Fanfic: O Homem dos Meus Sonhos AyA FINALIZADA | Tema: Romance AyA

Quando saíram do arvoredo, Annie ficou surpresa ao perceber que haviam

circulado a fazenda e estavam no portão de entrada. Os cavalos que pastavam no

gramado ergueram as cabeças, assustados com a proximidade deles.

Um cão pequenino, tão sujo que mal se podia distinguir a cor dos pelos, correu

para o portão e se sentou, esperando-os.

— É um dos seus? — Annie quis saber, puxando Matador para mais perto do

cavalo dele.

— Agora é.

Alfonso desmontou. Segurando as rédeas de Matador, aproximou-se da entrada

com olhar atento no cão que latia. O animal abaixou as orelhas e ganiu quando Alfonso

parou diante dele. O pobrezinho estava tão magro que se podia ver os ossos sob

pelagem cheia de falhas.

— Você é muito valente para um cão que não passa de um amontoado de ossos,

não é? — Alfonso dirigiu-se ao cão em tom carinhoso.

No mesmo instante, o cãozinho se pôs a abanar o rabo e estendeu a patinha para

Alfonso. Ele riu e agachou-se para examinar os ferimentos de perto.

— Hum... Você é mesmo valente, rapaz! Deve ter conseguido esses ferimentos

brigando com outros cães para obter comida. — Tocou a pata estendida e o animal

ganiu. — Sinto muito, parceiro, mas tenho de examiná-lo. Vamos cuidar disso, e sua

pata ficará como nova.

— Acha que alguém o deixou aqui? — Annie perguntou, observando-o avaliar os

dentes do animal.

Ela sabia que era comum surgirem cachorros abandonados na fazenda. Uma das

coisas de que todos tinham certeza a respeito de Alfonso era que ele nunca dava as

costas a um animal que precisasse de ajuda. A propriedade era habitada por

cachorros e gatos que recolhia das ruas. Tentava encontrar lares para os animais, mas

muitos permaneciam na fazenda. Certa vez, Maite lhe dissera que os gastos com ração

e medicamentos veterinários representavam uma pequena fortuna.

— É difícil dizer — Alfonso respondeu, observando o animalzinho. — Ele não tem

mais do que seis meses de idade. Não está usando nenhuma coleira, mas não parece

ser um cão selvagem. — Franziu o cenho, irritado. — Pessoas que não cuidam de

animais deveriam ser presas!

O coração de Annie se enterneceu quando Alfonso acariciou a cabeça do

cachorrinho assustado, levantou-o do chão e o carregou nos braços, falando com ele

em voz carinhosa.