Fanfic: Cocaine - Vondy | Tema: Rebelde

Maite se encontrava com um vestido curto com decote nas costa, e um salto da cor begue. Seus cabelos antes um preto claro, agora eram um preto azulado. Em seus lábios contém um sorriso lindo. Ela estava linda, mudada. 
De repente sentir sendo puxada para um agraço, em seguida de uma tapa na cara.

- Ai! – Soltei um gemido e levei a mão aonde ela havia dado a tapa. – Ta doida Maite? – Bufei. – Mas que droga!

- Isso é pelo o que você me fez passar. Sua vaca. – Ela me puxou para outro abraço. – Sentir muito a sua falta.

- Também sentir muito a sua falta gatinha. – Sorri. – Como você estar? – Olhei para Pedro que olhava para dentro do apartamento, e Ama que não tava dando a mínima pro que estava acontecendo. – Esses são os meus amores. – Mostrei Pedro e Ama. – Eles estão comigo desde... Hm... Você sabe. – Ela assentiu. – Eles me ajudaram a sair do vício.

- Obrigado! – Falou sorrindo para Ama e Pedro. – Bom, vocês vão entrar ou não?

- Ah, vamos. – Puxei Ama e Pedro para dentro.

- Cara. – Falou Pedro. – Seu apartamento é MA-RA-VI-LHO-SO.

Maite soltou uma gargalhada.

- Obrigado! Sinta-se em casa. – Pedro sorriu para ela. – Dulce, só chamei uns amigos ok? Acho que a metade deles você nem conhece.

- Não, tudo bem. – Sorri.

- Pu/ta merda como estava com saudade de você sua idiota.

- Não me ver a 3 anos e me trata assim? Ofendida! 

- Eu posso, xiu! – Ela chegou perto de mim e eu vir de canto de olho a Ama revira os olhos.

- Essa é a Amanda. – Puxei Ama. – Ela é como uma mãe pra mim. Me ajudou muito e continua ajudando. – Abracei a mesma. – Ela é o meu anjo. 

- Obrigado por cuidar dela. – Ela riu timidamente. – Eu queria poder ter feito o mesmo. Mas eu tinha 18 anos e não sabia nem o que queria para a minha vida. – A mesma suspirou. – Tentei umas vezes tira ela do vício, não conseguir. 

- Deveria ter ficado do lado dela mesmo assim. – Falou Ama seca.

- Ama! – Repreendi a mesma. – Desculpa May!

- Não, tudo bem. Eu concordo com ela. Deveria ter ficado do seu lado, mas não, eu apenas te deixei. – Ela pegou em minhas mão. – Não te deixarei nunca mais. – Sorriu.

- Promete?

- Prometo. Juro juradinho. Lembra? – Falou levantando o dedo mindinho. 

- Juro juradinho. – Sorri e juntei nossos dedos mindinhos. 

Ficamos conversando por um tempo, colocando as coisas em dias. Descobrir que a Maite tinha virado atriz e estava fazendo o papel em uma novela. Não lembro o nome, ou acho que não perguntei. Estava namorando a 1 ano e meio com um tal de "Christian", que era um médico. Ela estava noiva, e pretendia se casar quando terminasse a novela que estava atuando. Entre muitas coisas, e blá blá blá. A Maite que eu conhecia, besta, nerd, bv, e, `santinha" como muitos diziam, tinha crescido. Tinha se tornado uma atriz maravilhosa, uma ótima amiga, uma ótima noiva entre muitas outras coisas.

Estavam falando da última festa que fomos, aquando chegou um homem - Ele era branquinho com lindos olhos castanhos. Acho que tem seus 24 anos. O mesmo usava uma camisa cinza clara, uma calça branca e um sapato preto. – a abraçou por trás.

- Oi meu amor. – Deu um beijo nela. Me ajeitei na cadeira e olhei para Pedro que devorava uma tela na parede. – Qual das duas é a sua amiga?

- A ruiva. – Pelo amor de Deus Maite.

- Dulce certo?

- Isso. – Sorri.

- Sou Christian, noivo da Maite. – Estendeu a mão. Apertei a mão do mesmo. – Estou feliz em te conhcer. A Maite me falou muito de você.

- Falou? – Olhei para Maite. 

- Falei Dulce, ele é meu noivo!

- Não te preocupa, não sou fofoqueiro. 

- Não achei que fosse. – Sorri fraco. Sério que tem que ficar contando a todos que eu era uma drogada? Pelo amor de Deus.

Tempo depois o apartamento já estava lotado, e a Maite estava certa, não conhecia nem a metade das pessoas que estavam ali. Tinha me perdido do Pedro e a Ama, então caminhei em direção a varanda, me encostei na barra e olhei a visão maravilhosa que tinha a minha frente. A visão da cidade era linda, as luzes parecia estrelas.

" - Dul você sabia dá estrela que deu errado?  – Ela falou acariciando meu cabelo.

- Não mãe, me conte.

