Fanfic: O Homem dos Meus Sonhos AyA FINALIZADA | Tema: Romance AyA

Alfonso sentou-se na beirada da cama, tomando o cuidado de não ficar muito

próximo. Contudo, foi impossível evitar o contato de sua coxa com a curva macia do

quadril feminino.

Ao senti-lo, Annie se movimentou de forma a ficar mais próxima.

— Droga, Annie! Você não deve se mexer.

Um arrepio a percorreu de alto a baixo.

— O que você quer que eu faça? Não posso evitar, já que se sentou no colchão

como um bloco de pedra e quase me jogou para fora da cama.

Gotículas de suor banharam a testa de Alfonso. Tentando ignorar as palpitações de

seu coração, ele colocou uma porção do unguento na mão e começou a massagear os

pés pequeninos. Os dedos percorreram o arco delicado, subindo para os tornozelos. A

pele era suave como seda, bem quente ao toque. Enquanto sua imaginação lhe dizia

como seria ter aquelas pernas longilíneas em torno de seus quadris, a massagem

mudou de terapêutica para sensual. O movimento das mãos passou de vigoroso para

uma carícia lânguida.

A simples visão da sereia curvilínea deitada em sua cama, protegida apenas por

uma tolha felpuda, era o bastante para fazer seus hormônios fervilharem. Assim, não

pôde evitar pensar que tomá-la nos braços e amá-la todas as noites, como um homem

deve amar uma mulher, seria o mesmo que conhecer o Paraíso.

Desejo e razão duelaram dentro dele. Atordoado, Alfonso tentou banir aquelas

fantasias para longe de si. Os dedos voltaram a pressionar com firmeza os músculos

doloridos.

— Ai! — Annie reclamou, encolhendo-se ao sentir dor. — Minha perna não vai

me ajudar a ganhar nenhum prêmio em salto de obstáculos, mas gosto dela e não

quero vê-la destruída.

— Desculpe.

Ele se concentrou no outro pé, lutando para manter o controle. Fechou os olhos e

tentou imaginar que Annie era um imenso boneco de argila, sem personalidade nem

sex-appeal.

Ao sentir os dedos longos promoverem sua mágica, Annie começou a relaxar.

Sonolenta, olhou em torno de si em busca de mais informações sobre o homem que

amava. Aquele era um aposento confortável, decorado com móveis antigos de madeira

maciça. As paredes, pintadas de azul-claro, combinavam com os tapetes que cobriam o

assoalho de tábuas envernizadas. Os quadros pendurados sobre a cama, por certo,

eram de autoria de Maite. Annie também reconheceu o toque sutil da amiga na

decoração, que tivera a sensibilidade de fazer com que tudo naquele quarto

retratasse a personalidade de Alfonso. Sobre a cômoda, havia uma taça de vinho, uma

revista especializada em cavalos e um livro, Ulisses. Seu Alfonso era cheio de

contradições! Quem poderia imaginar que um fazendeiro rústico leria os grandes

clássicos da literatura?

Seu Alfonso... Aquele pensamento era tão agradável quanto a massagem que ele

fazia. Fechando os olhos, Annie suspirou. Quando Alfonso começou a trabalhar em suas

coxas, deixou-se levar pela imaginação, antevendo o que aconteceria a seguir.

As mãos poderosas subiriam para os ombros e afrouxariam a toalha... Então, ela

se viraria e encontraria os olhos verde-acinzentados, transbordando de desejo. Alfonso

inclinaria a cabeça para beijá-la, enquanto mãos ávidas deslizariam para os seios...