Fanfics Brasil - Saudades e a visita de Facundo Pecado JorTini

Fanfic: Pecado JorTini | Tema: Violetta, JorTini, Jorge e Martina JyM


Capítulo: Saudades e a visita de Facundo

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Jorge: Nunca mais deixe me atender, ou grite a mesa, estou sendo claro, Martina? - Disse num tom que era mais ameaçador do que qualquer outra coisa

 

 

 

 

 

Jorge entrou no quarto. Martina estava vestida com uma camisola de seda preta sob um hobbie também negro, que chegava ao chão, parada perto da janela. Ela apenas balançou a cabeça, como se ele não merecesse sua atenção.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jorge: Ele não vai voltar. - Disse, perverso - Você pode passar a noite inteira de pé ai, ele não vai aparecer. - Sorriu, cruel.

 

 

 

Martina: E o que você tem a ver com isso? - Murmurou, perdida, enquanto olhava a longa estrada da fazenda, deserta. Ouviu o riso de Jorge trovejar atrás de si, mas não deu atenção.

 

 

 

 

 

 

 

Martina ficou até de madrugada olhando pela janela. Por fim, constatou que Jorge estava certo, Diego não voltaria, não hoje. Tirou o hobbie e colocou-o perto da cama, junto com o roupão de Jorge. Deitou-se em seu lado, cobrindo-se e se aquietando. Estava perdida em torpor quando lembrou de uma coisa. Vampiro. Ela se endureceu na cama, virando-se pra olhar o marido. Ele dormia tranquilamente, uma expressão serena no rosto. Ele pode estar fingindo. disse a si mesma. Tirou uma mão lentamente de debaixo da coberta, e passou na frente dos olhos dele, fazendo movimento bruscos, mas ele continuava adormecido. Ela tocou no pulso dele, afim de sentir a pulsação do sangue, mas foi interrompida antes de conseguir sentir algo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jorge: Que diabos você pensa que tá fazendo? - Murmurou, rouco pelo sono, mas o verde de seus olhos já estava completamente atento, encarando-a.

 

 

 

Martina: Ai! - Ela se afastou, assustada - Nada, nada não, boa noite. - Disse depressa e se deitou de costas pra ele, bem afastada. Jorge franziu a sobrancelha, mas sorriu e voltou a fechar os olhos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Martina acordou cedo na manhã seguinte. Se banhou e se vestiu enquanto Jorge ainda dormia. Só veio reparar o rosa escuro do vestido depois que o vestiu. Odiava rosa, mas não o trocaria, não depois de todo o trabalho. 

 

 

 

 

 

Olga: Acordou cedo, senhora. - Disse ao ver Martina entrar na sala, enquanto ainda colocava a mesa - A mesa está quase pronta.

 

 

 

Martina: Está tudo bem, não estou com fome. - Ela torceu as mãos, olhando pela porta, ansiosa - Olga, Diego voltou durante a noite? 

 

 

 

Olga: Não, senhora.

 

 

 

Martina: Ah, Deus. - Ela suspirou, jogando a cabeça pra trás. Nessa hora ouviram-se cavalos parando na frente da mansão. Martina disparou desembestada pra porta, ficando em choque ao olhar pra fora. - Meu Deus! - Ela pôs as mãos na boca. - Eu não acredito! - Ela deu dois passos pra frente - FACUNDO! - Ela desceu a escadaria correndo e pulou nos braços do irmão, que sorria pra ela.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Facundo era louro com Martina. Na verdade, Candelaria e Lodovica também nasceram louras, mas misteriosamente os cabelos mudaram de cor, e não houve nada que o clareasse. Ele abraçou a irmã, apertando-a entre os braços. Não via ela a 6 meses.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Facundo: Tinita, que saudade de você. (Tinita era o como o Facu chamava Tini) - Ele beijou apertado a buxexa da irmã.

 

 

 

Martina: Venha! - Ela sorriu abertamente, puxando o irmão pra dentro de casa. - Me espere aqui, vou buscar Candelaria e Lodovica. - Sorriu radiante e disparou pra escada

 

 

 

Facundo: Não caia. - Na mesma hora Martina tropeçou, segurando-se no corrimão da escada pra não cair. Ela resmungou alguma coisa e voltou a correr. Facundo continuou de pé, ajeitando o terno, quando Jorge, já composto, entrou na sala - Bom dia. Desculpe ter vindo tão cedo, mas precisava ver a Martina. - Sorriu, desculpando-se.

 

 

 

Jorge: Bom dia. - Respondeu, calmo - Você é?

 

 

 

Facundo: Facundo, irmão dela. - Jorge estendeu a mão, e ele a apertou

 

 

 

Jorge: Sou Jorge, marido de Martina. - Ele viu o olhar de Facundo endurecer - Agora, se não se importa em ficar só, eu tenho muito o que fazer.

