Fanfic: Tudo Oque Peço AyA FINALIZADA | Tema: Romance AyA

Christian começou a passear. Suspirou várias vezes se assegurando de que seu pobre e aflito cérebro estava trabalhando mais duro do que era bom para ele. Logo seus passos se detiveram.

- Poderia ter anulado, sabe? Disse.

- Não quero uma anulação. Anahi tem uma maravilhosamente língua afiada quando está fora de si pela febre e me atreveria a dizer que eventualmente aprenderá a usá-la em mim conscientemente.

Christian grunhiu.

- Deveria lhe ensinar obediência, suponho. Ainda a ameaça de um golpe seria suficiente.

Com uma maldição, Alfonso se jogou em direção ao Christian. Fosse destino ou habilidade, não soube, mas se arrumou para convenientemente encontrar a garganta do Christian sob seus dedos enquanto caíam. Deu um muito satisfatório golpe na cara do Christian, antes que seu punho lhe devolvesse o golpe sob o queixo e o deixasse esparramado no chão. Alfonso se agarrou na túnica de seu cunhado e logo o aproximou de um puxão, esperando que sua expressão fosse tão formidável como a sentia.

- Nunca, nunca diga algo como isso outra vez ou te açoitarei eu mesmo, disse friamente. Anahi nunca será ameaçada com isso, nem sequer de brincadeira.

Christian espiou os dedos do Alfonso na borda da sua túnica, logo o empurrou. – Santos, Poncho, sabe que não dizia a sério. Tenho um enorme afeto à garota.

- Então nem sequer brinque sobre algo assim. Passei quatro noites na mesma cama que ela, e a escutei chorar enquanto sonhava com seu pai. Conhece o homem e facilmente pode imaginar o quanto a aterrorizava. Impedirei que ela volte a estar aterrorizada.

Christian suspirou. Ela não ouvirá algo assim de mim.

- Bom. Alfonso se levantou e caminhou pelo quarto. A cortina estava corrida e ele se enredou nela até que captou um ligeiro sopro de rosas. Imediatamente se deu conta de quem estava escondendo nesse solar. Tinha deixado sua esposa com instruções específicas de ficar na cama, mas obviamente ela era incapaz de seguir a mais simples das ordens.

- Poncho, a gente pensaria que está apaixonado por Anahi pela maneira em que se conduz.

Alfonso deu voltas ao redor, perguntando-se como podia fazer que Christian estivesse em silencio sem dizer muito. Seu amigo era poderosamente preparado no campo de batalha, mas inepto quando se tratava de entender gestos sutis.

- Meu dever é defendê-la, Alfonso conseguiu dizer, pondo um dedo sobre seus lábios.

- Deveria falar mais brandamente?- murmurou Christian.- Por quê? Acaso Anahi esteve vociferando suas demandas?

- Christian, maldito seja!

- Sabe, ela não é tão caseira como dizem as intrigas continuou Christian. Não será tão formosa como era Lina, mas muitíssimo mais amável.