Fanfics Brasil - 004 Bem Comportada (Adaptada)

Fanfic: Bem Comportada (Adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: 004

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Era um refrescante anoitecer de quarta-feira no Empório do Prazer. Quatro meninas já estavam ocupadas nos quartos e seis ainda conversavam com os clientes no grande salão. Um trio de olhos vendados tocava uma música suave no centro do salão. Lollie acabara de ter seu último compromisso e, depois de se lavar, estava descansando no bar. Dulce disfarçadamente serviu para ela um pequeno copo de cerveja, a bebida favorita de Lollie.


- Vou precisar de muito mais do que isso esta noite – ela disse, puxando o vestido amarelo-claro ao sentar-se.


- Vá devagar e não deixe que Madame a veja.


Lollie revirou os olhos.


- Eu sei, eu sei, Lollie – ela imitou o tom reprovador de Madame – damas não bebem cerveja. Não vou permitir que você arrote na cara de um cavalheiro. Chata. Se eles podem bater na minha, por que não posso arrotar na deles?


Dulce não conteve o riso diante da língua afiada de Lollie. Embora vulgar, ela era uma das mulheres mais procuradas do bordel. Quanto a Dulce, mesmo sem estar vestida como uma criada, continuaria invisível ao olhar masculino. Ao servir discretamente a bebida, nenhum homem nunca levantava os olhos para ela.


Uma batida forte fez-se ouvir à porta. Charlotte, que também estava entretendo clientes, levantou-se, graciosamente. A seda do seu novo vestido de noite verde-esmeralda farfalhou ao caminhar. De volta ao salão, ela bateu à porta do escritório de Madame.


- Está aqui um tal de Lorde Prescott para vê-la.


Dulce quase deixou cair uma taça de cristal que estava enxugando. Ela se voltou para olhar. E congelou.


O vulto de um homem aguardava à porta. Ombros largos, quadris estreitos e pernas longas. Não tinha a silhueta típica da clientela de Madame, geralmente composta por homens mais velhos, mais gordos e queixosos de gota.


O que ela viu foi mais do que um homem, foi uma atitude. Tinha uma aura de autoconfiança e um indiscutível porte militar. Tinha a aparência viril demais para usar roupas refinadas. Embora o casaco azul-marinho e colete de brocado dourado fossem da mais alta qualidade, não conseguiam fazer com que sua aparência fosse civilizada.


Talvez fosse a expressão dele, como se tivesse acabado de sair de uma luta de punhais. Ou seu cabelo negro e tez morena, que lhe davam um ar de pirata. Talvez fossem seus impiedosos olhos de um castanho amarelado, que sugeriam uma vida habituada à agressão. Mas alguma coisa naquele homem mexeu com o âmago de Dulce, que ficou paralisada por emoções conflitantes.


Ali estava o homem que bem poderia ser o bastardo que roubara seu pai, sua segurança, sua felicidade, e mudara o curso de sua vida. E, apesar disso, uma onda de calor percorreu-lhe o corpo, deixando seu rosto corado.


- É ele – sussurrou para Lollie – o homem para quem escrevi em seu nome outro dia.


Lollie voltou-se para olhá-lo.


- O espancador?


Dulce concordou com a cabeça. Ambas observaram Madame Fynch acompanhá-lo ao escritório para abrir uma conta.


- Ai meu Deus, vou cair fora! – Lollie esvaziou o copo e se levantou.


- Lollie? Onde está indo? Você não pode me deixar na mão agora!


- Você viu o tamanho dele? Não vou cair nessa e deixar que um homem como aquele me bata.


- Ah, por favor, Lollie, não faça isso comigo. Basta que você o faça conversar, como faz com todos os outros homens.


- É, só que os outros não têm a aparência de quem prefere ouvir você gritar do que gemer.


- Não seja ridícula! Você está se deixando levar por sua imaginação.


- E se ele não quiser conversar, hein? E se ele quiser ir direto para o Estábulo e me amarrar ao poste?


- Não vamos deixar. Vou entrar para servir bebida a toda hora. Não se preocupe.


Mas estava preocupada. Preocupada que sua resolução pudesse enfraquecer. Havia começado a agir e, a qualquer custo, teria de ir até o fim. A verdade era que o homem parecia muito mais cruel e inatacável do que ela havia imaginado. Mas não podia esmorecer.