 

 

 

Facundo: Não, sinta-se a vontade. - Jorge assentiu e saiu.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

***No segundo andar***

 

Martina: LODOVICA! - Ela batia com urgência na porta do quarto de Lodovica e Xambiani,com uma Candelaria impaciente atras dela.

 

 

 

Xambiani: Martina?

 

 

 

Martina: Bom dia, Xambiani. Desculpe incomodar tão cedo. - Ela se dirigiu a Lodovica - Lodo, você não vai acreditar, mas o Facundo está aqui! - Disse pulando nas pontas dos pés

 

 

 

Lodovica: O QUÊ? - Martina assentiu, radiante - VAMOS! - Ela puxou a mão da irmã e ia disparando a fora

 

 

 

Xambiani: Lodo?

 

 

 

Lodovica: Xambi, eu te amo, depois eu te explico. - Ela disse rapidamente, selando os lábios com os dele e saindo correndo com Martina e Candelaria em seu encalço. Xambiani riu.

 

 

 

 

 

 

 

Lodovica/Candelaria: Facundo! -  se jogaram nos braços do irmão, seguidas por Martina. Facundo cambaleou segurando as três, rindo.

 

 

 

 

 

 

 

Martina,Candelaria e Lodovica começaram a pular, histéricas. Facundo, ria das irmãs. Havia tempo que Martina não sentia essa felicidade, esse tipo de felicidade que a fazia arfar. Alejandro não avisou Facundo do casamento de Martina, alegando que ele viera pro casamento de Lodovica e Candelaria há muito pouco tempo, e que não deveria fazer viagens com tanta freqüência, já que estava morando na Europa. Após passar o frisson da chegada, os quatro foram pra sala de estar, onde a conversa tomou um rumo menos alegre.

 

 

 

 

 

 

 

Facundo : Porque não me avisou? Porque não mandou uma carta, eu não teria deixado. - Disse entredentes quando Martina lhe contou das circunstancias em que casara.

 

 

 

Martina: Papai avisou a todos os empregados pra que todas as cartas da casa passassem por ele antes de serem enviadas. Ele não queria que você viesse. - Ela disse, triste

 

 

 

Facundo: Desse um jeito, demônios Martina, você não pudia ter deixado isso acontecer. - Disse, irritado - Aliás, já conheci seu marido. - Martina ergueu os olhos, assustada.

 

 

 

Candelaria: Papai a mataria, Facu, você o conhece. - Disse revirando os olhos

 

 

 

Martina: Conheceu Jorge? Quando? - Perguntou, ainda alarmada

 

 

 

Facundo:Agora a pouco. Eu estava esperando você voltar com a Lodovica e Candelaria.

 

 

 

Martina: Me diga a verdade, Facu, ele te tratou mal? - Perguntou, preocupada

 

 

 

Facundo: Não, foi indiferente. - Martina suspirou, aliviada - Mas não gosto dele. Não gostei desde que o vi.

 

 

 

Martina: Eu tão pouco. - Sorriu, irônica

 

 

 

Lodovica: Tini, não fale assim. Jorge é do jeito dele, mas aposto que gosta de você. Ou então não teria insistido tanto em casar. - Facundo e Martina encararam ela, incrédulos - Só tô falando o que eu acho u_u

 

 

 

Facundo: Como é o seu relacionamento com ele? - Perguntou, atencioso

 

 

 

 

 

Martina: Horrível. Não podíamos nos dar pior. Eu o odeio. - Tinha um fundo de verdade. Mas ódio não era o único sentimento que ela tinha por Jorge.

 

 

 

 

 

Lodovia: Uma vez alguém disse que amor e ódio são duas faces de uma mesma moeda. - Disse, olhando as unhas.

 

 

 

Martina: Vou te descer a mão, Lodovica. - Rosnou. Lodovica e Candelaria riram.

 

 

 

Facundo: Ele te maltrata? - Pressionou

 

 

 

Martina: Não posso mentir pra você. Nunca o fiz. - Ela suspirou, e puxou as mangas do vestido que usava. O dia estava frio, e por isso ninguém desconfiou. Mas quando ela ergueu as mangas, as enormes marcas, agora quase pretas, da violência de Jorge no dia anterior se mostraram - Isso responde a sua pergunta? - Perguntou, amargurada.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Facundo parecia ter levado um tapa na cara. O sangue subiu ao seu rosto de modo perceptivo enquanto Martina colocava as mangas do vestido no lugar. Ele se ergueu com tudo, Martina arregalou os olhos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Facundo: Candelaria, me diga onde ele está. - Ordenou, furioso

 

 

 

Candelaria: E ser culpada por um assassinato? Não, obrigada. - Disse, alerta

 

Facundo: Lodovica - tentou

 

 

 

Lodovica: Essa eu passo ,obrigada!