- Quem já tentou fazer um bolo sabe: às vezes alguma coisa misteriosa acontece dentro do forno e pronto, o bolo "esquece" de crescer e fica todo murcho. Pois com as estrelas acontece uma coisa parecida! Quer saber como?

- Sim  – Sorri boba.

- Bom, para conseguir um bolo gostoso, a gente precisa de duas coisas: da massa e do calor do forno. Pois para fazer uma estrela a gente precisa das mesmas coisas! Só que a massa de um estrela é também o forno! Como assim?  – Ela fez cara de confusa. Ri. – É que a massa de fazer estrelas não é feita de farinha de trigo e ovos, não: ela é composta de gases, principalmente hélio e hidrogênio. Esses gases, de vez em quando, resolvem se comprimir, e essa compressão libera uma montanha de calor! Ou seja, em vez do forno, é a própria massa que "assa" a estrela! E, quanto mais massa, mais calor! Com a temperatura hiper-ultra-alta, o hidrogênio da massa começa a queimar e acontece um negócio chamado fusão nuclear. Essa fusão libera um "gigantilhão" de energia e, popt, nasce uma estrelinha!  – A mesma sorriu e deu um beijo na minha testa.  – Mas, de vez em quando, o Universo resolve fazer uma estrela com um pouquinho só de massa. Aí já viu, né? Pouca massa, pouco calor. Resultado: uma estrela murcha? Não, uma...anã marrom! É por esse nome engraçadíssimo que os astrônomos conhecem as estrelas que não deram certo!"

Acho que eu tinha meus 11 anos quando isso aconteceu. Não lembro de momentos assim com minha mãe depois dos 13. Quando criança ela costumava ser a melhor mãe do mundo, quando entrei na adolescência tudo mudou. Os jeitos, as falas, os olhares, tudo. Lembro -me que da última vez que vi ela. Ela estava histérica. Estava jogando as coisas na paredes, gritando coisas sem sentindos. Xingava e chorava sem parar. 

" - Mãe?  – Perguntei.  – Tudo bem?

- Hoje acha que eu estou bem Dulce?  – Sorriu ironicamente.  – Você esta de brincadeira né?

- Não! 

- O que você quer? Não ia passar a noite na casa da Maite?  – Falou sentando-se no sofá.  – Esta fazendo o que na droga dessa casa?

- Vim pegar umas roupas, mas já vou indo, desculpa qualquer coisa ai. - Fui em direção a escada.

- Dul..  – Virei.  – Espera.  – Ela veio em minha direção.  – Lembra da vez que te contei sobre as estrelas que dão errado?  – Assenti.  – Deu errado Dulce.  – A mesma começou a chorar.

- Mãe? Tudo bem?  – Abracei a mesma.

- Esta tudo bem.  – Ela saiu do meu abraço.  – Vai pegar as roupas e sai logo.

- Mã..  – Ela interrompeu.

- Não teima, vai logo.

Subi correndo pro quarto.

Até quando teria que aguentar isso? Ela não podia simplesmente ser uma boa mãe? Aquelas que mesmo você errando esta ali contigo. Não fiz nada de errado, não entendo por que ela é assim. Estudo, não falto uma aula, sou uma filha quieta, boa, não sou de sair, a não ser com a Maite. Vivo em casa, na faculdade ou no estúdio gravando umas músicas. O que eu tinha feito de errado para ela mudar tanto comigo?

Suspirei, peguei a bolsa de roupa e desci.

- Tchau mãe, bença?

- Deus te abençoe. – Dei um beijo em sua testa.

- Te amo. – Fui em direção a porta.

- Também te amo meu doce. 

Olhei para ela e sorri. Porque ela não podia simplesmente ser assim o tempo todo?

- Até depois da manhã.

- Até, e nunca se esqueça Dulce. Por nada nesse mundo se esqueça do que lhe direi agora. 

- Ok mãe, diga. 

- Nunca se esqueça que mesmo que o céu desmorone sobre nossas cabeças, ainda estaremos em meio as estrelas."

- E mesmo que o céu desmorone sobre nossas cabeças, ainda estaremos em meio as estrelas. – Falei quase como um sussuro.

- Sabia que é desnecessário você está perdendo a festa. – Uma voz rouca me despertou. Virei-me. Christopher.

- Não, a festa é pra mim, posso fazer o que bem entender! – Sorri.

- A festa é pra você? – Ele franziu o cenho.

- Sou a amiga da Maite que ela não ver a um tempinho.

- Ah sim! – Se aproximou. – Se a festa é para você, está fazendo o que aqui?

- Não conheço a metade das pessoas.

- Entendo. Veio só?

- Não, trouxe dois amigos.

- Ah!

- Veio só também?

- Si.. – Uma loira magra o interrompeu.

- Não! Ele veio comigo. Né amor? – Deu um selinho nele. – Prazer, sou a Belinda, namorada do Ucker. – Sorriu falsa.

- Prazer Belinda, me chamo Dulce. E estou nem ai pro que você é, ou deixa de ser do Christopher. Certo? – Ela me olhou assustada. – Agora, tchau casal. – Acenei e fui em direção a Maite. Pelo amor de Deus, que garota sem sal.