Fanfic: Pecado JorTini | Tema: Violetta, JorTini, Jorge e Martina JyM
Martina acordou cedo naquele dia. Mercedes tinha uma pilha de espartilhos sujos, e ela não podia manda-los pra lavanderia, ou Jorge os confiscaria. Martina ia, ela tremeu só de pensar nisso, lavar tudo. Jorge, como sempre, não estava mais lá. Ela pegou a pilha de espartilhos e partiu pra lavanderia da mansão. Lá haviam várias pias enfileiradas, os produtos armazenados em caixas. Era um pouco elevada do chão, e no corredor que ficava em baixo dava passagem a dispensa. Martina começou desastrada, mas depois pegou o ritmo. Não era tão ruim.
Jorge: Depois dê a relação completa a Olga, ela fica encarregada dessa parte. Por ultim... - Ele dava ordens a um empregado que seguia ele, anotando o que dizia. Parou quando passou pelo corredor da dispensa. A pessoa pra lavar alguma coisa tinha que ficar agachada. Ele nunca dava atenção quando passava ali. Mas ele conhecia bem aquele par de pernas, descobertos pelo luxuoso vestido azul marinho. Já havia visto, já havia tocado, já havia acariciado. - Vá. Faça o que eu mandei, e se faltar algo, consulte Xambiani. - Ordenou, olhando fixamente as pernas de Martina pelo vão da pia.
Martina, por estar atrás da pia, não via o corredor abaixo. Estava cantarolando distraidamente enquanto lavava um espartilho, e não viu Jorge se aproximar. Ele se fixou atrás dela, observando-a atentamente.
Martina: Mas o que... - Ela se virou, pra olhar o que fazia sombra nela. Quase teve um infarte. - Aiii! - Ela escorregou no chão molhado e ia dar de cara na agua, mas as mãos de Jorge a seguraram pela cintura antes que ela pudesse se molhar
Jorge: Será que você pode me explicar porque diabos as pernas da minha mulher estão expostas na bancada dos empregados? - Ele perguntou calmamente, após por ela de pé.
Martina: Eu estava, estava... como você soube que as pernas eram minhas? - Perguntou, indignada
Jorge: Eu conheço cada pedaço seu, Martina. - Martina revirou os olhos - Ok. Vamos ver. Você não prende os cabelos porque acha que as pontas deles ficam como feno. - Martina arregalou os olhos. Como ele sabia disso? - Você usa as três ultimas laçadas do corpete mais folgadas, porque acha vulgar deixar os seios pressionados. - Ela corou violentamente. Jorge sorriu, triunfante. - Você tem um sinal, uma pintinha minima, na parte interior da coxa esquerda.
Martina: Já chega! - Ele riu - Eu entendi.
Jorge: Porque está aqui? - Perguntou, sério.
Martina: Eu não tinha nada pra fazer. - Mentiu. Sabia que fora um lixo, mas foi o que veio a mente - Estava...entediada. - Concluiu
Jorge: Entediada? - Ele riu - Deixe-me ver. - Ele olhou a roupa que ela lavava - Ah, você me desobedeceu. Pensei ter mandado deixar isso lá. - Ele lembrou, duro - Mas sem problemas, se você estava entediada, me deixe te ajudar. - Ele segurou ela pelo cotovelo, levando-a pra fora da lavanderia.
Martina não sabia o que esperar. Jorge passou pela área dos empregados, chegando a cozinha.
Jorge: Olga. - Ele disse, malévolo - Martina fará a faxina da casa hoje. - Olga arregalou os olhos e Martina engasgou - Você não estava entediada? - Perguntou, frio - Então. Ela vai limpar, varrer, lavar, tudo o que houver pra ser feito. - Ele se virou pra Martina, que ainda procurava achar sua voz - Coitada de Mercedes se eu voltar e essa casa não estiver um brilho. - Ele avisou, duro - Tenha um bom dia, meu amor. - Disse ironicamente e selou os lábios com os dela, antes de sair, deixando Martina atônita.
Jorge não voltou pro almoço. Martina trabalhou como uma condenada durante toda a manhã.
Diego: Tini? - Franziu o cenho ao ver ela começar a lustrar a mesa da sala.
Martina: Como? - Perguntou, distraída - Ah, oi. - Sorriu, cansada
Diego: O que você tá fazendo? - Perguntou se aproximando
Martina explicou tudo sobre os espartilhos de Mercedes, o ocorrido na lavanderia pela manhã, e o que Jorge dissera. Quando terminou, foi pra cozinha, acompanhada de Diego.
Diego: Isso é absurdo. - Rosnou, tomando o paninho da mão dela - Você não vai limpar nada. Eu não vou permitir. Deixe que de Jorge eu cuido. - Martina nunca havia visto Diego tão irritado. Nada bom, pensou consigo mesma. A ultima coisa que precisava era Diego brigando com Jorge por sua culpa.
