Fanfic: Amante da Fantasia *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Quando ela começou a mexer nos botões de sua calça, afastou-lhe as mãos.

- Anahí...

- Hum? - ela indagou, os olhos escurecidos pelo desejo.

- Nada.

Ela se dirigiu até a cama, e Alfonso ofegou ao avistar as nádegas arredondadas através do tecido transparente. Anahí deitou-se de lado e o encarou. Terminando de se despir, uniu-se a ela.

Ao virá-la de costas, o baby-doll abriu-se, presenteando-o com o seio direito, com o qual ele se deliciou.

- Oh, Alfonso... - ela gemeu.

Ela tremia com suas carícias. Seu corpo era fogo líquido, bramindo a necessidade que sentia dela.

No entanto, não era apenas o corpo de Anahí que ele queria.

Ele a queria. E abandoná-la o destruiria.

Alfonso engoliu em seco, recuando. Esperara uma eternidade por aquela noite, por aquela mulher. Com carinho, roçou a mão na face delicada, gravando em sua memória cada detalhe.

Sua preciosa Anahí. Nunca a esqueceria.

Com a alma pranteando pelo que estava prestes a fazer com ela, afastou-lhe as pernas com o joelho. Estremeceu com a intensidade da maravilhosa sensação de tê-la sob si, de tocar-lhe a pele macia.

E então ele cometeu o erro de fitá-la nos olhos. O pesar ali refletido deixou-o sem fôlego.

Você nunca teve nada na vida que não tivesse roubado de alguém.

Alfonso enrijeceu-se ao recordar as palavras de Jasão. A última coisa que queria era tomar algo da mulher que tanto lhe dera.

Como posso fazer isso com ela?

- O que você está esperando? - Anahí indagou.

Ele não sabia.

Tudo o que sabia era que não conseguia deixar de fitar aqueles tristes olhos azuis. Olhos que chorariam se ele a usasse e partisse. Olhos que verteriam lágrimas de felicidade se ele ficasse. Porém, se ele ficasse, sua família a destruiria.

E, naquele momento, soube o que precisava fazer.

Anahí envolveu sua cintura com as pernas.

- Alfonso, tem que se apressar. Nosso tempo está acabando.

Ele não falou. Não conseguiu falar. Na verdade, não confiava em si mesmo para falar, com medo de mudar de ideia.

Ao longo dos séculos, ele fora muitas coisas: órfão, ladrão, marido, pai, herói, lenda e, finalmente, escravo. Ainda assim, nunca fora covarde. Alfonso da Macedônia nunca havia sido medroso.

Era o comandante que havia encarado uma legião inteira de romanos e, rindo, os desafiara a decapitá-lo. Era esse homem que Anahí encontrara, e era esse homem que a amava.

Era esse homem que se recusava a magoá-la.

Anahí tentou mover os quadris para aproximá-lo de seu corpo, mas ele não cedeu.

- Você sabe do que eu sentirei mais saudade? - ele perguntou.

- Não.

- Do cheiro de seus cabelos ao mergulhar meu rosto neles. Da forma como você me agarra e grita meu nome ao atingir o êxtase. Da sua risada. Mas, acima de tudo, da sua aparência logo de manhã, com a luz do sol incidindo em seu rosto. Nunca me esquecerei disso.

Alfonso roçou os quadris nos dela. Porém, em vez de deslizar para dentro do corpo dela, o movimento terminou em uma carícia gloriosa que os fez gemer.

Aproximando o rosto de seu ouvido, ele acariciou seu pescoço.

- Vou amá-la para sempre. - sussurrou.

Anahí escutou-o inspirar profundamente junto aos seus cabelos, ao mesmo tempo em que o relógio soava meia-noite.

Em um clarão, ele desapareceu.