Fanfic: A Esposa Virgem AyA FINALIZADA | Tema: Romance AyA

Tão logo o padre terminou a cerimônia, Alfonso anunciou:

— Partimos imediatamente. Vamos, mulher, despeça-se das companheiras.

Mais uma vez, Anahi o surpreendeu. Calada e sem lágrimas, passou diante das freiras. Por Deus, que mulher fora do comum!

Por um instante, Alfonso seguiu-a com o olhar, mas depois dirigiu-se à abadessa:

— Não se preocupe, eu não a tocarei — prometeu. A velha freira não pareceu aliviada e, consternada, disse:

— Ora, meu senhor, sei que Anahi não é tão linda como muitas mulheres, mas a ordem divina é crescer e multiplicar.

— Não foi isso que me disse ontem à noite.

— Ontem à noite?! — repetiu a velha freira com olhar confuso.

A suspeita dominou Alfonso e ele virou-se para a porta. Anahi já estava lá fora, de costas para ele e junto ao cavalo palafrém. Havia sido ela, sem sombra de dúvida, quem o procurara na noite anterior. E o tinha convencido tratar-se da abadessa.

O sangue de Alfonso ferveu. A criatura era de uma audácia fora de conta. Imagine aconselhá-lo a respeito da consumação do casamento! Do que mais ela seria capaz?

Dê vazão a suas artimanhas, mulher irascível. A guerra apenas começou — refletiu Alfonso tentando se controlar.

Alfonso forçou a comitiva a cavalgar até o anoitecer e sentiu prazer ao ver Anahi mal conseguir escorregar da sela. Ela não estava acostumada a longas viagens como ele e seus homens.

Agora, ela jantava de cabeça baixa, sinal de exaustão. Em outra mulher, Alfonso assumiria tratar-se de submissão, mas não Anahi. Ela não demonstraria o menor sinal de fraqueza se soubesse que ele, escondido entre as árvores, a observava.

Criatura estranha, mas uma oponente de valor, Alfonso refletiu. Na curta convivência de ambos, ela mostrara muito mais coragem do que o tio. Todavia, sua visita, durante a noite no convento, provava que era tão traiçoeira quanto Portilla. Precisava ainda descobrir o que a motivara, mas não se atreveria a virar-lhe as costas.

Enraivecido, aproximou-se, ansioso por atormentá-la. Aliás, Anahi já tinha se alimentado bem e ele imaginava para onde iria toda aquela comida. Embora alta, ela não era gorda. Ele terminara há refeição há algum tempo, porém, ela continuava a comer. Talvez tentasse adiar uma conversa com ele. A idéia o estimulou a parar a seu lado numa atitude intimidadora.

— Já está satisfeita, mulher? Anahi levantou os ombros e o queixo, mas não o olhar.

— Não — respondeu ela em tom brusco enquanto apanhava mais um pedaço de pão.

A petulância o irritou.

— Você queira, ou não, sou seu marido agora. Afirmo que você já comeu o suficiente.

Ela, então, o fitou com os olhos verdes falseando.

— Deseja me manter com fome, meu senhor? — perguntou ela com a rispidez de quem proferia uma praga.

— Impossível, com o que você já comeu. Mas talvez eu faça isso, caso você não me agrade.

Anahi não respondeu como Alfonso esperava e, em vez disso, desviou o olhar como se o ignorasse. Ele não toleraria isso. Com o dedo sob seu queixo, forçou-a a fitá-lo. O antagonismo nos olhos verdes era evidente, mas ele percebeu algo mais.

Medo. Alfonso podia quase apalpá-lo. Suas narinas fremiam e a respiração tomava-se ofegante. Apesar das demonstrações de coragem, Anahi estava aterrorizada. Por quê?, ele conjeturou antes de calcular a resposta.

A cama. Esta criatura temerária, que havia enfrentado a abadessa, a ira dele e pulado de uma janela alta, receava o cumprimento dos deveres matrimoniais. Ao procurá-lo no convento durante a noite, não fora para fazê-lo passar por tolo, mas porque lhe temia a luxúria.

Alfonso sentiu-se insultado. Jamais precisara se esforçar para agradar as mulheres. A aparência atraente garantia-lhe a atenção feminina mais do que desejava.

Podia sentir a veia de Anahi latejar sob o dedo. Por que se ofendera? Tinha a intenção de atormentá-la e já estava conseguindo. Como, não importava.

Não era verdade.

Soltou-lhe o queixo. Embora ela se esforçasse para não baixá-lo, sua pose arrogante tinha desaparecido. As mãos crispavam-se no colo com tanta força que as juntas dos dedos embranqueciam. Sua derrota o afetava de maneira estranha e, sem pensar, Alfonso segurou-a pelos pulsos.

Alfonso ainda vai irritar muito kkkk

gente to postando outras se quiserem ver estão ai

http://fanfics.com.br/fanfic/49350/tudo-oque-peco-aya-romance-aya

http://fanfics.com.br/fanfic/49349/seduzida-por-um-amor-esquecido-romance-aya

http://fanfics.com.br/fanfic/49347/o-homem-dos-meus-sonhos-aya-romance-aya