Fanfic: Os Encantos de Anúbis | Tema: As Crônicas dos Kane
Teria dado tudo certo se o meu maldito bá tivesse voltado ao meu corpo na hora que eu queria. Mas claro que ele não colaborou comigo. Sem poder controlá-lo, tive que ficar dando voltas e voltas pelo Duat. Indo e vindo de lugar nenhum para lugar nenhum. A verdade era que meu bá não tinha rumo, mas parecia estar tão satisfeito de ter sido “libertado” depois de tanto tempo, que poderia ficar zanzando por ai eternamente. Pra minha sorte ele não podia fazer isso mesmo que quisesse. Quando meu corpo resolveu se levantar ele teve que voltar. Se minha mente tivesse ficado em meu corpo durante meu sono eu certamente não teria dormido tanto. Mas como fui levada para longe meu “eu físico” pode descansar sem ser perturbado pelos meus pensamentos conturbados relacionados a Anúbis. Logo, eu acordei quando já era a manhã do dia seguinte. E algo me dizia que o sol já havia nascido há algum tempo, pois estava calor e havia barulho nos corredores.
Corri para me arrumar e colocar meu plano em prática. Ou pelo menos tentar. Fui ao banheiro para escovar os dentes e tomar um bom banho já que ainda estava usando a roupa do dia anterior. Sai e me vesti o mais rápido que consegui. O primeiro lugar em que pensei ir foi o quarto de Anúbis. Bati na porta algumas vezes mas ninguém respondeu. Então, sem me importar nenhum pouco com o que fossem pensar, entrei. Obviamente o quarto estava vazio. Imediatamente comecei a pensar que ele podia ter sumido de novo. Mesmo ele tendo prometido que não faria mais isso. Mas de certa forma ele havia meio que se despedido na noite anterior. E sempre poderia ter havido alguma emergência no mundo dos mortos que precisasse de sua atenção. Eu não tinha porque ficar brava com ele daquela vez se ele tivesse realmente ido embora. Até porque, quem deu a louca na noite anterior e deixou o garoto perdido fui eu!
Apesar do lanchinho forçado da noite anterior eu estava com fome e resolvi ir a cozinha atrás de café da manhã, ou de almoço. Não estava certa ainda de que horas eram. A única coisa que eu sabia era que estávamos num sábado, por isso todos os magos estavam “de folga”. Resultado: a casa do Brooklyn estava uma bagunça só. Pelo menos eu não tinha nenhuma aula para dar. Antes de chegar a cozinha já percebi que ela estava meio vazia. Certamente já tinha passado da hora do café da manhã. Mas quando adentrei o cômodo tive uma estranha e ao mesmo tempo agradável surpresa. Anúbis estava ali. Ele usava um avental de cozinheiro e estava efetivamente cozinhando. Era a coisa mais engraçada que eu já tinha visto na minha vida! Pedi ajuda aos deuses para me controlar e não rir naquele momento. A última coisa que eu precisava era dar outro fora com ele. Respirei fundo e tentei me acostumar com a visão dele daquele jeito. Só depois cheguei mais perto deixando ele perceber minha presença.
- Bom dia - digo depois que ele olha pra mim - Você está fazendo o café da manhã? - Não, ele estava travando uma batalha contra as forças do caos! Mas que pergunta mais idiota de se fazer, Sadie! Você merecia um prêmio por ser tão óbvia!
- Sim - respondeu ele com toda a educação e cordialidade que lhe é comum - Como você demorou pra acordar e tudo já tinha acabado então eu resolvi preparar seu café. Espero que não se importe.
- Que eu não me importe?! Fala sério, isso é demais. Tudo que estou precisando agora é de um café da manhã preparado por um deus! - sorri e ele sorriu de volta. Então me aproximei para lhe dar um leve beijo nos lábios.
