Fanfic: Tudo Oque Peço AyA FINALIZADA | Tema: Romance AyA

- Não quero ouvir nada da Lina, disse Alfonso grunhindo silenciosamente. Tudo o que Anahi não necessitava era ouvir a longa lista dos atributos da sua primeira esposa e se saber comparada com eles.

Christian riu de repente.

- Lembro quando retornou de Warewick nesse verão. Disse que Anahi era toda olhos e pernas.

- Sua memória falha. Lembro de dizer que era encantadora.

- Não, meu amigo, disse que era juvenil.

- Pelos Santos, Christian, era uma menina de quinze anos! O que se supunha que dissesse?

- É uma pena que ela não possa te ouvir defendê-la tão docemente. Eu diria que estaria agradada.

Alfonso lançou um forte gemido.

- Planeja alguma vez lhe falar do voto que fez ao William, de cuidar dela depois de que ele morresse? Possivelmente o ache cavalheiro. Acredito que está começando a gostar pouquinho de ti. Ela o olha todo o tempo.

- Christian, traseiro de mula, seja silencioso!

E Christian, como o tolo que Alfonso sabia que era, riu de novo vigorosamente.

- Pelos Santos, Poncho, não posso recordar a última vez que te ruborizou. Acredito que Anahi é boa para ti. Vai conservá-la de verdade?

- Certo que o farei, Alfonso disse através de dentes apertados.

- Quando vai lhe fazer um filho? Acredito que já te passou o tempo de ter um bebê ou dois te atormentando.

- Fora, disse Alfonso apontando para a porta.

- Mas ainda não terminei de falar...

- Sim, acabou.

- Não me acompanhará até a porta, então?

Alfonso não teve opção. Christian puxou pelo braço e o empurrou através do quarto.

- Sabia que estava aqui, sussurrou Christian rindo entre dentes. Quer que ela escute algo mais antes que me vá?

- Você, arruinado filho de rameira.

Christian deu uma gargalhada e fechou a porta detrás dele. Alfonso deu as costas à porta e se apoiou contra ela, secando as mãos em suas coxas. Agora o que faria? Ir e fingir que não sabia que ela estava ali ou começar agora com suas lições de confiança?

Caminhou por volta do quarto, puxando as cortinas, e escutou uma quase silenciosa respiração. Quase silenciosa. Pôs uma mão na parede e se inclinou cortando efetivamente toda tentativa de fuga que ela poderia ter planejado. Moveu a cabeça e estalou a língua.

- Esta minha esposa, disse com um suspiro. Tão obediente, permanecendo deitada quando dei instruções de que o fizesse, nunca fazendo nada mais que o que eu autorizei. Sim, por certo que sou afortunado. Poderia ter tido uma esposa que chorasse rios de lágrimas e no momento em que desse volta, voasse para meu solar privado, escondendo-se neste mesmo quarto e espiasse uma conversa inadequada para seus ouvidos.