorou muito uma senhora, aparentando 30 e alguns anos, abriu. Tinha os cabelos castanhos, e os olhos da mesma tonalidade de verde do filho. Seu olhar era doce, tinha as feições suaves, apesar de parecer cansada de algo.
Lali : Boa tarde. Sou a Lali, eu fiquei de vir estudar com o Peter hoje. Ele está? – Perguntou, segurando a alça da mochila. A mulher sorriu.
Grace: Sou Grace, mãe do Peter. Ele está esperando, por favor, entre. – Disse, sorrindo e dando passagem.
Peter entrou, toda encolhida. Não queria encostar em nada... Mas o lugar até que era razoável. Passando pelo rol de entrada chegou a uma sala com dois sofás, mesa de centro, algumas mesas de apoio com abajures e porta retratos, e uma abobada que dava para uma sala de jantar. Grace a mandou sentar enquanto chamava Peter , e ela olhou o sofá, duvidosa. Por fim achou que seria falta de educação e sentou. Ela olhou em volta e viu os porta retratos: Lá estava, a penca de irmãos. Não sabia o nome de nenhum, mas já vira a menina, loirinha. Era caloura no St. Jude. Não tão nerd, mas não servia de nada.
Peter : O-oi-. – Disse, ajeitando os óculos. Ele também parecia cansado. Estranho.
Lali : Cheguei muito cedo? – Perguntou, pondo a mochila no chão. Ela vestia uma calça jeans, uma camiseta branca e um casaco que parecia caro, azul marinho. Ressaltava os olhos dela. Na mochila estavam a nécessaire de banho, o uniforme das cheerios e o material. Peter só a vira sem a farda do St. Jude poucas vezes, quando a via pelo centro com as amigas, mas nunca tão de perto. Estava tão bonita que o fez corar.
Peter : Não, claro que não. – Disse, e apontou pra ela sentar. Ele próprio puxou sua mochila do lado de uma poltrona. Apanhou um caderno simples, de capa preta, e o abriu, folheando – Eu estive pesquisando com as pessoas que já fizeram a final do St. Jude e fiz um roteiro do que cai, como eles pedem... – Ele nunca tinha ido pra final, é claro. Lali ergueu as sobrancelhas. Estava tão apavorada sobre essa prova que até esquecia seu desprezo pelo menino.
Lali: Sério?! - Disse, sorrindo, e ele assentiu – Vai facilitar demais! Bem melhor que estudar as escuras, como você conseguiu isso?
Rebekah: Peter, você viu onde eu deixei o meu... Ah, meu Deus. – A menina, loirinha, estancou na entrada da sala olhando Lali. Lali e Peter esperaram, sem resultado.
Peter : Lali, esta é minha irmã, Rebekah. – Apresentou. Anahí cumprimentou com a cabeça, mas a menina parecia estagnada – O que você perdeu, Bekah? – Perguntou, com a típica paciência do irmão mais velho.
Rebekah: Nada não, deixa pra lá. – Disse, apressada. Lali achou graça. Qual era o problema daquela família? – Licença. – E saiu. Peter respirou fundo e voltou ao foco.
Peter : Então, podemos começar por essa parte. Eles pedem duas questões teóricas, então já é um inicio.
A partir dali tudo transcorreu normalmente. Grace apareceu após meia hora, gentil, oferecendo algo para comer ou beber, mas Lali não aceitou. Tudo bem que ele estava ajudando ela, mas aceitar comida e sair da sua dieta já era pedir excesso. Apesar de se atrapalhar consigo mesmo algumas vezes, ele sabia explicar direito, de modo que ela achava estar entendendo o assunto. Isso a animou. Tanto que nem percebeu a hora passando, só notou quando seu pai telefonou, avisando que estava na porta, de carro.
Lali: Continuamos daqui amanhã, então? – Perguntou, colocando a mochila no ombro.
Peter: Claro, claro. – Disse, sorrindo de canto, vermelho feito sangue.
Lali: Obrigada. – Agradeceu, quase radiante de alegria.