Aquela manhã havia começado melhor do que eu imaginava. Estava esperando uma atitude totalmente diferente da parte dele. Achei que estaria nervoso, inseguro, ou pelo menos apreensivo depois do que aconteceu conosco. Mas ao contrário disso ele estava me tratando perfeitamente bem, um perfeito cavalheiro. Terminou de preparar a comida e nos serviu. Eu jamais vira ovos mexidos com bacon arrumados tão harmonicamente em um prato. Ele também tinha feito um suco de laranja e waffles com calda. E tudo estava divinamente delicioso, com o perdão do trocadilho. Só parei de comer quando tudo a minha frente havia acabado. Ele também comeu, claro que não com toda a minha voracidade. Quando já não havia mais nada comestível por perto eu me aproximei dele e segurei sua mão. Não sei se foi proposital mas ele se levantou para tirar a mesa bem nessa hora. E acreditem, ele limpou a mesa e até lavou a louça. Eu estava impressionada.
Quando cheguei perto dele me oferecendo para ajuda-lo, mas na verdade querendo chamar a atenção dele pra mim, percebi que ele não me olhava direito nos olhos. E quando tentei tocá-lo ele se esquivou novamente. Agora eu podia ter certeza, havia alguma coisa muito errada acontecendo. Comecei a me lembrar do que eu vira quando meu bá visitou o quarto de Anúbis. Das coisas que ele dissera a si mesmo. Das decisões que tomara. Não era possível que ele realmente ia fazer aquilo. Não podia ser verdade! Eu realmente havia estragado tudo? Anúbis não ia querer nunca mais se aproximar de mim?! Não, eu não podia aceitar isso! Ele teria que me ouvir. Teria que ouvir a minha explicação. Que ele não havia feito nada de errado naquela noite. Eu é que não me senti pronta e fui tão estúpida a ponto de não falar sobre isso por vergonha. Por não querer passar pela garota ingênua que está com medo de ter relações sexuais com o namorado.
Antes, porém, de que eu conseguisse colocar todos esses pensamentos em palavras. Antes mesmo de que eu conseguisse levar Anúbis para um lugar mais tranquilo para conversarmos. Carter chegou estragando tudo! Mas é claro que ninguém ficou espantado com isso. Meu irmão é o rei em “estragar tudo” mesmo! Ele irrompeu como um foguete na cozinha e andou diretamente até mim. O mais estranho na cena não foi o fato de ele estar todo afobado e inquieto em pleno sábado. O mais estranho era que um garoto completamente desconhecido o estava seguindo. Ele era um pouco mais alto que Carter e tinha cabelo loiro e olhos verdes. Era muito bonito, tenho que admitir, mas não chegava nem perto de Anúbis. Apesar de ser alto e forte a postura do novato era insegura. Na hora conclui que devia ser um novo mago que chegara a casa do Brooklyn e estava, no mínimo, receoso quanto a se juntar a um grupo de jovens magos.
- Sadie, preciso que faça uma coisa - e eu soube no instante seguinte o que ele queria. Não foi necessário que terminasse o que estava dizendo.
- Não, Carter - respondi - Não vou apresentar a casa e fazer a iniciação de nenhum mago novato - percebi que o garoto novo se assustou um pouco com a minha rispidez, então acrescentei - Desculpe, não é nada pessoal, sério. Mas é que meu irmão aqui consegue ser muito folgado quando quer! E hoje é o meu dia de folga, o que significa que ele tem que cuidar de qualquer problema que apareça. Não que você seja um problema claro...
- Ok... - murmurou o loiro confuso.
- Não sou folgado coisa nenhuma! - reclamou Carter - Não seja boba Sadie, sabe que não viria te pedir nada se não fosse realmente necessário. Acha que gosto de ter que ficar ouvindo suas implicâncias?
- Gente, acho que deviam parar de discutir - interveio Anúbis - Não querem que o Maat seja afetado novamente, não é mesmo?!
