Fanfic: O Homem dos Meus Sonhos AyA FINALIZADA | Tema: Romance AyA

— Não estou, mas não temos tempo para ficar aqui discutindo sobre o

comportamento de Emma. Temos de agir, Alfonso.

O grupo de turistas havia seguido para o interior da casa quando Annie entrou

pela porta da frente, com Alfonso atrás dela, carregando o cesto de piquenique com o

focinho de Júnior para fora.

Emma estava na biblioteca, com um grupo menor, entretendo-os com uma

história fabulosa sobre a plantação. Annie sempre se perguntara quanto daquelas

histórias não passava de pura fantasia.

Atravessaram o hall no exato momento em que Betsy e seu grupo emergiram da

sala de jantar. Annie sentiu as palmas das mãos úmidas. Faltava pouco para que ela e

Alfonso pudessem subir os degraus e escapar, mas tiveram de parar e cumprimentar os

turistas.

— Sr. Herrera, que prazer tê-lo conosco! — Betsy sorriu, atravessando a sala com

a elegância de uma verdadeira dama.

— Bom-dia, sra. Claiborne. — Alfonso meneou a cabeça, escondendo o cesto atrás

das costas, e percebeu tarde demais que o gesto chamara ainda mais a atenção do que

se o tivesse evitado.

— Oh... Está um lindo dia para um piquenique — Betsy comentou, enlevada. —

Aonde vão?

— Hum... Bem... — Alfonso pigarreou, embaraçado, sentindo-se como um menino de

dez anos mentindo para a professora. Lançou um olhar desesperado para Annie, que

se apressou em socorrê-lo.

— Emma está contando uma daquelas histórias de quando foi seduzida na

varanda por um coronel britânico...

— Oh! — Betsy cobriu a boca com a mão, apavorada. — Com licença, sr. Herrera.

Tenho de ir jogar um balde de água fria naquela anciã ninfomaníaca!

— Rápido! — Annie sussurrou, empurrando-o na direção dos degraus. — Suba a

escada antes que ela volte.

— Desculpe-me, senhorita...

Annie apertou os dentes quando se voltou para encarar um turista com sotaque

nova-iorquino. Então, lembrando-se da suposta hospitalidade sulista que deveria

demonstrar, ela forçou um sorriso.

— Sim? Em que posso ajudá-lo?

— Poderia me explicar a origem das tampas polidas dos decantadores de licor na

sala de estar?

— Oh, claro.

Annie seguiu o homem e dirigiu um olhar significativo para Alfonso.

Entendendo a mensagem, ele escalou o primeiro degrau, mas foi confrontado por

um casal que lhe pediu para tirar uma fotografia. Colocou o cesto no chão e apanhou a

máquina. Posicionou-se diante do casal sorridente, e foi o que bastou para que um

grito ecoasse na sala de estar, seguido por latidos furiosos e pedidos de socorro.