Fanfic: Cocaine - Vondy | Tema: Rebelde

A minha droga já tinha evaporado. Fumei toda. O que se resultou na minha abstinência. Quando eu não fumo a pedra, a abstinência fode comigo. Fico possessa por qualquer coisa, tenho perdas de controles, só de ouvir a voz de alguém me dá uma irritação insuportavel, a ansiedade para fumar a pedra é grande e a agitação toma conta de mim. A minha vontade era de quebrar tudo, matar todos. 

Não gostava nem um pouco quando a abstinência me atacava, era algo que me incomodava.

- Dul,  se acalma. –  Pedro estava tentando me acalmar a meia hora, mas ele sabia que quando a abstinência chega só a droga da pedra me acalmava.

- Eu estou calma porra!. – Bufo. Estava calma, os efeitos de está sem fumar que estava me fazendo deixando estressada.

- Por deus Dul! –  Joguei um prato na parede.

Posso ser uma drogada, ,as se tinha uma coisa que eu não gostava era de morra na rua, me enoja só de lembrar de quando eu fiquei na rua por uns dias, aquela imundice me fez da valor a uma casa. Sempre fiz questão de ter uma casinha depois desses dias, pequena, com 4 vãos, mas uma casa. Faço questão também de sempre deixa uma metade do dinheiro que arrumo para o aluguel. Mora em rua não era comigo, poderia não ter aonde morar, mas na rua não ficaria, daria o meu jeito. Na rua somos desrespeitados, humilhados/ofendidos, maltratados. Somos gente também, e a sociedade tinha que entender isso. Não é porque somos drogados que eles podem ter todo esse preconceito conosco. Aonde já se viu isso? É ridiculo! Classe social alta, baixa, meia, tudo besteira. Tudo! Então como não sou obrigada a ficar ouvindo essas asneiras que a sociedade fala, preferir mora em uma casa. E conseguir, com o dinheiro que ganhava conseguir alugar uma, pequena mas o suficiente 2 pessoas.

O Pedro veio mora comigo depois de um tempo, acho que depois de 1 mês de amizade. Moramos juntos até hoje, quase 3 anos depois. O Pedro e a Amanda são como meus pais, amo eles demais. Mas os sermões dele não adianta em nada, pois eles tão na mesma que eu, e a mais tempo também. Eu sairia dessa vida quando quisesse, e no momento não queria.

- Eu quero o caralho da pedra! – Gritei. – Me arrume por favor Pedro.

- Dul eu não tenho mais aqui, nem tenho dinheiro ou aonde te arrumar. - Bufei e joguei um vidro na parede. – Dulce, se acalma, eu não gosto de te ver assim.

- E eu gosto? – Rir irônica. A última coisa que gostava do mundo era me ver assim, odiava. Eu só quero que isso passasse. 

- Cheguei. - Ama entrou as pressas na casa. Ama era o apelido que havia dado a Amanda semanas depois que a conhecir.

- Chamou ela? - Gritei e soltei uma risada irônica. – Claro, você tinha que chamar a heroina.

- Dul por favor se acalma, só vim te ajudar. – Ela sorriu meigamente para mim. Poderia abraça ela agara se não tivesse com tanta vontade de dar uma voadora nela e no Pedro.

- Eu estou calma, muito calma até.Vocês que não entendem. 

- Não parede!

- Estou sem paciência, vai-te embora Ama. 

- Você sabe que eu não vou te deixar. – Sim, eu sabia disso, até mesmo que não quisesse eu saberia. A Amanda faria tudo para me tirar dessa vida. – Irei te ajudar nessa.

- Eu não quero ajuda Amanda, eu quero a maldita pedra. – Eu queria a ajuda dela, muito, mas o meu pensamente estava todo direcionado a pedra e a última coisa que eu queria era ajuda.  

- Esquece essa droga, olha para mim Dul, eu quero te ajudar. 

- Eu não quero a droga da sua ajuda, eu não preciso disso. – Sim, eu preciso muito, mas não vou falar e nem consigo falar.

- Deixa de ser orgulhosa Dul. - Ela bufou.- Me deixa te ajudar. Olha o que o crack está fazendo contigo. Ele te destruiu Dul. Você está acabada, feia. Não é a mesma de antes. Quando você chegou aqui tinha suas curvas avantajadas, corpão, e olha você agora, estais seca. - A mesma deixa uma lágrima cair. – Você não é tão bonita como antes. Você precisa sair dessa vida, não por mim nem pelo Pedro, mas sim por você mesma. Dê uma chance a você Dul, és tão nova ainda. 

- Eu falei que não quero ajuda. 

Eu sabia que eu sair daquela vida era o certo para mim, que eu não podia mas continuar assim. Mas eu estava tanto tempo já nessa que só de pensar em deixar algo que você está a 3 anos não é nem um pouco fácil, pode ser igual a minha vida, mas não é fácil. A boniteza não é para sempre, um dia ela se vai, e acho que isso que aconteceu comigo, não a droga que me deixou assim. Antes de entra nessa vida eu tinha tudo do bom e do melhor, festas, baladas, dinheiro, sexo, álcool. Mas tudo foi se esvaindo e quando vi já não tinha mais nada. Acho que aconteceu o mesmo com a beleza.

Estava indo ao encontro do traficante da área onde ia fumar sempre com o Pedro. Felipe era o chefão do lugar, ninguém entrava ou saia sem a permissão dele. 

- Felipe está? – Perguntei a um dos seguranças que estavam tampando a entrada.

- Sim, o que deseja? – Questionou o mesmo.

- Vim fazer uma compra.

– Ah sim, entre. – O mesmo saiu da frente liberando a entrada.