Fanfic: Seduzida Por Um Amor Esquecido FINALIZADA | Tema: Romance AyA

Alfonso se arrastou até a ducha e se fustigou com quinze minutos de água gelada. Tinha tentado localizar Christian, mas seu amigo não respondia. Tinha que preparar sua defesa. Era o negócio mais importante de sua vida. Nem o hotel nem a fusão com o Copeland. Nem sequer a sociedade com seus amigos.

Anahi e o bebê eram mais importantes que tudo isso. Odiava-se por haver-se comportado como um bastardo frio e calculista. Mas se se dignasse a escutá-lo, se lhe dava outra oportunidade, demonstraria que nada no mundo lhe importava mais que ela.

Saiu da ducha com as ideias claras, congelado e com um firme propósito: recuperá-la.

Depois de vestir-se retornou a sala, e descobriu Rodrigo e Ucker recostados nas poltronas.

—Têm um aspecto horrível — observou a caminho da cozinha.

—Olhe quem fala —bufou Ucker—, dom Álcool em pessoa. Ninguém te disse que já é muito velho para essas coisas? Bonita maneira de se envenenar.

—Me conte algo que eu não saiba —murmurou Alfonso.

—E agora o que? —insistiu Rodrigo.

—Tenho que recuperá-la —respondeu ele— É a mulher que amo. Meu filho. Não posso

renunciar a eles por um ridículo projeto de construção.

—Fala a sério… —observou Ucker.

—É óbvio que falo a sério —rugiu Alfonso— Não sou o mesmo bastardo capaz de qualquer coisa para fechar um contrato. Não sei como me aguentaram durante tanto tempo.

—De acordo —Ucker sorriu—, mas não pegue pesado.

—Sabem um pouco de Christian? Enviei-o atrás dela, mas o filho de cadela não responde o telefone.

—Possivelmente o que não responde são suas chamadas —Rodrigo sacudiu a cabeça.

Aquilo, certamente, não tranquilizou Alfonso.

Rodrigo marcou o número no mesmo instante em que as portas do elevador se abriam. Alfonso se voltou bruscamente, contendo o fôlego em espera de ver aparecer Anahi. Entretanto o deixou escapar ao ver Christian… sozinho.

—Onde demônios está Anahi? —rugiu— Passo duas horas te chamando. Onde esteve?

—Escutando os soluços de Anahi —os olhos de Christian refletiam ira e censura— Espero que esteja contente por ter jogado fora o melhor que te aconteceu na vida.

—Um momento! —interveio Rodrigo— Isso não é da nossa conta, Christian. Já se mortificou bastante sozinho sem necessidade de que acrescente nada mais.

—Claro, diz isso porque não a ouviu chorar durante duas horas.

—Onde está? —exigiu saber Alfonso. A imagem de Anahi chorando lhe provocava uma intensa dor no peito— Preciso vê-la, Christian. Onde a levou?

—Ao aeroporto.

—Ao aeroporto? Já decolou? Tenho tempo de alcançá-la?

—Certamente já estará voando —Christian sacudiu a cabeça.

Alfonso soltou uma praga antes de chocar um punho contra a parede tentando conter a raiva que rugia em seu interior.