 

 

 

Facundo: Eu acho então. - Disparou pela sala, mas Martina foi mais rápida, correu e fechou a porta, se pondo na frente da fechadura - Saia da frente, Tini. - Era mais uma ordem que um pedido.

 

 

 

Marina: Facundo, por Deus, não! - Facundo não parecia ouvir - Candelaria,Lodovica ajuda! - As se colocaram entre os irmãos, socando Facundo, tentando fazer ele recuar - Facu, não pode ser assim, eu sou a prova viva de que brigar com Jorge não ajuda em nada. Por favor, não piore a minha situação. – Implorou

 

 

 

 

 

 

 

Facundo parou de empurrar Lodovica e Candelaria, e encarou Martina, arfante de ódio. Um tempo depois acenou raivoso com a cabeça e voltou ao seu lugar. Martina  suspirou aliviada e todos voltaram a seus lugares.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Facundo: Tini, venha embora comigo. - Martina sentiu o coração pular desconfortavelmente - Eu vou voltar pra Europa em breve, fuja agora, você sabe que é capaz. Venha comigo. - Insistiu - Eu vou tirar você daqui. É só você vir comigo. - Pressionou, e Martina não sabia o que fazer. Estava confusa.

 

 

 

Lodovica: Enlouqueceu, Facundo? ` - Facundo revirou os olhos

 

 

 

Martina: Eu não posso. - Ela disse automaticamente. Tinha certeza de não poder ir, e queria se matar por isso.

 

 

 

Facundo: Porque não? - Perguntou, observando a irmã.

 

 

 

Martina: Diego. - Respondeu, sentindo com o peito apertava de saudade ao ouvir o nome dele.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Facundo não sabia sobre Diego. Lodovica e Candelaria tampouco. Martina explicou superficialmente, dizendo que Diego  lhe acolhera, e que era seu amigo. Não sitou o chalé oculto nos confins da fazenda, nem do sentimento que nascia entre eles dois.

 

Martina: Facundo, não! Eu não posso ir enquanto ele não voltar. - Ela se levantou, andando pela sala - Eu preciso dele. - Admitiu, se surpreendendo com a veracidade das palavras

 

 

 

Facundo: Quando ele voltar, então. Eu posso esperar. - Disse olhando a irmã, suspeitando.

 

 

 

Martina estava considerando a idéia. Se fugisse da mansão se perderia definitivamente de Mercedes, e de Diego. Pra nunca mais. Seu coração protestava só de pensar nisso. Em não ver o sorriso dele novamente. Por outro lado, ela estaria livre de Jorge. Mas será que era isso que ela queria? "Você e Diego são iguais. Duas crianças sempre reclamando de como a vida é injusta com vocês." - Martina inclinou a cabeça pra trás, suspirando fundo.

 

 

 

Martina: Ninguém pode fugir de Jorge, não se ele quer essa pessoa por perto. Ele vai me encontrar. Será pior. - Ela disse com a voz dura, se virando pros irmãos de novo. O rosto de Martina parecia ter empalidecido, como se a vida abandonasse a pele. Por um segundo, sua pele era semelhante a de Jorge. Mas logo a cor retornou. - Eu preciso ficar, Facu, me perdoe. Precisam de mim aqui. Diego logo voltará, e as coisas melhorarão. Jorge é meu marido, é minha obrigação estar ao lado dele. - Se condenou, dura consigo mesma.

 

 

 

 

 

 

 

Facundo: Porém, você sabe que sempre contará comigo. Uma carta, um bilhete, e eu estarei aqui. - Martina sorriu - Você pode mudar de idéia sempre que quiser. O que você acha, Lodovica? - Perguntou a Morena, que parecia que ia ter um colapso.

 

 

 

Lodovica: O que eu acho? Sabe o que eu acho? - Ela ia avançando pro irmão. Facundo se encolheu, fingindo medo. - Eu acho que eu estou grávida ` - Martina riu - E vocês vão me enlouquecer! `

 

 

 

Facundo: Grávida? - Lodovica assentiu, radiante. Esse filho era tudo o que ela podia pedir.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A partir dali o resto da manhã foi feliz. Facundo falou sobre Alba, sua esposa. Candelaria falou sobre o casamento com Xambinia,Lodovica sobre a gravidez, e de sua felicidade por estar grávida. Martina?... Martina falou de Diego, e de como ele lhe tranqüilizava. Antes do almoço Facundo foi embora. O dia passou normalmente. Com a saída de Facundo, a angustia pela falta de Diego retornou. Foi assim que Martina estava a noite, quando terminou de se arrumar pro jantar.


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Autor(a): lety_portilla

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