- Tem razão - concordou meu irmão, o que foi muito estranho. Desde aquela vez que Carter e eu brigamos eles mal dirigiam a palavra um ao outro, mesmo depois de termos feito as pazes - Olha Sadie, não quero brigar, de verdade. E juro que não estou tentando me safar do trabalho. Eu seria o guia de Augustus com todo o prazer mas tenho que fazer algo muito importante. Vou ter inclusive que ficar fora por uns dias.
- Sei - ponderei ainda um pouco relutante em acreditar nele - E posso pelo menos saber o que de tão importante você vai fazer e aonde?
- Isso não importa - resmungou Carter. Eu apenas levantei as sobrancelhas e esperei - Olha, você só precisa saber que tem a ver com Zia e a família dela no Egito. Não posso dizer mais nada, afinal não é um problema meu para sair contanto por ai. Preciso ir com ela, simplesmente não posso deixa-la ir sozinha. Por favor Sadie, quebra esse galho pra mim.
- Está bem, está bem - cedi enfim - Não precisa chorar, eu faço as honras por aqui. Não sei porque não me disse logo o que estava pegando, não sou tão insensível assim, maninho. Pode ir com sua amada, e cuide bem dela e a ajude no que quer que seja.
- Pode deixar - disse ele e suspirou aliviado em seguida - Bem, Augustus, como já pode ver essa é a minha doce e adorável irmã. Fique tranquilo que apesar de todo esse gênio ela não morde - lancei um sorrisinho amarelo a Carter pela brincadeira - Mas estará em boas mãos com ela, sério, mesmo que não pareça Sadie é uma boa pessoa e uma excelente maga, então pode te explicar um monte de coisas.
- Muito prazer Augustus - estendi a mão para ele que a apertou - Vai adorar conhecer a Casa do Brooklyn comigo. Carter não é nem de longe tão divertido.
- Pode me chamar de Gus - pediu ele sorrindo - E ele é?... - perguntou olhando para o deus da morte. Por um momento me esqueci que ele estava ali.
- Anúbis - se apresentou ele antes que eu pudesse fazê-lo, e também apertou a mão de Gus.
- Ok, me digam que é apenas um nome em homenagem ao deus egípcio e que esse não é o verdadeiro Anúbis! - ele parecia espantado.
- É ele mesmo! - exclamou Carter parecendo animado por mostrar isso a um novato. Meu irmão tinha essa mania chata de querer deixar os novatos impressionados. Por sorte Augustus não teria que aturá-lo por muito mais tempo.
- Acho que já pode ir para sua “missão secreta” Carter, ficaremos bem aqui - sorri tentando deixar Gus mais à vontade - Adeus!
Carter bufou e fechou a cara, mas mesmo assim se despediu e foi embora. Fiquei aliviada apenas pelo tempo suficiente para perceber que havia outro problema. Eu tinha que mostrar a casa e explicar umas coisas ao novo mago Augustus. Ao mesmo tempo Anúbis estava ali e havia tanto que eu precisava falar com ele. Me arrependi de ter aceitado tão facilmente o pedido do meu irmão. Mas agora não tinha como voltar atrás. Ele já devia estar a caminho do Egito uma hora desses e eu não podia deixar o pobre Gus na mão. Por outro lado eu queria tanto conversar com meu namorado. Temia que se esperasse mais tempo fosse perder a coragem de dizer o que tinha para dizer. Céus, aquilo era angustiante. Chegava a me deixar com uma sensação estranha na garganta, como se eu estivesse segurando as palavras que queriam sair. Acho que Anúbis percebeu meu desconforto porque falou:
- Sadie, eu também estou de saída - deixei de ficar angustiada para ficar intrigada. Há poucos minutos atrás ele não parecia que tinha planos de ir a lugar algum - Sabe tenho que resolver algumas coisas lá no “trabalho”. Você tem coisas a fazer por aqui também - acrescentou ele dando uma olhada para Gus - Então nos vemos mais tarde, ok?
- Mas...
