Fanfic: Cocaine - Vondy | Tema: Rebelde

Sou um cara feito de papel amassado onde foi feito um rascunho de alguém que a ideia principal era ser legal, um cara escrito por linhas cegas em que nenhuma é correta e que a escrita é só um esboço de palavras sem sentido. Um ser com machucados colados, alguns abertos e outros cicatrizados. Uma pessoa remendada de pancadas, batidas e surras no músculo que bate uma vida, que sente um carinho e que ama uma pessoa. Sou um cara feito de sal que ama dar açúcar em troca de sorrisos, que, mesmo apanhando prefere dar amor em vez de dor. Meus remendos são sentimentos incompletos que completam os sentimentos de outras pessoas, e meu coração partido e a metade que falta do coração de alguém.

Suspirei afastando esses pensamentos da cabeça e me levantei. Era domingo, não tinha nenhum cliente e era folga. Agradeci a Deus. Estava morto de cansado. Não estou reclamando nem nada do meu trabalho, até porque eu amo o meu trabalho, estou reclamando é de ter que ficar 3 dias com os clientes do Herrera. Mas tudo bem, ele estava me devendo uma por isso. 
Caminhei em direção ao banheiro, fiz minhas higienes, tomei um banho rápido e me arrumei. Desci e dei de cara com a Belinda. Ela estava sentada na mesa comendo. Bufei, não estava afim de ver a cara dessa garota no meu dia de sossego.

- Ta fazendo o que aqui? Te chamei? – Falei me sentando. 

- Bom dia para você também Ucker. – Ela mordeu o pão.

- Não mudar de assunto, responde Belinda. 

- Vim te visitar Ucker.

- Não lembro de querer sua visita.

- Grosso. Mal agradecido você.

- Eu mal agradecido? Por favor né! Eu não quero nada contigo garota. NADA! Você ainda não entendeu? Vou repetir isso quantas vezes?

- Não estou afim hoje Ucker. Teus amigos ligaram falando que hoje tinha uma festa na casa do Christian.

- Você atendeu meu celular? Mas que po/rra Belinda! – Levantei, peguei as chaves do carro e sair. 

Até quando isso meu Deus? Até quando? Como vou fazer essa garota entender que não quero nada com ela? Que estou pouco me fodendo para ela? Que quero só sexo? Mas que droga! Meu dia já começou mal.

Manobrei o carro até a casa do Christian, queria saber mas sobre essa "Festa". Chegando lá batir na porta.

- Diz cara. – Fizemos nosso cumprimento. – Entra aí. 

Entrei e me joguei no sofá.

- Se ajeita que você não estar em casa, palhaço. – Maite me jogou uma almofada. 

- Obrigado Maite. – Coloquei a almofada na cabeça. – Ei, que festa é essa que vocês vão fazer?

- Ah, não é totalmente uma festa, é só um encontro de amigos mesmo. A Maite que receber uma amiga que não ver a tempos.

- Ah sim. – Dei de ombros. Seria algo tediante mas iria vim, preciso conhecer essa amiga. Vai que ela é uma gata. Nunca se sabe.

- Dormiu com a Belinda de novo? Pensei que tinha terminado.

- Hã? O que?

- Ela atendeu quando eu liguei Christopher. – Maite revirou os olhos. – Nem adianta esconder que ainda ta com aquela rídicula.

- Eu não estou com ninguém. Estou solteiro. Ela que cismar em ficar no meu pé, já dei mil foras nela, mas ela continua vindo atrás de mim. E eu não vou negar um sexo Maite. Até porque ela fode bem para cara/lho.

- Você me dar nojo. 

- Também te amo.

- Vai vim Ucker? – Perguntou Christian.

- Vou, quero conhecer a amiga da Maite.

- Sai dessa Uckermann, ela não vai ficar contigo, ela tem amor a vida.

- Você ta com ciúmes, só isso. 

- Muitos ciúmes, pegar ela respirando perto de você eu estrangulo ela. 

- Ta vendo ai. – Ri. – Ciúmes. Cuidado Christian, a Maite me ama.

- Eu sei Ucker. Eu sei. – Ele revirou os olhos e ela deu um beijo nele. Eca! 

