Fanfic: Pecado JorTini | Tema: Violetta, JorTini, Jorge e Martina JyM
Junto com Diego, o medo de Martina voltou. E se Jorge realmente fosse um vampiro? Ela agora observava ele comer. Ele parecia tranqüilo, distante, enquanto almoçava. Vampiros não comem, ela se lembrava a todo tempo.
Martina: Toma. - Ela disse, impulsivamente pegando a concha da mão dele enquanto ele se servia. Colocou em seu prato uma quantidade bem maior do que o normal. Lodovica e Candelaria não deram atenção, Xambiani assim como Samuel olhou, Mercedes franziu a sobrancelha, achando graça. Diego disfarçou o riso com um tossido. Jorge, que estava com a boca cheia, ergueu a sobrancelha.
Jorge: Qual o seu problema? - Perguntou após limpar a boca com o guardanapo, encarando-a, desconfiado.
Martina: Nenhum. - Disse, voltando ao seu lugar, após deixar o prato dele com uma montanha adicional de comida. - Bom apetite. - Ela apontou a comida sugestivamente, apoiando o rosto nas mãos, e encarando-o.
Jorge a encarou por um momento, depois deu os ombros e voltou a comer. Comeu metade do que Martina colocou, dando-se por satisfeito. Ela só beliscou um pouco da sua comida, olhando-o fixamente. Esse era o lugar mais chuvoso na terra, como ela ia arrastá-lo pro sol? Os dias foram passando, calmamente. As noites, em sua maioria, eram tomadas por tempestades.
Martina: Tá tarde. - Ela murmurou sentada numa poltrona, com o livro - Tarde demais - Concluiu ao olhar o relógio. Passavam das três da manhã. Todos já haviam ido se deitar, mas ela ficou lendo.
Reprimindo um bocejo, ela fechou o livro, pôs em seu lugar e caminhou pro seu quarto. A chuva açoitava as janelas do lado de fora. Quando ela entrou no quarto, Jorge dormia com a barriga definida virada pra cima, um braço forte caído pro lado da cama. "Um coração que não batia", foi o que veio na cabeça de Martina a inicio. Ela caminhou até ele na ponta dos pés, ajoelhando-se ao seu lado. A respiração dele era superficial, calma. Martina observou o marido por um tempo. Se fosse sempre assim, sem aquela mascara de raiva e frieza, tudo seria tão diferente. Ela ergueu a mão, hesitante. Tocou o peito esquerdo dele por um momento, admirando-se da musculatura definida que tinha. Logo após concentrou-se. Deixou a cabeça cair pro lado, como uma criança curiosa, ao sentir um leve tamborilar por debaixo dos dedos. Ela fez um pouquinho mais de pressão. O tamborilar do coração de Jorge continuou, ritmado, calmo. Ela se prendeu a aquilo. Mas um item pra tirar da lista, ela pensou, surpresa.
Jorge: É, está batendo. - Ele murmurou, rouco, ainda de olhos fechados. Martina se assustou e se levantou as pressas, mas ele segurou o seu braço - Buu! - Sussurrou divertido, abrindo os olhos. O toque quente dele inflamava na pele dela.
“ Musica: Till we ain`t strangers Anymore - Bon Jovi “
Martina: Você e essa maldita mania de me assustar. - Jorge riu, os dentes refulgindo perfeitamente a luz de um trovão. - E me solte. - Pediu, tirando a mão dele.
Jorge: O que você estava pensando, petit? - Perguntou, divertido
Martina: Nada. - Se defendeu - Eu só estava... estava... tocando em você. Não posso mais? - Jorge ergueu a sombrancelha, irônico
Jorge: Quer dizer que agora você quer me tocar. - Ele observou, ainda rouco do sono. Ele puxou ela de vez, fazendo-a sentar-se em seu colo, e se sentando também. Martina o encarou, surpresa. - Tudo bem, então. - Ele sorriu, simplesmente e a beijou.
Coloque a cabeça em meu travesseiro,
Eu sentarei ao seu lado na cama;
Você não acha que está na hora
De dizermos algumas coisas que não foram ditas? ♫
Havia tempo que ele não a beijava. Sua mão era possessiva dentro dos cabelos dela, puxando-a pra si, enquanto seus lábios se oprimiam. O gosto dela era ainda mais doce do que sua memória lhe dizia. Já ela estava inebriada até por seu cheiro. Minutos depois, ou poderiam ter sido vidas, o ar acabou, o que o fez descer os beijos pro pescoço dela, ávido. Martina sentia a boca latejar enquanto os lábios dele lhe acariciavam a pele. "Perto demais da garganta.", seu subconsciente lhe avisou.
Martina: E-espera. - Ela murmurou, encolhendo o pescoço. Jorge riu com a boca pousada no ombro dela
Jorge: Qual o problema? - Ele perguntou perto do ouvido dela. O halito quente dele fez ela perder o rumo por um tempo. Qual era o problema mesmo?
Martina: É tarde. - Ela disse, pegando o rosto dele dentre as mãos. Ela o encarou por um instante. Jorge prendeu o riso vendo o rosto atônito dela. Por esse momento, ele esqueceu de "odia-la", esqueceu de tudo. Ela apenas era sua mulher, só isso. - Você precisa dormir, descansar. - Jorge assentiu, mordendo a língua pra não rir - Boa noite. - Ela selou os lábios com os dele demoradamente, antes que pudesse se refrear, depois fez impulso pra se levantar.
Nunca é tarde para voltar àquele lugar,
De volta pelo caminho que nós estávamos;
Por que você não olha para mim
Até deixarmos de ser estranhos? ♫
Jorge puxou ela de volta com tudo, fazendo-a soltar um gritinho de susto, e rolando de lado, colocando-a deitada em seu lado da cama, de costas pra ele, mas ainda abraçando-a pela cintura. Ele deu uma mordida de leve na nuca descoberta dela, e Martina gritou se jogando pra fora da cama, caindo ajoelhada. Ele riu ainda mais enquanto se ajeitava em seu lugar. Martina, mesmo com medo, sorriu, enquanto tirava o hobbie e se preparava pra dormir.
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Autor(a): lety_portilla
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