- Te encontro de noite - ele não me deixou contestar. Me deu um beijo rápido e sumiu.
Augustus soltou uma exclamação ao ver o deus desaparecer no ar. Eu duvidava, porém, que ele estivesse mais atordoado do que eu com aquela saída tão repentina de Anúbis. Bom, pelo menos ele não havia quebrado sua promessa. Tinha se despedido e ainda dissera quando ia voltar. Eu o veria ainda aquela noite. Não ia ter jeito, eu teria que guardar a coragem para mais tarde. Minha cara não devia estar nada animada quando encarei Augustus. Imaginei isso porque ele parecia bastante constrangido. Não sabia exatamente como ele se sentia mas se eu tivesse que apostar, diria que ele estava se sentindo como se tivesse caído de paraquedas naquela casa. Um mundo completamente novo onde ele sentia que ainda não pertencia. E provavelmente, quando começou a descobrir seus poderes também sentiu que já não pertencia ao mundo dos “humanos normais”. Conclusão: ele estava perdido. Era assim com a maioria dos novatos. Com ele não devia ser muito diferente.
- Gus, está pronto para o primeiro dia do resto de sua vida? - fiz a clássica pergunta que já tinha virado o meu “bordão” ao receber os magos recém chegados. Eu simplesmente adorava ver a cara de dúvida deles enquanto tentavam raciocinar direito e responder.
- Acho que sim... - respondeu ele. E acredite, não foi uma das piores respostas que já ouvi. Eu posso ser bem intimidadora quando quero.
Mas toda aquela cena era só uma maneira de fazer uma introdução descontraída. Logo eu deixava a pose hostil de lado e ficava só com a parte brincalhona. Meu objetivo, afinal, era deixar os calouros tranquilos e fazer com que se sentissem em casa. Não o contrário. Levei Augustus para a sacada, mas antes o alertei que tínhamos um animal de estimação um pouco incomum. Apesar do aviso ele não pareceu ficar menos espantado ao ver o crocodilo albino. Eu, ao contrário de Carter, achava melhor começar mostrando as partes menos usuais da casa, para que a pessoa logo de cara já fosse se acostumando com tudo. Depois fomos até a biblioteca e eu mostrei a ele alguns shabtis. No início ele ficou com medo, mas depois que eu disse que logo ele iria aprender a manipulá-los com seus poderes, Gus ficou animado.
- Uau, ser um mago não deve ser tão ruim quanto eu pensei afinal! - exclamou ele observando um shabti em forma de cachorrinho.
- Mas é claro que não. Bem, se eu disser que não tem uma parte ruim vou estar mentindo. Mas enquanto o deus do caos continuar morto e enterrado não temos muito com o que nos preocupar.
- Você parece ser uma maga muito poderosa mesmo, seu irmão tinha razão - elogiou ele enquanto eu moldava outra forma com a massa.
- Não que eu queira me gabar mas, Carter tem razão sim. Eu levo jeito para a coisa.
- Leva jeito? Eu diria que está sendo humilde - insistiu ele ao meu lado. Não havia reparado que tinha se aproximado tanto até ouvir a voz dele tão perto - Nota-se de longe que você nasceu para isso, Sadie.
- Bem, obrigada - agradeci, sem me sentir lisonjeada com os elogios dele, afinal não era falta de modéstia minha. Perto de um novato não devia ser difícil parecer o máximo com alguns feitiços simples como criar um shabti.
- Espero que você seja minha professora - continuou ele ainda ao meu lado, me observando - Quero ficar bom nisso também.
- Sou uma das professoras, é claro - contei a ele - Mas não sou a única. Temos muitos outros magos bons e experientes por aqui.
- É, mas... - ele hesitou um pouco antes de continuar - Se for você a me ensinar eu vou me sentir muito mais motivado e vou aprender mais rápido.