- Vou indo, não quero ficar de vela.

- Já vai tarde. – Falou Maite.

- Te fode garota.

- Meu namorado faz isso toda hora Ucker.

- O que? – Fiz cara de nojo. – Eca. Vocês me enojam.

Eles riram.

- Tchau, seus coloridos. – Joguei uma almofada neles e sair. 

Dulce pov`s on

Não via Maite desde meus 17 anos. Eramos bastantes amigas, mas com o acidente dos meus pais acabamos nos distanciando. Ela não gostou quando descobriu que virei drogada. Tentou me tirar umas vezes, mas quando viu que não conseguiria desistiu. E com isso paramos de nos falar. Mas ontem quando cheguei da faculdade ela me ligou, e eu fiquei bastante feliz com isso. A gente nos conhecia desde pequenas e quando nos paramos de se falar foi bastante ruim pra mim. Ficamos nos conversando por horas, e ela falou que daria uma festa em minha homenagem. Falou que me mataria se eu faltasse. Falei que iria e levaria dois amigos, ela concordou e nos despedimos.

Falei com a Ama e o Pedro sobre a festa. O Pedro amou e falou que iria de todo jeito, já a Ama falou que talvez não fosse. Ciumenta.

- Bora Ama, por mim! – Fiz bico.

- Vou pensar Dulce.

- Por favorzinho Ama.– Abracei ela e dando beijos no pescoço dela. – Por favor! – Puxei o cabelo dela. – Nunca te pedi nada.

- Mas que droga! Ta certo! – Ela revirou os olhos e riu. – O que eu não faço por você sua palhaça?

- Nada! – Dei um beijo na bochecha dela e fui pro quarto aos pulos. 

Passamos o resto da tarde procurando uma roupa decente para irmos a festa. Eu e a Ama fizemos uma maquiagem simples e fomos colocar nossas roupas. O Pedro decidiu que usaria uma calça jeans, uma camisa preta com desenhos, uma jaqueta jeans, e, um all star branco. A Amanda usaria um vestido tubinho na altura do joelho, da cor branca e um salto preto. Eu usaria um vestido de renda preto com manga comprida e um salto preto mate de veludo. 

A festa era de 20hrs, e já eram 18hrs e 20minutos. Terminamos e chamamos um táxi. A festa era para mim e eu não queria chegar atrasada. A casa da Maite não era tão longe, era na zona sul da cidade e eu chegaria lá em menos de 30 minutos. 

Chegamos lá, pagamos o carro e descemos.

- Pu/ta merda, ela mora aqui? – Perguntou Pedro.

- Acho que sim, é o lugar que ta no endereço

- Vamos chamar um táxi de volta Dulce, estou me sentindo humilhada.

- Deixa de besteira.– Revirei os olhos.

- Olha onde ela mora, e olha como estamos vestidos. Vamos ser huilhados.

- Que hipocrisia é essa? Affz! – Bufei. – Ficar calada que vamos entrar.

- Dulce não!

- Dulce sim!

- Dulce sim! – Pedro repitiu.

Peguei na mão de Ama e a puxei para dentro. 

- Boa noite. – Sorri meigamente. – Viemos a festa da Maite Perroni.

- Dulce certo? – Perguntou o recepcionista.

- Sim! – Afirmei.

- A Sra. Maite está a sua espera. 

- Ok, obrigado.

Puxei novamente a Ama, só que agora pro elevador. Apertei pro andar que o recepcionista falou.

- Vamos ser humilhados, já falei. 

- Ama xiu, não estraga por favor. 

- Né isso, não estraga. – Falou Pedro.

- Se fomos humilhados como você está dizendo, nos vamos embora certo? – Ela assentiu. – Ok.

Estava afim de da meia volta e voltar pro táxi como a Ama tinha dito. Não via a Maite a 3 anos, não sei nem como reagir a ela.

Chegamos. Saimos do elevador e olhamos um para o outro.

- E seja o que Deus quiser! – Apertei a campainha. Ouvir uma música e depois a maçaneta virando.

Olhei para a pessoa que tinha aberto a porta.

- Dulce! – Falou Maite sorrindo.