Grace: Seu pai está lá fora, querida. – Avisou, após atender a porta.
Lali: Eu sei. Obrigado. Até mais, dona Grace. – Grace sorriu, assentindo, e a lalí se virou pra Peter – Tchau. – Disse, acenando. Esse quase enfartou.
Porém nem tudo eram rosas. Como Lali mesmo disse, peter tinha uma penca de irmãos. Não tantos, para falar a verdade, mas suficientes para alertar- se com essa aproximação. Era o caso de Nico, irmão mais velho de Peter. Enquanto Peter estava no 2º ano, Nico já era sênior, estava se preparando para os vestibulares, e tudo indicava que passaria na faculdade que quisesse. Assim, dias depois...
Edmundo: Lali, na sua casa? CAAAARA! – peter riu, todo orgulhoso. Longe de Lali não tinha tantos tiques. Estavam no refeitório fechado do colégio. Todos lanchavam. Lali estava ao longe, na sua mesa com as amigas, e ele na dele, do outro lado.
Nico : Eu não sei por que o escândalo. – Disse, desprezando, enquanto se sentava.
Peter: Nico, dá um tempo. – Disse, revirando os olhos.
Nico : Só não se iluda. Ela não é nenhuma santa, só você não vê isso. – peter suspirou.
Enquanto isso, do outro lado do refeitório... Brad sentara-se à mesa de Lali. As meninas suspiravam por ele. Lali achava graça, mordiscando sua maçã. Até que um silêncio se abateu no refeitório, todos se calando. Ela virou pra olhar, então sorriu maliciosamente. Clarence, uma garota de 15 anos, estava grávida. O St. Jude era um colégio para a elite da elite, então não se sabia se permitiriam que ela continuasse estudando lá. Ela era nova, New Jersey era uma cidade pequena, a história varreu a cidade. Todos comentavam. A família estava vivendo um inferno. Lali, no entanto, se virou pra mesa, o sorriso malicioso ainda no rosto.
Lalí: Vagabunda! – Disse, imitando um espirro. O som ecoou por todo o refeitório. A menina olhou, parecendo um animal acuado.
De repente, todos estavam fazendo a mesma coisa. Não tinha como conter. Os ecos de “vagabunda!” varriam o refeitório. Lali ria. Só fizera uma vez, Brad dera seguimento e lá estava. A pobre Clarence se abraçou, desamparada, as lagrimas transbordando dos olhos, o rosto pálido. Logo um inspetor apareceu, apitando, e levou a menina dali. As pessoas voltaram as conversas normais, como se não tivesse acontecido nada.
Nico : Você se lembra da Clarence? Ela fazia cursinho com Rebekah. Era nossa conhecida, é amiga da nossa irmã. – Lembrou - Esse exemplo serve ou preciso de mais? Essa garota não presta, Peter – Ressaltou.
Peter: Ela me pediu ajuda com calculo, o que queria que eu fizesse? – Perguntou, exasperado.
Nico : Exatamente! Ela vai te usar e jogar fora, enquanto você alimenta esperanças. – Declarou, obvio.
Peter: Eu só estou ensinando a ela. Não é como se nós fossemos nos casar. – Disse, debochado.
Edmundo: Ei, Bekah está aqui. – Alertou. A menina estava parada na porta do refeitório, travada. Era nova ali, como Clarence, e tudo a assustava. Peter e Nico suspiraram.
Nico : Só não seja a próxima vitima dela, certo? Nós já temos problemas o suficiente. – Disse, se levantando – Vou tirar Rebekah daqui. – Disse, dando as costas e indo em direção a irmã, logo saindo com ela.
Peter parou, olhando Lali. Ela ria de leve, ainda com sua maçã. Ele se lembrou da animação dos olhos dela ao entender o assunto, da alegria, a euforia, a esperança de passar na prova e tentou comparar com essa Lali maldosa que estava na frente dele agora. Como era possível que a mesma pessoa pudesse ter dois lados tão diferentes?
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Autor(a): isateens
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