Fanfic: Cocaine - Vondy | Tema: Rebelde

Aquela substância quimica entrando todo dia por minhas narinas já era rotina, mas mesmo assim nunca me acostumei com ela, e talvez nunca me acostume. Não é facíl se acostumar com algo que lhe faz mal. Por mais difícil que pareça, no fim, mas no fim mesmo você se acostuma. 

Estava a ponto de me acostumar, essa era a minha vida a 3 anos, tinha que me acostumar. Estava a ponto de chegar ao meu fim, o meu grande fim!

- Dul? – Alguém me chamou. Despertei dos meus pensamentos e vire-me em direção á pessoa. – A galera está indo tragar um baseado. – Ele çocou o nariz avermelhado por causa do pó que a pouco tempo tínhamos cheirados. – Vamos?

Maconha não era a minha praia, aquela erva não era muita coisa na minha opnião, mas ajudava quando não tinha o que eu gosto.

- Vamos, tou precisando viajar um pouco. – Suspirei e me levantei. Ele soltou um "Êeeeh" me arrancando uma gargalhada. – Anda gay!

- Gay é minha rola em você. – Nós dois demos gargalhadas. O Pedro estava comigo desde que entrei nessa vida, ele foi a primeira a pessoa a me ajudar, por mais que no começo tenha implorado para mim deixa essa vida. "Não é para você isso aqui` e blá blá blá. – Espera. –  Paramos. – Pensei que não gostasse da erva.

- Não gosto nem um pouco, mas tem a minha pedra? Não, então é o jeito. Agora anda! – Sair andando na frente dele.

- Maconheira. – Ele gritou, me fazendo rir.

As vezes penso que isso não chega ser a melho coisa para mim... E não é. Nos meus sonhos eu era cantora, eu ia me tornar cantora.. Estava tão perto.. Faculdade, video clipe. Eu tinha tudo para me tornar o que sonhava. Pois bem, "Tinha", não tenho mais. Aquela notícia me destruiu, mas não a culpo aquela notícia por mina vida ser essa droga de agora, até porque culpar uma notícia é burrada. Cedo ou tarde eu teria que acordar para a vida real, e essa vida real me afundaria para sempre, aquela vida real seria o meu fim.

Estavamos a caminhando em direção a um beco velho, que já era acostumada ir ali que nem o cheiro de mofo me incomodava mas. O beco era escuro, que a única coisa que viamos era a luz do cigarro e os vultos das pessoas que se encontrava ali.

- Isso é ótimo. - Falou Amanda toda sorridente. Amanda era aquela pessoa que levantava seu astral em um simples sorriso. Ela era uma garota da cor parda, com as madeixas castanhas escuras. Suas olheiras eram fundas e escuras. Talvez seja o resultado das noites em claros tragando um cigarro atrás do outro. – O que foi Dul? Está tão calada.

- Nada, só não tou no clima. – Dei de ombros e peguei o baseado de maconha. Coloquei-o nos lábios e traguei.

- Você, não é tão calada assim.

- Não pira Ama. – Tirei o cigarro dos lábios entregando a pessoa do meu lado.

- Fala logo sua doente.

- Já falei que não é nada cara. - Bufei e sai andando.

No México estava fazendo 30 graus negativos, e você pode imaginar o frio. Estava com um blusão de tecido fino que não estava ajudando em nada naquele frio.

- Você sabe que já ta na hora de você sair daqui. Só não esta na hora, como já passou. – A mesma suspirou e parou do meu lado. - Isso não é para você Dul.

- Desde quando você sabe o que é bom para mim? – Bufei.– Vindo de uma garota que está aqui a 5 anos não é uma ótima ideia.

- O que você tem em? Estou tentando te ajudar caralho.

- Eu não pedir ajudar Ama.

- Mas eu estou ajudando. Já te falei mil vezes que isso aqui não é para você garota, olha o que estais fazendo com tua vida.

- Cansei desse papo!

- E eu cansei te tentar te ajudar. Continua nessa que tu ganha. Passa bem Dul. - Ela deu um beijo na minha bochecha e saiu.

Estava cansada desse povo azucrinando em meu ouvido, quando eles iam entender que eu estava aqui por que queria? Que esse blá blá blá deles não ia mudar nada? Tudo besteira! Perda de tempo.