Fanfic: O Homem dos Meus Sonhos AyA FINALIZADA | Tema: Romance AyA

Ela se tornaria esposa de Alfonso. Aquilo significava que seria parceira dele de

todas as formas, tanto no estábulo quanto na cama, na saúde e na doença, nos

momentos bons e ruins.

O veterinário era um homem pequeno e atarracado, de cabelos grisalhos. A voz

suave e a expressão do rosto revelavam seriedade e profissionalismo.

Annie sabia que Alfonso o respeitava, mas o que o veterinário dizia naquele

momento era algo que ele não queria ouvir, e menos ainda acreditar.

— Alfonso, aposto os últimos centavos do meu fundo de aposentadoria que estamos

diante de um caso da febre equina Potomac.

— Impossível! Todos os cavalos do estábulo foram vacinados.

O coração de Alfonso acelerou. Ele não podia ter perdido a vacinação do cavalo

mais importante da fazenda. Não, não era possível.

— Bem, Cut tem todos os sintomas.

— Mas não é possível que...

— Alfonso, você não quer aceitar que ele esteja contaminado, e não o culpo, mas é

com isso que teremos de lidar, filho. Então, se quisermos salvar a vida de Cut, é

melhor aceitar. Não podemos perder tempo.

Annie sentiu um calafrio ante o tom grave da voz do veterinário e a expressão

preocupada dos homens ao redor dela.

- O que é a febre Potomac? — perguntou a Christian.

— São más notícias, Annie. — Os olhos do treinador estavam sombrios como um

dia de inverno. — Péssimas notícias.

Além dos medicamentos que Alfonso aplicara no cavalo, o veterinário administrou

doses maciças de antibióticos. Os cavalariços amarraram as patas de Rough Cut para

evitar que ele se machucasse.

Annie ajudou Alfonso e Christian, molhando toalhas com água fria para que

banhassem o cavalo, numa tentativa desesperada de baixar a febre.

Passava da meia-noite quando ela obedeceu à ordem de Alfonso e foi para casa.

Subiu os degraus da varanda com o corpo dolorido pela queda, e os braços e ombros

cansados pelo trabalho. Com um gemido, sentou-se no degrau e tirou as botas. Um

banho demorado e uma cama macia nunca lhe pareceram mais tentadores, pensou,

recostando-se no pilar.

Seu olhar voltou-se para o estábulo, a única construção com luzes ainda acesas.

Alfonso não se lembraria de ir para casa enquanto tudo não estivesse terminado. Seria

um pequeno milagre se ele deixasse a baia de Cut. Determinara que todos

descansassem, revezando-se nos cuidados com o garanhão doente, exceto ele próprio.

Cuidar de animais era a vida de Alfonso, mesmo sem nunca ter tido a chance de

terminar a faculdade de veterinária. Ficaria sem reclamar ao lado de seu adorado

cavalo dia e noite, cuidando de todas as necessidades dele.

Mas quem cuidaria das necessidades de Alfonso?