Martina: Não! - Ela pegou o paninho dele - Olha, eu não quero brigas com Jorge. Não hoje. Eu o desobedeci. Esse é o preço. Por favor, por favor, não interfira Diego.
Diego: Mas, Tini... - Interrompido
Martina: Por favor. - Implorou de novo - Agora eu preciso... eu tenho muito a fazer. Licença. - Ela saiu da cozinha, deixando Diego incrédulo.
A tarde passou normalmente. Diego mandou um mutirão de empregados fazerem o trabalho na frente de Martina, mas não haviam empregados suficientes pra limpar a toda a mansão antes da loura continuar. Longe dali, na entrada da fazenda, Jorge voltava pra casa, tranquilo.
Olga: Senhor. - Interpôs aproximando-se do cavalo de Jorge, que a encarou - Ela está se machucando, senhor. - Lamentou - Eu sei que ela errou, mas ela já fez o suficiente e... - Interrompida
Jorge: Do que está falando? - Perguntou, franzindo o cenho
Olga: Do castigo que deu a senhora. Ela já fez muito, está exausta, e está se machucando. Não ouve ninguém que a mande parar.
Jorge: Mas que... - Ele não completou a frase, esporreou o cavalo, disparando a galope em direção a mansão. Martina devia ter enlouquecido se estava fazendo o que ele pensava que estava.
Jorge praticamente voou do cavalo ao chegar na frente da mansão. O cavalo nem tinha parado e ele desmontou, disparando pra dentro de casa. Foi direto a cozinha, sabia que ela estava lá. Parou, travado a porta. Martina estava lavando uma pilha de louças. O olhar dele voou pra mão dela. O dedo indicador da mão esquerda sangrava fluidamente, enquanto ela insistia com uma taça.
Jorge: O que você está fazendo? - Perguntou, sério
Martina: Aii! - Ela deixou a taça escorregar com o susto. A taça bateu no batente da pia, e na tentativa falida de Martina evitar a queda, richocheteou vidro pra mão dela. Ela fechou o punho instintivamente. O cristal lhe cortou profundamente a palma da mão esquerda. Segurando o punho, ela largou o caco de vidro, que bateu no chão, enquanto o sangue inundava sua mão.
Jorge: Não se machuque assim. - Ele murmurou, se aproximando dela.
Mas Martina escondeu a mão nas costas. Se Jorge fosse um vampiro, ela não queria, de jeito nenhum, ter seu sangue tão exposto.
Jorge: Vamos, eu não bebo isso, petit. - Disse após revirar os olhos, pegando a mão dela. - Olha o que você fez. - Ele balançou a cabeça negativamente enquanto o sangue de Martina manchava sua mão.
Martina: O que eu fiz? - Ela disse, olhando ele enquanto ele avaliava seu corte. - Foi você quem me mandou limpar tudo, a culpa é sua. - Disse, ressentida
Jorge: Por Deus, eu estava blefando, Martina. - Ele meteu a mão dentro do palitó, tirando um lenço branco de linho, cuidadosamente dobrado de dentro
Martina: Suas mudanças de humor estão me deixando desorientada. - Murmurou, enquanto ele sacudia o lenço, desdobrando-o.
Martina gemeu quando a mão de Jorge lhe tocou o corte, por cima do lenço. Ele enrolou a mão dela, e o lenço que era alvo, foi ficando cada vez mais vermelho. Ele levou ela pro andar de cima, abrindo a porta do quarto dos dois. Martina estava ficando tonta pelo sangue que perdia, então, não reclamou quando ele entrou no banheiro do quarto com ela.
Jorge: Eu preciso fazer isso parar de sangrar. - Disse a si mesmo, enquanto colocava a mão dela debaixo d`agua. Martina suspirou de alivio. A agua ajudava. - Mantenha a mão ai. - Disse enquanto ia pra trás dela.
Martina: O que você está fazendo? - Perguntou ao sentir ele desenlaçando seu vestido. Depois se tocou. Se ela pudesse pedir uma coisa nesse momento, seria um banho. Ele terminou de tirar a roupa dela pacientemente enquanto enchia a banheira. Depois que ela, se sentindo fraca demais pra brigar, se sentou, ele sentou na bancada atrás da banheira.
Jorge: Eu não acho que pareça feno. - Disse prendendo o cabelo dela em um comprido rabo de cavalo. Martina sorriu de canto, relaxando com o banho. - Tini, o que você fez hoje?
