Fanfic: Tudo Oque Peço AyA FINALIZADA | Tema: Romance AyA

Christian suspirou.

- Pensa que não posso? 

Sua expressão era de repente bastante grave.

- Warewick é um guerreiro com muitos anos atrás dele, Anahi. 

Ela levantou seu queixo.

- Então minha juventude me servirá bem.

- Significa que esteve em guerra na maior parte de sua vida, disse Christian devagar. Sem dúvida alguma você tem a coragem para matá-lo... 

- E então vou fazer. 

- ...mas até eu seria talvez superado por ele com a espada, terminou Christian.

Anahi abriu sua boca para falar, logo viu que não havia nada que ela pudesse dizer a isto. Christian era um guerreiro feroz. Se ele pensava que seria difícil lutar contra seu pai, o que dizia isso das suas habilidades?

Ela sentiu que perdia um pouco sua fanfarronice.

- Com efeito, Christian seguiu. Necessitaria da maior parte de toda minha força para fazê-lo bem.

O resto da sua coragem a abandonou depressa.

Ela dobrou sua cabeça, derrotada.

- Quis vingar Alfonso, disse ela silenciosamente.

- Sim, Christian disse bruscamente.

- Você sabe porque.-

- Sim, sei porque. 

Ela elevou a vista para ele.  Lançou o meu pai sobre a parede como disse que faria? 

Ele sacudiu sua cabeça.

- Queria lhe ter desarrumado suas roupas um pouco e golpeá-lo com meus punhos, mas só o lancei pelas portas. Não o quis morto antes que pudesse encontrá-lo mais tarde e matá-lo.

Anahi sentiu que sua espinha ficava rígida por seu próprio acordo.

- Vou fazê-lo.

Christian só grunhiu.

- Veremos. Agora, venha para o corredor comigo. O tempo contará quem terá o privilégio de matar esse desgraçado. 

- Não voltarei, disse ela depressa. Possivelmente não tenha a habilidade para matar meu pai eu mesma, mas encontrarei alguém que o faça.  Fez uma pausa e um nome veio imediatamente a sua mente. Porque não tinha pensado nele antes, não sabia.  Vou a Artane, anunciou ela. Pagarei ao Senhor Robin para matá-lo em meu lugar. 

A boca do Christian caiu aberta. - Artane? -

- Sim, ela disse sentindo-se feliz por ter pensado. E logo outro pensamento lhe ocorreu.  Pagarei ao Senhor Robin para me treinar! Então terei a habilidade para fazê-lo eu mesma. Sorriu-lhe. O que acha? 

Os olhos do Christian se abriram de par em par e sua boca parecia trabalhar com bastante força, embora nenhuma palavra saísse dela.

- Sim, ela esteve de acordo,  é o plano mais lógico.

- Por todos os Santos! - Christian balbuciou finalmente.

Anahi tirou sua capa de seus punhos, logo o abraçou e o beijou brandamente na bochecha.

- Muito obrigado Christian, por sua bondade. Não o esquecerei nunca. Avisarei quando meu pai estiver morto.

 Girou e confrontou o final do túnel. - Agora, Artane está ao norte. Penso que estará a minha direita quando deixar a barbacana externa. -

Christian fez um som estrangulado atrás dela, mas Anahi não se girou para olhar. Sem dúvida ele tentava lhe desejar bem, mas simplesmente não podia encontrar as palavras.

Anahi estava na metade do caminho para as portas externas quando Christian de repente apareceu ao seu lado. Anahi elevou a vista para ele com um débil sorriso.

- Não tem que me acompanhar até as portas, disse ela. Posso encontrá-la sozinha.

- Não pode ir a pé até Artane, disse Christian ainda com a cara avermelhada.

Ela estendeu a mão e acariciou seu braço.

- Não se preocupe, Christian. Encontrarei-o.

- Você não pode distinguir o sangrento norte do sul! - Christian exclamou. Andou a pernadas adiante, logo girou e se plantou ante ela. - Você não vai sozinha. 

Anahi sentiu seu coração encher-se de calor ao pensar na lealdade de Christian para ela. Mas isto não faria nenhum bem ao Alfonso.

- Você deve ficar, disse com um sorriso.  Embora aprecie realmente a oferta de ajuda... -

- Você não vai sozinha, repetiu Christian secamente.  E não pode ir ao Artane. É um caminho difícil e não tem nenhum cavalo.

 Ele a olhou triunfalmente.

- Então caminharei. 

- Então pense nisto, minha senhora. Seu pai não está longe fora das portas.  Ele sorriu e seu sorriso não era nada caloroso.  Contudo, duvido que se mova muito nos dias seguintes. Entretanto, não desejaremos vagar pelos mesmos caminhos nos quais ele estará.

- Eu poderia matá-lo, disse Anahi, mas justo quando o disse perguntou-se se poderia ser mais difícil do que pensava.

- Depois que você treinar com o Artane durante umas semanas, sim, provavelmente poderia. Mas agora, penso que não. Ele dobrou seus braços sobre seu peito e olhou para baixo. Esteve silencioso durante um momento ou dois, então seu olhar se esclareceu. - Possivelmente umas ervas poderiam lhe servir. Vamos nós mesmos lá embaixo onde estão aquelas bruxas e vejamos o que nos possam oferecer. 

Anahi abriu sua boca para lhe dizer que não e logo pensou melhor nisso. Sua coragem voltava, mas umas ervas verdadeiras não podiam doer. Ela moveu com a cabeça devagar.

- Sim, poderia ser sábio. 

- Então vamos, disse Coli, tomando-a pelo braço e puxando-a abaixo para o caminho.

Quando trotou junto a ele, Anahi se perguntou por sua mudança de opinião, mas se absteve de comentar sobre isso. Ao menos estava com ela. Ela não estava para desdenhar sua ajuda. Possivelmente quando o fato fosse feito, ele voltaria e diria ao Alfonso que tinha sido ela quem o tinha vingado. Embora isto nunca expiasse o dano que lhe tinha sido feito, ao menos saberia que ela tinha feito todo o possível.