Fanfic: S.O.S Mulheres Ao Mar | Tema: Violetta
Violetta
Acordo no Domingo de Manhã muito empolgada, sabendo que meu amado voltará hoje da Espanha. Ele anda viajando constantemente por causa de seu trabalho e quase nunca tem um tempo para mim, que sou sua esposa. Isso acaba prejudicando o nosso casamento, já faz dois meses que nós não nos tocamos, poucas são as vezes que recebo um beijo ou um elogio dele. Eu acabo por desconfiar que, talvez, ele esteja me traindo. No entanto, Diego não seria capaz de cometer um erro tão grave assim. Ou seria?
Já passei a desconhecer o meu próprio marido, creio que já quase nem existe mais uma relação entre nós, um relacionamento. Nosso casamento é vazio, sem demonstrações de carinho ou afeto. Mas apesar de tudo, apesar das dúvidas, eu amo o meu Marido e espero que, quando tudo se amenizar, nosso casamento volte a ser o mesmo de dois anos atrás.
Faço minha rotina matinal e tomo meu banho, pego meu celular e minha bolsa, tomando a decisão de não tomar café em casa hoje. Vou fazer uma visita à minha irmã Ludmila, já faz alguns dias que não a vejo e quero colocar as conversas em dia.
Natalia, minha governanta, não gosta muito de saber que deixarei de tomar seu maravilhoso café, para tomar o de Camila, a governanta de Ludmila.
Natalia e Camila nunca se deram muito bem, talvez seja por Natalia ter tomado o lugar de Camila em minha casa, não consigo entender essas duas.
Após parar com o chororô de Natalia, convido-a para ir à casa de Ludmila comigo e a mesma aceita na hora, ela apenas tira seu avental e dá uma ajeitada em seu cabelo. Pegamos o meu carro e seguimos até a casa de Ludmila, que não é muito longe da minha.
[...]
Voltei para casa no final da tarde, com certeza Diego já teria voltado e eu não via a hora de poder estar em seus braços, mantendo a saudade. Assim que entrei em casa, o encontrei sentado no sofá, vendo jornal. Caminho até o sofá e envolvo seu pescoço, por trás, com um abraço. Beijo sua bochecha e ele nada faz, apenas tira meus braços de torno de si. Sento-me ao seu lado.
— Meu amor, eu estava morrendo de saudades! — Eu falei. — Não via a hora de você... — Ele me interrompeu
— Violetta, precisamos conversar seriamente! — Ele me encara. — O que foi, meu amor? — Indago. — Aconteceu alguma coisa? — Sim! — Ele suspira. Meu coração acelerou, eu já comecei a ficar nervosa.
— Diego, pelo amor de Deus, o que há ? — Perguntei nervosa e uma vontade de chorar me acometeu. — Está me deixando nervosa! Meu am...
— Eu tenho outra, Violetta! — Eu fico estática. O mundo ao meu redor não existia mais, eu não queria mais existir. – Eu não te amo mais, tudo que um dia eu senti por você, desapareceu assim que conheci Francesca. E ela vem me acompanhando em minhas viagens ao longo desse um ano em que nos afastamos. – Ele dá de ombros. – Eu quero o divórcio!
Eu não consigo acreditar em tudo o que ele me diz, não depois de tudo que passamos, tudo que planejamos juntos. Eu me levanto do sofá, meus olhos ardendo pelas lágrimas contidas e me volto para Diego, sentindo repulsa e ódio de mim mesma por amar esse traste, por me entregar de corpo e alma em nossa relação.
— Eu te amei, Diego. Eu te amo. — Esbravejo. — Eu me entreguei de corpo e alma para você, para depois você me trocar por uma qualquer? Eu te odeio! — Ergo minha mão e a desço em direção ao seu rosto, depositando ali um belo e estalado tapa. — Quero que suma daqui. Ainda hoje!
Rumo até a cozinha, onde Natalia faz suas tarefas ignorando a nossa briga e nosso termino. Assim que chego à cozinha, ela me recebe, literalmente, de braços aberto e ali, choro. Começo a chorar feito uma criancinha que perdeu algo muito especial e neste caso, eu perdi a pessoa que eu mais amava neste mundo. Naty acariciava minhas madeixas e permanecia em silêncio, ela sabia que tudo que ela fosse falar naquele momento, não valeria de nada. Eu só precisava de um ombro amigo, um pessoa confiável para cuidar de mim e Naty era a pessoa certa para isso.
Embora ela seja meio louca, desastrada e sem noção, ela é uma ótima pessoa, uma ótima amiga, além de uma ótima cozinheira.
— Quer um copo com água, Vilu? — Ela indaga, quando estou um pouco melhor.
— Não, Naty. Muito obrigada! — Sussurrei e sorri em agradecimento. — Eu vou para fora, para a piscina, avise-me quando ele for, por favor!
— Sim, senhora! — Concorda e eu me ponho a caminhar para fora, senti-me sobre uma espreguiçadeira e fico fitando a bela paisagem à minha frente.
Aquela floresta à minha frente, me pego imaginando como deve ser tranquila, mas muito trabalhosa. Tive vontade de passar pelo menos um dia lá, para ter pelo menos uma noção de seria viver ali. Muito embora eu viva longe da agitação da cidade, ainda sim é um pouco movimentada o bairro e não tenho a total tranquilidade que queria e gostaria de ter. Acho que...
— Vilu, ele quer falar com você. — Naty me avista e eu aquiesço, levantando-me e seguindo-a para dentro de casa.
Diego me espera na sala de estar.
— O que quer? — Pergunto fria.
— Queria avisar que assinaremos o divórcio amanhã mesmo. Também veremos a divisão dos bens. — Diz.
— Que seja! Fique com o que quiser, só quero a casa. Não preciso de você para me sustentar, nunca precisei. — Esbravejo. — Agora faça o favor de se retirar de minha casa!
Aponto para a porta, que Naty abre no mesmo instante e fica morando seus próprio pés, enquanto ele passa e não se despede. Assim que ele sai e Natalia fecha a porta, subo para o meu quarto e sento-me na cama, observando o closet dele totalmente vazio, assim como se encontra o meu coração.
Só quero saber como ele foi capaz de me fazer isso. E por quê! Essa vadia vai se arrepender de ter me tirado o amor de minha vida, a se vai!
Autor(a): aleblanco
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