Não entendi o que ele quis dizer com aquilo. Mas achei muito estranho ele estar me bajulando tanto. O que será que ele queria? Podia muito bem ser um inimigo disfarçado que estava tentando se infiltrar na Casa do Brooklyn e descobrir nossos segredos. Não, isso era absurdo. Carter deve ter se certificado de que ele era mesmo um mago precisando de abrigo, senão nunca o teria trazido aqui para dentro. Parei de ficar imaginando coisas e levei Gus para conhecer os dormitórios. Passamos pelos corredores e logo eu estava lhe mostrando os quartos dos garotos onde ainda haviam camas sobrando. Ele devia escolher um lugar para ficar e depois trazer sua bagagem. Em seguida voltamos para a cozinha e eu perguntei se ele não estava com fome. A tarde havia passado rápido apesar de eu estar ansiosa e de não ter parado de pensar em Anúbis um só minuto.
- Acho que aceito. O que vocês têm ai? - perguntou Augustus.
- Deixa eu ver - falei enquanto abria um dos armários e verificava seu conteúdo - Você gosta de salgadinhos que terminem com a letra “O”?
- Oi? - não pude deixar de rir da cara que ele fez pra mim.
- Foi mal, esqueci de te contar uma das coisas mais importantes aqui da casa do Brooklyn - comecei a explicar - Temos um babuíno. Ele se chama Khufu e é um grande amigo da minha família e de todos os magos aqui. E não é nem de longe um animal comum. Tem uma personalidade marcante e não come nada que não termine com a letra “O”.
- Entendi... eu acho - murmurou Gus franzindo a testa - E o Khufu não vai achar ruim se comermos os salgadinhos dele?
- Provavelmente - respondi pegando um pacote de Doritos - Mas logo você vai aprender que na vida de um mago é preciso saber tomar certos riscos.
Ele riu e nós dividimos o salgadinho de Khufu. Augustus era muito legal e eu poderia ter ficado conversando com ele normalmente até de noite. Seria uma ótima distração para parar de pensar em Anúbis e na conversa que precisávamos ter. Mas comecei a me dar conta que algo estava realmente muito errado. Gus sentou-se perto de mim e a cada minuto se aproximava mais. Ele ria de tudo que eu falava, até mesmo de coisas que não eram nenhum pouco engraçadas. Depois ele começou a pegar no meu braço e na minha mão enquanto falava. Certo, eu podia estar distraída demais para ter percebido antes, mas depois daquele “lanche da tarde” não tinha como não notar. O novato estava dando em cima de mim. Em um outro momento da minha vida eu não teria me importado nenhum pouco com aquilo. Lembre-se, eu disse que Gus era bem bonitinho. Mas não era o caso, já que eu estava namorando.
O pior de tudo era que Augustus sabia disso, pois vira Anúbis me beijando. Qual era o problema daquele garoto? Eu teria que deixar de ser simpática com ele se não se tocasse de uma vez e parasse de tentar se aproximar de mim. Tinha que desempenhar meu papel de anfitriã, mas não era obrigada a ficar aturando as investidas dele. O problema foi que quando eu passei a ser mais seca com ele e a me desviar de seus toques, o novato pareceu ficar ainda mais insistente. A ponto de começar a me xavecar na cara dura. Quando fui me levantar Gus me puxou pelo braço e eu acabei me desequilibrando. Cai e ele me segurou em seus braços. E agora eu te dou um doce se você adivinhar quem chegou bem nessa hora e viu a cena?
- Estou atrapalhando alguma coisa?! - era a primeira vez que eu ouvia a voz Anúbis naquele tom. Ele estava irritado de verdade.
Autor(a): sarahcolins
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Ponto de Vista de Zia A longa viagem de avião até o Egito deveria servir para que eu tentasse me acalmar até chegarmos a casa de minha tia. No entanto aquele tempo sem nada para fazer além de esperar me fez ficar remoendo e relembrando tudo que acontecera nas horas anteriores. Eu acordara sobressaltada depois que meu bá retornou ao corpo. ...
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