Fanfic: Bem Comportada (Adaptada) | Tema: Vondy

Assim, Dulce se viu em contato íntimo com aquele homem, pressionada sob o calor de seu corpo, sentindo o vigor de cada músculo, com as mãos presas acima da cabeça. Devido à respiração alterada, seus seios arquejavam, encostando-se ao peito dele.

- Diabos – ele comentou -, então essa é a verdadeira Dulce.

- E que diabo é você? – ela insistiu, sentindo-se em desvantagem. E como se isso já não fosse o suficiente, seu corpo começou a responder ao intoxicante cheiro da colônia que ele usava, e aos olhos dele que se suavizaram ao fitá-la.

- Meu nome é Christopher Uckermann. Comandante da Polícia Christopher Uckermann. Estou investigando o assassinato de lorde Roderick Prescott. E até esta noite, você era a principal suspeita.

- Eu?! – A respiração dela voltou a se tornar ofegante. – Por quê?

Christopher endireitou o corpo, afastando-se dela e a ajudou a levantar-se.

- Por causa disto – respondeu, tirou do bolso do colete a carta que ela havia escrito.

- Eu não o matei.

- Sei disso agora. Primeiro por ter acreditado que eu fosse lorde Prescott e também por sua visível ignorância de que está a cinco passos do lugar onde ele foi encontrado morto.

Ela se voltou para o lugar que ele apontava e instintivamente se afastou da escrivaninha, encostando-se ao corpo de Christopher e se assustando com o que sentiu.

Com a mente assombrada por um cadáver e medo de problemas com a lei, ela ficou agradecida quando ele a convidou para saírem dali.

- Venha, prometi um jantar a você, e a sra. Tolliver preparou alguma coisa gostosa.

Dulce se deixou conduzir à sala de jantar, com um turbilhão de perguntas na cabeça. Uma vez sentados, uma mulher miúda entrou, carregando uma sopeira que parecia maior do que ela.

A criada parecia aceitar aquele homem como seu empregador, o que deixou Dulce ainda mais confusa.

- Não estou entendendo nada. Os criados sabem quem você é?

Christopher sorriu.

- Todos eles sabem. Concordaram com essa simulação para que fosse possível investigar sua inocência ou culpa no caso. Precisava que o mordomo a visse para me informar se você já tinha estado aqui antes.

- Então tudo isso não passou de uma grande mentira? Sua visita ao Empório do Prazer, a compra de meus serviços, sua...

- Em parte. Mas havia algo mais que eu queria explorar a seu respeito.

Sentindo-se uma grande tola, Dulce tomou mais um gole de vinho e se levantou para ir embora.

- Muito bem, agora que já se divertiu bastante à minha custa, desejo-lhe tudo de bom. Boa noite.

Ele a alcançou e a pegou pelo braço.

- Não tenha tanta pressa. Ainda há muita coisa que quero saber.

- Pois saiba que não estou com disposição para falar, portanto, não vejo razão para continuar nossa entrevista.

- Peço desculpas por discordar. – Ele a empurrou de volta para a cadeira. – Você pode responder as minhas perguntas aqui, aproveitando essa deliciosa refeição que a sra. Tolliver teve o trabalho de preparar para nós, ou pode respondê-las atrás das grades da prisão. De um jeito ou de outro, esta conversa vai continuar até que eu esteja satisfeito.

Você não terá qualquer satisfação de minha parte. Sentindo-se humilhada por tê-lo acariciado, Dulce só pensava que se comportara como uma vadia qualquer. A vontade que tinha era de jogar a sopeira na cabeça dele.