Fanfic: ♥ Em Nome do Amor ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

MARATONA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Any apertou a mão de Poncho negando com a cabeça e em seguida se apontou, Poncho entendendo respondeu:

- Não Any isso tudo não é culpa sua, se não tivéssemos brigado, vc não estaria aqui.

Uma lágrima escorreu pelo rosto de Any e Poncho a enxugou antes que ela o fizesse. Beijou a mão dela e perguntou:

- Sinceramente, responda apenas sim ou não... Vc acha que um dia pode me perdoar por ter mentido pra vc? Eu sei que ta com raiva, que talvez nem queira falar no assunto, mas eu preciso saber se te perdi de vez Any, vc é a minha vida, sempre foi assim e sempre vai ser... Desde quando vc nasceu até o dia em que morrer eu sempre vou amar vc, meu coração é só seu e ninguém vai poder te tomar ele, nem Thabata, nem garota alguma eu só preciso saber se te amando assim eu destruí seu amor por mim ou se restou alguma coisa dele ai dentro é só disso que eu preciso saber Any vc ainda me ama?

Any mordeu o lábio chorando como ela queria poder falar, mas se pudesse o que iria dizer? Que estava magoada demais com ele pra entender qualquer coisa? Que se sentia traída novamente como quando descobriu que era adotada e que Poncho era apaixonado por ela? Que estava confusa? Não! Era melhor continuar calada do que dizer coisas que não iriam ajudar nenhum dos dois e sim fazê-los sofrer mais.

Poncho por sua vez entendeu o silêncio de Any como uma negativa e disse se levantando:

- Eu vou deixar vc descansar, quando puder e quiser conversamos ok?

Any assentiu sentindo uma angustia enorme por não poder falar e pedir pra ele ficar, involuntariamente apertou a mão de Poncho tentando dizer algo com aquilo. Ele sorriu e disse aos sussurros:

- Prometo voltar mais vezes pra te visitar.

Any assentiu e fechou os olhos suspirando quando Poncho lhe deu um beijo na testa. Em seguida ele se retirou e a dor física voltou tão forte como a emocional e ela desejou poder dormir até o dia que recebesse alta.

Levou 11 dias pra que Any pudesse tirar o tubo respiratório e voltasse a falar aos poucos e mais 10 dias para que pudesse receber alta definitiva. Nesses 21 dias Poncho apareceu todos os dias pra visitá-la, mas quando se viam não conversavam sobre o fim do namoro deles, no começo porque ela não podia falar e depois porque era melhor conversarem sobre aquilo com ela fora do hospital. E como tinha a autorização pra vê-la todos os dias Poncho a distraia contando como estavam as coisas, falando da escola, dos amigos, dos cachorros, dos pais e uma vez de Kuno que ainda não acordara do coma induzido. E nesse ritmo os dias se passaram e finalmente chegou o dia que Any receberia alta do hospital e foi à mãe biológica quem fora buscá-la.

- Já esta pronta Any? - perguntou ao entrar no quarto.

Any: Uhum podemos ir quando a senhora quiser. - respondeu terminando de guardar suas coisas.

Fernanda: Como esta se sentindo? - perguntou encarando a filha de perto.

Any: Bem, melhor ainda sabendo que vou embora daqui.

Fernanda sorriu e acariciando o rosto da filha disse:

- Às vezes é difícil acreditar que vc esteve nessa cama de hospital prestes a morrer.

Any: É difícil pra mim acreditar em muitas coisas também, uma delas é pensar que há poucos meses eu achava que tinha um irmão mais velho e pais amorosos, agora tenho dois pais, duas mãe, perdi meu irmão mais velho, que se converteu em um ex-namorado também, mas ganhei dois irmãos mais novos. - respondeu forçando um sorriso. - Acho que na média eu me sai bem né? - perguntou naturalmente.

Fernanda percebeu o tom de tristeza escondido na voz de Any e disse:

- Filha posso perguntar uma coisa?

Any: Uhum! - resmungou assentindo.

Fernanda: Por que quer ir pra casa comigo e não com sua mãe adotiva? - Any abaixou a cabeça. - Poncho tem alguma coisa haver com isso? - perguntou encarando a filha.

O leve aceno de Any respondeu a pergunta e deixou explicado quando Any respondeu com a voz embargada:

- Eu o amo muito ainda mãe e não sei se suporto conviver com ele na mesma casa depois de tudo... Acho que isso é uma espécie de fuga pra que eu possa pensar no que fazer... Eu quero ficar com o Poncho mãe, mas to com tanto medo de sofrer outra vez. - respondeu começando a chorar.

Fernanda abraçou a filha entendendo bem o que ela estava sentindo. Afinal há muitos anos Fernanda e Rodrigo tiveram que enfrentar a mãe dela pra ficarem juntos em nome do amor que sentiam e graças a isso quase perderam a filha que tiveram. Filha essa que depois de anos retornava ao coração de todos se mostrando receptiva ao amor que estava recebendo devolvendo-o com a mesma intensidade que recebia.

- Não vou te forçar e nem tocar no assunto se vc não quiser ok? Só quero que se cuide e escute seu coração.

Any assentiu e abraçando a mãe sussurrou:

- Obrigada mãe, eu te amo!

Fernanda: Também te amo querida. - respondeu a abraçando com mais força.

Poncho desceu as escadas de casa e Glória perguntou:

- Vc esta de saída?

Poncho: Não por que precisa de alguma coisa?

Glória: É que preciso sair e to achando esses cachorros muito estranhos Poncho.

Poncho: Estão com saudades da Any. - respondeu num suspiro desanimado.

Glória: Vc quer que eu vá olhá-los?

Poncho: Não tudo bem eu vou lá. - respondeu triste e saiu.