Madame Fynch surgiu do escritório, seguida por lorde Prescott. Ela se aproximou de Lollie, que enrijeceu o corpo na cadeira.


- Lollie, quero lhe apresentar lorde Roderick Prescott. Lorde Prescott, esta é Lollie.


Lollie estendeu a mão, esboçando um pequeno sorriso.


- Muito prazer.


O olhar dele tornou-se mais suave ao fitar o belo rosto.


- Então é você a desafiante? Fiquei impressionado. Recebi sua carta, Lollie, e gostaria de ter uma palavrinha em particular com você, por favor. – Pelo tom dele, estava acostumado a dar ordens.


- Pois não, senhor. – Lollie fixou o olhar em Dulce por um momento antes de levá-lo para uma das extremidades do salão onde havia uma alcova escondida por vasos de palmeiras e samambaias.


Dulce agradeceu no íntimo a Lollie por essa iniciativa. A alcova lhe dava a oportunidade de ouvir a conversa sem ser notada. Ela rapidamente encheu duas taças de vinho.


Não! protestou a mente exaltada dela. Sirva em taças menores para poder reenchê-las com mais frequência.


Colocou as taças e a garrafa de vinho em uma bandeja de prata e correu para a alcova.


- ...uma carta muito indiscreta, jovem.


- Queria conhecê-lo – Lollie retrucou. – Escreveria qualquer coisa para fazê-lo vir.


- E sua língua é muito indiscreta.


- É o que dizem.


Dulce achou que estava na hora de entrar com a bandeja. Como os demais homens, lorde Prescott não se dignou a lhe dirigir o olhar quando o serviu. Só que desta vez ela agradeceu a invisibilidade.


- Por acaso também lhe disseram que puno com severidade os que têm línguas impertinentes?


- Um passarinho me contou, sim. – As palavras de Lollie continham uma certa insinuação.


Dulce se retirou, silenciosamente, mas, em vez de voltar ao bar, ela se escondeu atrás das palmeiras.


- Então... você faz curso de flagelação.


- Como?


- Perguntei se você é estudante de flagelação.


- Ah! Nunca na vida pisei em uma escola.


Dulce gelou.


- Estranho, considerando que sua carta foi muito bem-escrita. Mas, diga, o que a motivou a me escrever?


Ah, não, pensou Dulce. Essa conversa não vai acabar bem. Mude de assunto, Lollie!


- Isso pouco importa, lorde Prescott. O que importa é o que posso fazer para agradá-lo.


- Quem decide o que importa sou eu. Responda a minha pergunta. O que a motivou a me escrever?




Bem, por enquanto é isso... Comentem, logo postarei mais. 


 



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Autor(a): Soyezinha

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- Simplesmente escrevi. Tinha ouvido dizer que o senhor era um homem atraente, e agora vejo que não mentiram. - Não tente me seduzir ainda, mocinha. Eu lhe direi quando chegar a hora de ter esse privilégio. Quem foi que lhe falou a meu respeito? - Muita gente. - Foi Madame que lhe disse alguma coisa? - Não, senhor. - Algum outro cliente? - N ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 12



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  • juhcunha Postado em 25/02/2016 - 23:53:38

    Nao acredito que o ucker nao vai ajuda a dul

  • juhcunha Postado em 14/02/2016 - 02:58:24

    Simmmmmmmmmmmmm posta mais logoooo

  • juhcunha Postado em 17/01/2016 - 21:41:58

    Continuaaaa por favor ta demais

  • lorac Postado em 09/12/2015 - 22:27:32

    continuaaaaaaaaaaaaaa amanddooooo pleaseeeeeeee

  • lorac Postado em 06/12/2015 - 11:32:15

    continuaa pleaseeee

  • bluane_ Postado em 29/11/2015 - 11:07:07

    Continua meol ansiosa pro próximo poste continuaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • bluane_ Postado em 28/11/2015 - 19:43:55

    Gata contínua por favor

  • juhcunha Postado em 26/10/2015 - 02:23:10

    Ameii mais ele não vai bater nela ne??

  • juhcunha Postado em 06/10/2015 - 20:52:27

    Continuua

  • juhcunha Postado em 23/09/2015 - 20:28:43

    Ixii Christopher se envolveu numa rouba a dul vai pensa que ele e lorde e vai odiar ele


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