Fanfic: Pecado JorTini | Tema: Violetta, JorTini, Jorge e Martina JyM
Xambiani: Agora escutem aqui, vocês dois. – Rosnou, raivoso, enquanto segurava Diego, que mais uma vez tinha brigado com Jorge. Dessa vez Xambiani interferiu antes que os dois se embolassem, mas por pouco – Já chega dessa situação. Vocês se matarem não vai mudar o que já foi feito. Eu não quero ter que tomar medidas sérias em relação a isso. Vocês dois não são mais crianças. Entendidos? – Perguntou, sério, e ninguém ali teve coragem de desafiar a ira de Xambiani.
Juntos, Xambiani, Jorge, Lodovica, Diego, Mercedes e Théo terminaram de tomar café juntos. Théo, pra resumir, estava adorando ficar na casa de Jorge. Tinha Lodovica, de quem ele gostava bastante, e era excitante assistir as brigas de Diego e Jorge. Após tomar café rapidamente, Diego preparou uma bandeja pra Martina e saiu da sala.
Diego: Buon giorno. – Disse sorrindo, ao entrar no quarto da loura.
Martina: Molto bene. – Respondeu, sorrindo abertamente pra ele.
Diego ajudou Martina a se sentar. Logo ela tomava café ao lado dele, e as vezes até conseguia rir.
Diego: Eu vou precisar sair, tenho que resolver uns problemas. – O sorriso de Martina se fechou – Não fique assim. – Ele acariciou o rosto dela – Antes do almoço estarei de volta. – Sorriu torto, e Martina esqueceu do que estava reclamando.
Os dias foram se passando. O empregado que Diego mandou a Alemanha voltou, trazendo uma caixa do creme que foi buscar.
Diego: Olha o que eu trouxe. – Disse entrando com o pote com um gel transparente.
Martina: O que é isso? – Perguntou, olhando-o da cama
Diego: Segredo. – Ele não queria dar a Martina a idéia de que ela possivelmente fosse ficar marcada. Só faria isso em ultima instancia.
Quando Diego abriu o pote, um cheiro forte pairou pelo ar. Lembrava menta, hortelã, Martina não sabia direito, mas ardia no nariz. Martina cerrou os olhos quando Diego abriu o feixe traseiro da camisola, deixando suas costas nuas.
Quando a mão dele, coberta pelo gel, tocou suas costas, ela esperou pela dor, mas ao invés disso o que veio foi alivio. Ela abriu os olhos devagar, ainda sentindo. A mão de Diego era fria sobre sua pele, mas o próprio creme amortecia a dor.
Diego: E então? – Perguntou olhando ela, ansioso – Dói?
Martina: Não. – Disse, sentindo o alivio que vinha das mãos dele – É bom. – Diego sorriu.
Diego: Ficará boa em breve, minha Tini. E voltará a correr feliz no seu cavalo, do jeito que eu gosto de te ver. – Martina sorriu, fechando os olhos.
O tempo continuou passando. Martina foi melhorando relativamente. Suas costas já estavam praticamente cicatrizadas. Só haviam umas marquinhas leves, que ao passar do tempo foram sumindo, graças ao empenho de Diego.
Jorge passava as noites velando seu sono, sem que ela soubesse. O médico voltou a visita-la, e recomendou que ela passasse um pouco do tempo deitada com a barriga pra cima, pra não prejudicar a pele, abafando-a todo o tempo. Era assim que Martina estava agora.
A chuva, o vento e os trovões dançavam lá fora. Ela estava deitada de barriga pra cima, com os cabelos esparramados pelo travesseiro, e os braços ao lado do corpo. O quarto estava escuro, Diego já havia ido dormir. Martina estava pensando sobre Jorge, sobre o que fizera com ela, sobre Capitu, sobre a adoração na voz dele quando chamava por ela.
A injustiça era tão grande! Martina não tinha culpa, não pediu por esse casamento. E ainda, de brinde, Jorge quase mata ela por ter descoberto o maldito terceiro andar. O ódio tomou conta dela.
E então uma dor diferente tomou ela. Era uma dor que cobria todo o seu corpo, desde as raízes do cabelo até os dedos dos pés. Uma dor semelhante a de um hematoma sendo pressionado. Martina ofegou, franzindo a sobrancelha.
Ainda de olhos fechados, flexionou a mão, mas descobriu que doía mais ainda. Passaram-se horas assim. Martina pensou que finalmente a morte tinha vindo lhe buscar, e teve ainda mais ódio. Que motivo idiota pra se morrer! Mas então, quando o dia foi amanhecendo, a dor foi passando, aos poucos. Martina abriu os olhos. Tudo parecia bem mais definido, agora que ela já tinha sua cabeça resolvida. Odiava Jorge. Ele iria pagar.
O céu começava a se clarear, e ela se levantou. De onde arrumou forças, nem ela mesma sabia. Caminhou até o espelho. Se admirou de como estava. Antes teria se espantado, mas hoje se admirou. Seus cabelos não tinham mais um cacho. Eram apenas lisos, sem nenhuma volta, caindo pelas costas. Sua pele não tinha vida, era branca como a de um morto. Branca, como a de Jorge. Seus olhos eram de um castanho frio, e era como se tivesse raspas de gelo por dentro. Porém, estava linda, pensou amargurada, consigo mesma.
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Autor(a): lety_portilla
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Xambiani: Eu quero tomar café em paz. – Disse tentando acalmar a briga, mas a faca que estava em sua mão estava segurada em modo de ataque, como se ele fosse esfaquear alguém. Martina: Bom dia. – Sorriu, fria, entrando na sala. A primeira reação de todos foi o choque. Se nã ...
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