Fanfic: Tudo Oque Peço AyA FINALIZADA | Tema: Romance AyA

Alfonso não podia falar. Sua raiva o afogou e era todo que podia fazer para respirar. Por todos os Santos, não queria nada mais que matar ao Warewick com suas mãos nuas!

O que, certamente, não podia fazer. Ali estava de pé, rodeado por seus homens e um punhado de inimigos e estava indefeso. Tinha sido instruído a partir de seus anos mais pequenos que seu dever era proteger os outros. Em Artane, tinha afiado aquela habilidade em algo parecido a maestria. Agora, estava de pé indefeso, incapaz até de saber se o sangue que o cobria era dele ou de alguém mais. Ante ele estava parado ante o homem responsável por sua própria desdita e anos da desdita sofrida pelo Aaron e Anahi igualmente.

E não era capaz de lhe fazer uma maldita coisa.

- Venha Anahi, ordenou Warewick.  Venha para casa e me deixe te recompensar por quão mau seu marido me tratou durante os poucos meses passados. 

Anahi conteve sua respiração.

Alfonso sentiu uma quebra de onda de cólera. Era a última coisa que deixaria que acontecesse! Ele morreria protegendo-a se tivesse que fazê-lo.  Ele levantou sua espada.

- Você pode ter arruinado minha vista, disse ele,  mas não arruinará nada mais que é meu. 

- E como se assegurará disso, cego? Lutando contra mim? 

- Ele não terá que fazê-lo, grunhiu Christian.  Será para mim um prazer fazê-lo em seu lugar. -

- Não, Alfonso disse,  farei eu mesmo. Venha a mim, Warewick, se tiver coragem para fazê-lo. 

Alfonso cravou o ar com sua espada, mas não tocou em nada.

- A sua esquerda! - exclamou Christian.

Alfonso girou a sua esquerda e repartiu golpes a direita e a esquerda. O encontro de espada contra espada enviou tremores através dele. Mas os tremores eram agradáveis.

- Possivelmente não será tão fácil como você pensa, disse Alfonso de maneira cortante. Cuida do outro, Warewick? -

- Por baixo, disse Christian de repente.  Por todos os Santos, Poncho, olhe para fora...-

Alfonso sentiu a lamina da espada profundamente em sua coxa. Apertou seus dentes e se balançou, mas não entrou em contato com nada. Christian lhe gritava indicações, mas Alfonso estava muito pressionado para lhes encontrar sentido. Os poucos homens do Warewick tinham começado a gritar e Alfonso mal podia ouvir Christian sobre o alvoroço.

Alfonso investiu de repente, rezando para sobreviver. Sentiu que sua espada encontrava o ritmo. Warewick jurou grosseiramente. Alfonso se retirou e se dispôs a dar mais daqueles golpes.

Mas aí foi quando a batalha se fez algo contra o que não podia lutar. O pai do Anahi só se burlava, lhe roubando tempo e tempo outra vez.

E logo o impensável passou.

Sua espada voou.

Alfonso estava ali de pé, com as mãos vazias e pensou em se estaria doente. Pelos Santos, quando alguma vez...

- Fique aí, Warewick bramou.- Berkhamshire, guarde em seu lugar sua espada.

Christian pôs sua mão sobre o ombro do Alfonso.

- Poncho, me deixe, pediu Christian.

Alfonso ouviu o anel de metal contra a pedra do chão. Foi seguido de um som ligeiro, como se uma pequena espada tivesse sido deixada de lado também.

- Estou desarmado, disse Warewick placidamente. Nos deixe ver o que pode fazer simplesmente com seus punhos, moço. 

Alfonso sentiu que um pouco de seu orgulho voltava. Possivelmente agora estariam mais igualados. Ao menos seria capaz de manter ao Warewick perto. Não tinha lutado com o Christopher e Christian bastante freqüentemente e era melhor que ambos?

Sentiu seu estalo detrás antes  que notasse que tinha sido golpeado. Antes que pudesse recuperar seu equilíbrio, outro punho golpeou seu ventre, dobrando-o. Apenas pôde se endireitar antes que outro golpe o agarrasse totalmente na cara.

Warewick era um homem grande. Não deveria ter sido tão ágil.

Mas ele era.

Alfonso empreendeu o caminho, mas seus punhos não encontraram nada. Avançou e estendeu suas mãos.

Nada. E logo Warewick começou a rir.

Foi a risada o que desfez Alfonso. Nunca antes tinha perdido o controle em uma batalha, nem sequer quando tinha sido jovem e imaturo. Mas perdeu o controle agora. Foi para o som da risada e se balançou desordenadamente.

O sangue trovejou em seus ouvidos. A confusão no corredor lhe adicionou só enjoo e inquietação. Alfonso perdeu seu sentido da direção, perdeu o som da voz do Christian e perdeu sua razão.

Outro golpe o agarrou e lhe enviou cambaleando. Tropeçou para trás e perdeu o equilíbrio. Christian o agarrou, logo o empurrou atrás a seus pés.

- Basta disto, suplicou Christian.

Alfonso se sacudiu longe de seu cunhado e passou sua mão através de sua boca.

- Não terminei com ele, disse. Venha a mim, Warewick, se você tiver...

Não sentiu o impacto do punho do Warewick. Todo que o sentiu foi o chão quando este se reuniu primeiras com suas costas, e depois com a parte posterior de sua cabeça. A dor lhe cegava.

- Basta! - gritou Christian.

Alfonso sacudiu sua cabeça, tratando de limpá-la. Mas não podia. Seu corpo lhe queimava pelos cortes da espada e o restante dos golpes. Sentou-se com esforço, logo sentiu as mãos do Christian sob seus braços. Não blasfemou ao Christian por ajudá-lo a levantar-se. Sem dúvida alguma não podia ficar de pé sozinho.

- Vá Warewick, raspou ele, inclinando-se no Christian. - Você viverá para ver outro amanhecer. -