Fanfic: Amante da Fantasia *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

- Oh, Mai - Anahí sussurrou -, como eu deixo você me enfiar nessas coisas?

Antes que pudesse ponderar mais sobre o assunto, o interfone tocou.

- Sim, Lisa?

- Seu paciente das onze horas cancelou a consulta e, enquanto estava com a Sra. Thibideaux, sua amiga Maite Perroni ligou milhões de vezes, e eu não estou exagerando ou brincando. Ela deixou uma porção de mensagens urgentes, pedindo que ligue para o celular dela o mais rápido possível.

- Obrigada, Lisa.

Pegando o telefone, Anahí ligou para a amiga.

- Graças a Deus! - Maite falou antes que ela pudesse dizer algo. - Você precisa trazer o seu traseiro até aqui e levar o seu namorado para casa. Agora!

- Ele não é meu namorado, ele é seu...

- Ah, você quer saber o que ele é? - perguntou Maite, com um tom de histeria na voz. - Ele é um maldito ímã de estrógeno, é isso o que ele é. As mulheres estão aglomeradas ao redor da minha banca neste instante. Sunshine está adorando. Ela vendeu mais cerâmica esta manhã do que já tinha vendido antes. Tentei levá-lo para casa, mas não consigo reduzir esta multidão. Juro, você acharia que temos uma celebridade aqui. Nunca vi nada igual. Agora, traga o seu traseiro até aqui e me ajude!

O telefone ficou mudo.

Anahí amaldiçoou sua sorte. Interfonou para Lisa e pediu-lhe para cancelar todas as demais consultas do dia.

Assim que chegou à praça, Anahí percebeu o que Maite quisera dizer.

Devia haver ao menos vinte mulheres ao redor de Alfonso, e outras tantas o olhavam, embasbacadas, ao passarem por lá. As que estavam mais próximas se acotovelavam e se empurravam, tentando chamar-lhe a atenção.

No entanto, o mais inacreditável era a cena de três mulheres que tinham os braços sobre ele enquanto outra tirava uma foto.

- Oh, obrigada. - uma mulher na faixa dos 35 anos murmurou para Alfonso, ao agarrar a câmera das mãos de quem tirara a foto. Ela acomodou a máquina fotográfica perto dos seios, de forma a desviar a atenção de Alfonso para lá, mas ele não parecia nem um pouco interessado.

- Isso é tão maravilhoso. - ela continuou falando, efusivamente. - Eu mal posso esperar para chegar em casa e mostrar isto para o meu grupo literário. Elas nunca vão acreditar que eu encontrei um modelo de capa de romances no bairro francês.

Algo a respeito da postura rígida de Alfonso levou Anahí a suspeitar que ele não gostava daquela atenção toda. Mas precisava reconhecer que ele tinha o mérito de não estar sendo abertamente rude.

Ainda assim, o sorriso não lhe alcançava os olhos e era muito diferente daquele que ele lhe dera na noite anterior.

- É um prazer. - disse ele para a mulher. As risadinhas que irromperam eram ensurdecedoras.

Anahí meneou a cabeça, descrente. Mulheres, alguma dignidade, por favor!

No entanto, considerando o rosto, o corpo e o sorriso de Alfonso, ela também se sentia um pouco tonta cada vez que ele a fitava. Portanto, quem poderia realmente culpá-las por agirem como pré-adolescentes em um show de rock?

De repente, Alfonso olhou através do mar de admiradoras com hormônios furiosos e encontrou seu olhar. Anahí arqueou uma sobrancelha para ele, divertida.

Imediatamente, o sorriso dele desvaneceu. Os olhos a focalizaram, como os de um predador faminto que acabara de encontrar a próxima refeição.

- Se me dão licença. - disse ele, abrindo caminho por entre as mulheres e se dirigindo até ela.

Anahí engoliu em seco, notando a hostilidade instantânea das mulheres, que fecharam a cara em massa para ela. Porém, o pior foi a súbita e intensa explosão de desejo que sentiu, fazendo seu coração disparar.

E, a cada passo que ele dava, a sensação se multiplicava por dez.