Fanfic: O Homem dos Meus Sonhos AyA FINALIZADA | Tema: Romance AyA

— Eu não tinha certeza se você viria — disse, esperando pela resposta com

evidente expectativa.

— Por que eu não viria?

— Não estava muito feliz comigo quando foi embora hoje cedo.

Ele parou num carrinho de cachorro-quente e pediu dois sanduíches, batatas

fritas e refrigerantes antes de se virar para Annie e perguntar se queria mais

alguma coisa.

— Não estou furiosa com você, Alfonso — ela afirmou, ajudando-o a carregar os

sanduíches. — Pretendo provar que está enganado. Além disso, tinha de vir de

qualquer jeito. Prometi às meninas que as traria para ver a competição — falou

referindo-se a Emma e Betsy.

— O que você quis dizer com pretende, provar que estou enganado? — ele

perguntou, desconfiado, parando de maneira tão abrupta que quase derrubou o copo

de refrigerante.

Ignorando a pergunta, Annie continuou a caminhar e acenou para Emma e

Betsy, acomodadas no camarote da fazenda.

Emma usava calça jeans, botas pretas e jaqueta de couro, e Alfonso franziu o

cenho, certo de que estava diante de uma motociclista veterana. Mas foi a outra irmã

Darlington que lhe chamou a atenção. A aristocrática senhora, trajada com elegância,

segurava Júnior no colo. O cachorrinho usava um suéter vermelho e gravata, vestido a

caráter para a ocasião.

— Pobre animal! — Balançou a cabeça com desgosto.

— Não sei como ela não com colocou um chapéu combinando com a gravata...

— Nada de comentários espirituosos, Alfonso Herrera — Annie advertiu-o num tom

que não passava de um sussurro, ao se aproximar das duas senhoras. — Betsy ama

esse cachorro. Se quiser vesti-lo de Papai-Noel, não é problema nosso.

— Aposto que o senhor não reconheceu o pequeno Júnior, não é, sr. Herrera? —

Betsy perguntou radiante, quando eles se aproximaram mais.

— Bem... — Alfonso calou-se ao sentir o discreto cutucão de Annie. — É verdade.

Ele está... Ótimo.

— Como poderia ser diferente? — Emma comentou com uma ponta de ciúme. —

Estamos gastando uma fortuna com as melhores rações, xampus e roupinhas para

Júnior, sem contar que dorme no quarto de Betsy... Não me surpreenderá se ele se

tornar gay!

— Emma! Olhe o vocabulário! — Betsy a censurou.

Alfonso deu uma gargalhada e afagou as orelhas do cãozinho. De fato, não podia

negar que Júnior estava em boas mãos. O pelo castanho brilhava, e ele crescera e

ganhara peso desde que o levara para Poplar Grove. Parecia mais saudável do que

nunca. Maite e Derick também os esperavam no camarote com uma imensa cesta de

piquenique, e o rapaz olhou horrorizado para os sanduíches de Alfonso.

— Você pretende comer isso?

— Digamos que não comprei com a intenção de jogar no lixo — gracejou Alfonso.

Derick resmungou uma série de impropérios em italiano, sua língua natal, e

balançou a cabeça.

— Eu trouxe comida decente, Alfonso. Você acha que me esqueceria disso?

— Derick levou comida para nossa lua de mel — Maite revelou, bem-humorada.

Alfonso observou o cunhado tirar várias iguarias da cesta e se arrependeu de ter

comprado cachorros-quentes.