Fanfic: Seduzida Por Um Amor Esquecido FINALIZADA | Tema: Romance AyA

Anahi subiu ao táxi e deu ao condutor o endereço de Alfonso. Estava nervosa, mais do que tinha estado em toda sua vida.

Alfonso não tinha respondido ao telefone nem ao celular, e uma horrível sensação de déjà vu começava a dominá-la, embora tentou não ceder à paranoia.

O táxi parou frente ao edifício de Alfonso e ela desceu, pagou ao condutor e ficou olhando a entrada. Tremia.

Um homem a roçou ao passar e ela franziu o cenho. Parecia-lhe familiar. Christian? Era um dos amigos de Alfonso. Christian Chavez. Possivelmente lhe abriria a porta.

—Christian Chavez? —chamou, acelerando o passo para p alcançar antes que entrasse.

Christian se voltou com o cenho franzido. Ao vê-la, sua expressão se relaxou, mas não sorriu.

—Não sei se lembra de mim —começou ela.

—É óbvio que lembro —respondeu ele secamente— O que faz aqui?

—Vim para falar com Alfonso. Não responde às minhas chamadas. Preciso vê-lo. É sobre o hotel. Queria lhe dizer que está bem, que já não me importa. Não quero que todo este assunto crie problemas a seus amigos ou a seus sócios.

—Veio para lhe dizer tudo isso? —Christian a olhou como se estivesse louca.

—Sabe se está em casa? —ela assentiu— Soube algo dele? Compreendo que estará muito ocupado, certamente mais que nunca, mas se pudesse vê-lo um minuto…

—Venha comigo —murmurou Christian— Te levarei a seu apartamento. Rodrigo deve estar lá. Não soubemos nada dele desde que retornou.

Anahi o olhou alarmada.

—Não me olhe assim —a tranquilizou Christian—. Ucker o deixou em sua casa e estava bem. Certamente estará ocupado saindo desta confusão na qual se colocou.

E após segurar Anahi pelo braço, conduziu-a ao interior do edifício.

—Que demônios acontece com você? —perguntou Rodrigo.

—Saia de meu apartamento —Alfonso abriu um olho e o entreabriu.

—Está bêbado.

—Por isso que sempre digo que você é o mais esperto de meus sócios.

—Importa-se em me dizer por que se embebedou quando deveria estar salvando um negócio que parece decidido a arruinar?

—Não me importa o hotel. Nem você. Nem ninguém.

Alfonso estendeu uma mão para a garrafa atirada no chão. A maldita coisa estava vazia. Sentia a boca como se tivesse engolido algodão e lhe doía endemoniadamente a cabeça.

De repente foi arrancado do sofá, arrastado pela sala e jogado a uma das poltronas. Abriu os olhos de novo e viu o rosto de Rodrigo a escassos centímetros do dele.

—Vai me explicar que demônios acontece aqui —exigiu seu amigo— Ucker disse que tudo parecia estar bem quando foi pegá-lo. E de repente, deixa de responder ao telefone e quando devo ver como está, encontro-o tão bêbado que nem sequer pode abrir os olhos.

—Sou um bastardo —respondeu ele com voz rouca.

—Sim, isso já sabíamos —Rodrigo soltou um bufo— Nunca se preocupou com esse detalhe.

—Pois possivelmente agora sim me preocupa —Alfonso conseguiu ficar em pé e se agarrou à camisa de Rodrigo— Maldito seja, Rodrigo, recordo tudo, de acordo? Cada detalhe, e me deixa tão doente que nem sequer posso pensar nisso.

—De que demônios fala? —Rodrigo entreabriu os olhos— Tão ruim é o que recorda?

—A usei —respondeu ele com calma— Fui ali com a única intenção de fazer o que fosse necessário para conseguir essas terras. E o fiz. Por Deus que o fiz. Seduzi-a. Disse-lhe que a amava. Prometi-lhe tudo o que ela queria ouvir. E assim consegui este contrato. Mas era tudo mentira. Parti sem nenhuma intenção de retornar. Já tinha o que queria.

Um soluço soou junto à porta e Alfonso girou bruscamente a cabeça. Ao ver Anahi, branca como a parede, ficou lívido. Christian a segurava para que não caísse ao chão.

Era um pesadelo. O pior dos pesadelos feito realidade. O que estava fazendo ali? 

a verdade apareceu ...até mais