Fanfic: Amante da Fantasia *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Um Ano Depois...

Alfonso abriu a porta do quarto do hospital. Seguido por sua mãe e por Maite, entrou em silêncio, não querendo perturbar Anahí, caso ela estivesse descansando.

Ao vê-la deitada na cama, sentiu medo. A aparência pálida e frágil o aterrorizava. Não suportava vê-la daquele jeito.

Ela era sua força. Seu coração. Sua alma. Tudo o que era bom em sua vida. O pensamento de perdê-la lhe era intolerável.

Anahí abriu os olhos e sorriu.

- Oi. - ela sussurrou.

- Ei, garota! - disse Maite. - Como você está se sentindo?

- Estou exausta, mas me sentindo muito bem.

Alfonso inclinou-se para beijá-la.

- Você precisa de alguma coisa?

- Eu tenho tudo de que poderia precisar. - Anahí falou, com a face luminosa.

Ele sorriu.

- Então, onde estão os meus netos? - sua mãe exigiu saber.

- Eles foram levados para serem pesados. - respondeu Anahí.

De imediato, como se fosse uma deixa, as enfermeiras empurraram os berços para dentro do quarto. Elas verificaram as pulseiras de Anahí e dos bebês e saíram em silêncio.

Alfonso afastou-se de Anahí apenas tempo suficiente para pegar seu filho. Foi dominado pela felicidade ao embalar a minúscula criança. Anahí lhe dera muito mais do que ele esperara ter. E muito mais do que merecia.

- Este é Ryan Herrera Portilla. - ele disse, entregando o bebê para sua mãe. Em seguida, pegou a filha. - E esta é Kate Herrera Portilla. - disse, colocando-a no outro braço da mãe.

Os lábios dela tremiam ao fitar a neta.

- Você lhe deu um dos meus nomes?

- Nós dois quisemos isso. - disse Anahí.

Lágrimas escorreram pelo rosto de Afrodite, enquanto ela olhava alternadamente de um para o outro bebê.

- Oh, os presentes que tenho para vocês dois...

- Mãe! - Alfonso a interrompeu. - Por favor, sem presentes. Dê-lhes apenas seu amor.

Afrodite fungou e riu.

- Está bem. Mas, se mudar de ideia, é só me avisar.

Anahí observou Alfonso passar a mão pela cabecinha de Ryan. Embora não parecesse possível, naquele momento ela o amou ainda mais. Cada dia que haviam passado juntos fora uma bênção.

- Oh - Maite começou a falar, tomando Kate dos braços de Afrodite -, eu passei na livraria ontem e Príapo tinha sumido. Houve uma lua cheia alguns dias atrás. Quem quer apostar que ele está fazendo sexo selvagem com alguém no momento?

Todos riram. Exceto Alfonso.

- Algo errado? - Anahí indagou.

- Acho que eu só estou me sentindo um pouco culpado em relação a ele.

- Culpado? - Maite indagou com descrença. - Por causa de Príapo?

Alfonso apontou as crianças e Anahí.

- Como eu posso continuar ressentido? Sem a maldição, eu nunca teria todos vocês. Foi insuportável, mas preciso dizer que, no fim, valeu a pena.

Eles encararam Afrodite com expectativa.

- O quê? - ela perguntou inocentemente. - Não me digam que o querem livre agora. Eu já disse, quando ele aprender a lição...

Maite meneou a cabeça.

- Pobre tio Príapo. - ela falou para Kate. - Mas ele foi um menino muito mau.

Neste instante, uma enfermeira abriu a porta e hesitou.

- Hum, Dr. Herrera - disse para Alfonso -, há um casal lá fora que diz ter parentesco com o senhor. Eles... hum... - Baixou o tom de voz para um sussurro. - Eles são motociclistas.

- Ei, Alfonso - Eros falou atrás da enfermeira -, diga para Átila, o Huno, aqui, que está tudo certo. Assim, podemos entrar e babar nos bebês.

Alfonso riu.

- Está tudo bem, Trish. - ele falou para a enfermeira. - Ele é meu irmão.

Eros fez uma careta para Trish enquanto ele e Psiquê entravam.

- Alguém me lembre de lançar um feitiço nela na saída. - ele falou quando Trish fechou a porta.

Alfonso arqueou a sobrancelha.

- Vou precisar confiscar seu arco de novo?

Eros estalou a língua para ele ao aproximar-se de Maite e pegar Kate no colo.

- Oh, que pequena destruidora de corações você vai ser. Aposto que os garotinhos vão correr atrás de você aos montes.

Empalidecendo, Alfonso virou-se para Afrodite.

- Mãe, eu gostaria de um presente. - Afrodite fitou-o esperançosamente. - Você falaria com Hefesto a respeito de um cinto de castidade para Kate? - ele pediu.

- Alfonso! - Anahí riu.

- Ela não terá que usar por muito tempo. Só uns trinta ou quarenta anos.

Anahí revirou os olhos.

- É bom que você tenha sua mamãe. - disse ela para o bebê nos braços de Eros. - Porque papai não é divertido.

Alfonso ergueu a sobrancelha com arrogância.

- Não sou divertido? - ele repetiu. - Curioso, não foi isso o que você disse no dia em que concebeu esses dois.

- Alfonso! - Anahí exclamou, com o rosto ardendo.

Porém, ela aprendera havia muito tempo que ele era incorrigível.

E ela o amava daquele jeito.

FIM