Fanfic: O Homem dos Meus Sonhos AyA FINALIZADA | Tema: Romance AyA

A condição de Rough Cut oscilou bastante nos dias que se seguiram.

Na manhã do terceiro dia de vigília, Annie acordou cedo, depois de três horas

de sono, e foi para o estábulo com um propósito firme.

Encontrou o dr. Maclay e Christian na porta da baia, e respirou aliviada ao ver a

expressão tranquila do veterinário.

— Como ele está?

— A condição é estável. A temperatura se normalizou. Cut não está fora de

perigo, mas acredito que o pior já passou.

Annie assentiu, girou nos calcanhares, entrou na baia e agarrou Alfonso pelo

colarinho. Ignorando os protestos dele, arrastou-o para fora com determinação.

— Annie, que diabo está fazendo?

— Você virá comigo, Alfonso Herrera! — disse num tom que não aceitava objeções. —

Está enfiado nessa baia há trinta e seis horas ininterruptas. Precisa descansar, comer

uma refeição decente, tomar um longo banho e fazer a barba.

— Não posso ir agora — ele protestou, tentando afastar as mãos dela.

— Você vai, nem que eu tenha de arrastá-lo. Não poderá ajudar Cut se desmaiar

de exaustão.

Christian abafou a risada, e o dr. Maclay interveio:

— Annie tem razão, Alfonso. Faça uma pausa. Christian e eu ficaremos aqui.

Annie ignorou os protestos enquanto o empurrava para fora, e passou a mão ao

redor da cintura dele a caminho do jardim.

— Estou preocupada com você, Alfonso. Não dorme e não come há três dias. E... eu

sei que você está... pre... preocupado com Cut, mas...

— Ei, o que é isso? — ele perguntou, parando para encará-la. — Você está

chorando?

Alfonso a segurou-a pelo queixo e fez com que ela erguesse o rosto molhado de

lágrimas. Annie tentou sorrir e enxugou a face com as costas das mãos.

— Por que está assim?

— Oh, Alfonso, eu sinto tanto! Corta o meu coração ver Cut sofrendo — ela

desabafou, deixando o pranto fluir.

— Sei que não posso ajudar muito, mas...

— Ao contrário, Annie — ele interrompeu com seriedade. — Você tem

trabalhado tão duro quanto todos nós.

Uma onda de culpa oprimiu o peito de Alfonso. Ele a mantivera lá com falsos

pretextos, trabalhando como louca, apenas para satisfazer suas próprias razões

egoístas. Não conseguia sequer olhar para ela. Tinha de dizer a verdade, e teria de

ser naquele momento.

— Entre no escritório, Annie — disse, abrindo a porta.