Fanfic: O Homem dos Meus Sonhos AyA FINALIZADA | Tema: Romance AyA

— Não fale assim, Alfonso! — Annie exigiu, segurando-o pelo braço e forçando-o a

encará-la.

Alfonso inclinou a cabeça e deparou com o rosto rubro de fúria. Uma mecha de

cabelos loiros caía sobre a testa de Annie. Ela a afastou, irritada, e pressionou

os dedos ao redor do braço dele.

— Alfonso Herrera, não ouse dizer que não deveríamos ter feito amor! — Apertou

ainda mais o casaco e deu uma palmada nos ombros dele. — E não ouse dizer que você

não me queria!

Alfonso se afastou antes que ela pudesse atingi-lo de novo.

— Não a queria? Annie, do que você está falando? Eu te quero tanto que agi

como um selvagem! Não vou culpá-la se nunca mais quiser me ver depois do que fiz.

Agi como se nunca tivesse feito amor. Não era assim que eu queria que a noite

terminasse.

Foi a vez de Annie ficar confusa. Os braços penderam ao longo do corpo e as

mãos desapareceram sob a manga do casaco.

— Você me queria?

— Achei que tivesse deixado mais do que óbvio — Alfonso resmungou, malhumorado.

Annie balançou a cabeça, como se a ação pudesse fazer todos pedaços do

bizarro quebra-cabeça se encaixarem.

— Você me deseja. Eu te desejo. Por que estamos discutindo?

— Annie, eu a machuquei! E, por Deus, nem sequer tive a decência de esperar

até entrarmos em casa!

— Segurou o rosto dela entre as mãos, e Annie pôde ver o remorso nos olhos

verdes.

A reação de Alfonso a tocou em algum lugar tão fundo que ela teve de conter uma

nova torrente de lágrimas. Aquele homem imenso e viril, que jamais demonstrava

emoção alguma, estava com medo de tê-la magoado.

— Oh, Alfonso... — sussurrou, passando os braços ao redor dele. — Você não me

machucou. Estou bem. Estou mais do que bem. Foi tudo maravilhoso.

Alfonso a abraçou e repousou o queixo sobre a cabeça dela, num gesto de ternura.

— Eu fui muito rude. Sei que a magoei, Annie. Vi as lágrimas no seu rosto.

— As mulheres também choram quando estão felizes. — Ela sorriu, inundada por

uma onda de felicidade. — Você não tem noção do quanto me deu prazer, do quanto eu

precisava de você.

Ele fechou os olhos, determinado a prosseguir com a autocensura.

— Fizemos amor na varanda, pelo amor de Deus! Não tive a decência de levá-la

para o quarto antes de cair sobre você como um lobo faminto!

— E por acaso me ouviu reclamar? Eu me lembro de não ter saído dos meus

lábios nada que não fossem suspiros e gemidos de prazer.