Martina: Eu limpei. - Ela murmurou, sonolenta - Lavei, varri, fiz de tudo um pouco. Porque? - Ela virou o rosto pra ele
Jorge encarou ela por um tempo, depois soltou um grunhido baixinho. Pediu um minuto, e saiu. Ela não era louca de ter desobedecido. Não isso. Ele tentava se tranquilizar enquanto avançava pela escada. Quando chegou ao terceiro andar, o lugar tinha apenas a luz fraca que entrava pelas frestas da janela fechada. Ele avançou pela enorme sala, olhando pros lados. Nada ali parecia ter mudado desde a ultima vez em que ele estivera. Seu olhar se fixou em algo encostado na parede do fundo. Ele respirou fundo, já tranqüilo, enquanto voltava pro quarto. Martina ainda precisava dele.
“ Musica: Till we ain`t Strangers Anymore - Bon Jovi “
Quando Jorge voltou ao banheiro, depois de deixar o terno e o colete em cima da cama, Martina estava brincando com a espuma. Ela pegou uma mão de espuma com a mão boa, e assoprou, fazendo voarem bolinhas de sabão. Ele sorriu e se aproximou.
Jorge: Está melhor? - Perguntou, sentando-se perto dela de novo
Martina: Um pouco. Não está doendo tanto. - Ela analisou, fechando a mão lentamente
Jorge: Eu cheguei a pensar que ia precisar chamar um médico, pra suturar. - Disse enquanto pegava a mão dela entre as suas, acariciando as costas da mão dela.
Pode ser difícil sermos amantes
Mas é mais difícil sermos amigos;
Querida, levante os lençóis!
Está na hora de me deixar entrar ♫
Jorge estava preocupado com ela. Sim, ele estava. O Jorge que ela amava estava ali, ao seu lado. Ela podia gritar de felicidade, se quisesse. Era tão bom vê-lo livre. Ficou observando-o enquanto ele acariciava sua mão. Uma vontade descontrolada de beija-lo tomou conta dela, mas ela se fincou na banheira. Não podia ser assim.
Jorge: O que foi? - Perguntou ao ver a expressão relutante no rosto dela
Martina: Hum? Nada, nada. - Ela sorriu, nada convincente. Ele continuou observando-a. Ela se amaldiçoou dos pés a cabeça ao sentir o sangue subindo pro rosto.
Jorge: Então porque "nada" está te fazendo corar? - Perguntou, tocando a maçã do rosto dela com os polegares - Me diz o que você quer. - Ele pediu, observando-a.
Talvez acender algumas velas;
Eu apenas irei trancar a porta;
Se você ao menos conversasse comigo
Até deixarmos de ser estranhos ♫
Martina ficou observando o marido, seu milagre pessoal, parado ali. Sua vida seria tão perfeita, tão fácil, se fosse assim todo o tempo. Ela, involuntariamente, humideceu os lábios com a língua. Jorge sorriu ao perceber o que era. Ele pousou a mão dela em seu colo, e colocou a mão no pescoço dela, enquanto se segurava com a outra na borda da banheira. A inicio ele deixou os lábios levemente pressionados contra os dela, dando-a a ânsia por mais. Ele entreabriu os olhos um nadinha, e viu a sobrancelha dela levemente contraída de ansiedade. Martina estava torturada. Não sabia quanto tempo isso ia durar, e queria desfrutar daquilo o máximo que pudesse. Mas Jorge não se movia. Sabendo plenamente que ia ter um acesso de vergonha depois, ela arriscou. Pôs a mão boa na maxilar dele, e timidamente, fez a ponta de sua lingua tocar os lábios dele. Jorge sorriu ao sentir isso. Desistindo de provoca-la, ele, após passar a mão possessivamente por seu rosto, invadiu a boca dela. Martina ofegou, feliz com isso. O tempo passava, e os dois ainda estavam ali, um devorando os lábios do outro. Quando a necessidade por ar gritou dentro dos dois, ele, com dois selinhos, se separou dela.
Coloque a cabeça em meu travesseiro,
Eu sentarei ao seu lado na cama;
Você não acha que está na hora
De dizermos algumas coisas que não foram ditas? ♫
Jorge: Era isso? - Perguntou, divertido, observando a boca dela ganhar uma tonalidade rosa forte. Martina se afundou na agua, encobrindo o rosto, rubra de vergonha. Ele riu. - Oi? - Chamou, acariciando os cabelos dela, que ficaram do lado de fora d`agua
Martina: Pare com isso. - Reclamou, voltando a superficie. Seu rosto parecia o cabelo de Candelaria.
Nunca é tarde para voltar àquele lugar,
De volta pelo caminho que nós estávamos;
Por que você não olha para mim
Até deixarmos de ser estranhos? ♫
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Autor(a): lety_portilla
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Jorge observou Martina por um bom tempo. Ela não se incomodava com isso. O olhar desse Jorge era um elogio, enquanto o do outro era sempre uma ofensa, uma acusação. Ela o encarava, os olhos de um mel liquido. Depois de alguns minutos olhando-a, ele avançou pra ela de novo. Dessa vez a mão dele a ergueu pelas costas. Ela o abraçou, um ...
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