Fanfic: Cocaine - Vondy | Tema: Rebelde

   1 mês depois

E faz pouco tempo que descobri isso. Agora sinto que finalmente passou toda aquela fase ruim onde não conseguimos olhar pra nós mesmos no espelho. Eu me sinto melhor. Até que aceitemos que um novo começo só nasce depois de um fim, vivemos um momento de recomposição das energias e de recuperação dos motivos para dar risada. Ainda bem que tenho amigos que conseguiram me ajudar. Fico feliz em olhar pra mim e ver como ultimamente tenho gostado do que vejo.

Eu sempre me diminuí diante da minha saudade, sempre cedi aos estalar dos dedos e sempre ignorei tudo para ter pouco, só que hoje sinto que as coisas mudaram. Hoje eu tenho preferido pensar na parte boa da vida. Já dediquei tempo o bastante para as partes ruins e os dias tristes; hoje eu quero começar de novo. E o mais legal: eu sei exatamente como eu quero viver e as coisas que quero aproveitar.
É por isso que me sinto bem para fazer bem. O tempo me ensinou a respirar e entender que enquanto eu não estiver bem comigo, eu jamais vou conseguir fazer bem pra outra pessoa. Este é um clichê no qual todo mundo pode confiar. E eu bem que tentei fazer o contrário. Até saí algumas vezes com pessoas bacanas, mas eu não conseguia aproveitar a noite, eu mal conseguia olhar nos olhos e só imaginava como a minha cama estava quentinha numa hora daquelas. Vivia com uma parte de mim querendo superar e outra entendendo que existe a hora certa para superar.

Eu aprendi a respeitar a vida e a velocidade com que ela acontece. É claro que, se eu pudesse escolher, hoje estaria comemorando mais um dia junto de um ALGUÉM ESPECIAL, porém eu entendi que para que eu pudesse reconstruir minha vida eu precisaria deixá-la ruir.
Isso tudo aqui é soma de coisas óbvias que a gente esquece de colocar em prática – inclusive eu, claro. E assim é a vida, né? Sabemos como ela funciona, sabemos que não é fácil e o quanto a dificultamos; sabemos que muitas das coisas dependem da gente, porém, ah os poréns, porém a gente insiste em querer ter resposta para as filosofias da vida que nós mesmos criamos. Eu sou do tipo que adora falar por horas do que vivo. Eu gosto de ouvir opiniões para fortalecer a minha. “E aí ela fez isso e aquilo”, “olha só, deixa te contar como foi”. E não vejo nada de errado nisso, errado sou eu querer ter resposta pra tudo e me frustrar quando não encontro; o que acontece em 99% das vezes.

A vida é óbvia. O amor é óbvio. Nós vamos amar, vamos parar de amar. Nós vamos amar, vamos amar sozinhos, vamos sofrer, vamos querer morrer e aí voltaremos a amar. O ciclo é óbvio. Mas essa visão é o tipo de coisa que só o tempo mostra pra gente.
É por isso que estou na fase de me sentir bem para fazer bem. E faz pouco tempo que descobri isso. Tudo começou quando aceitei que tudo terminou. Fico feliz em olhar pra mim e ver alguém pronto pra fazer bem a outro alguém.

- Que demora da mulesta Dulce!  – Gritou Ama. – Morreu?

- Jamais! Não vou lhe dá este gostinho.  – Sorri e desci aos pulos.  – Tou pronta, vamos?

- Vamos!

Hoje iriamos beber, iamos esquecer tudo, iamos VIVER! Hoje é dia de ficar BÊBADA!

Ucker pov`s 

O dia era de folga, então tinha combinado de ir a balada com os caras, o negócio é viver a vida, sair, beber, rir, ser feliz.

- Ta pronto gay? 

- Não Christian, tenho que fazer a maquiagem ainda!

- Só lamento, agora anda ou dô-lhe um tabete.

- Que pressa!

- Cuida gay!

- Pronto po/rra

- Obrigado! –  O mesmo fez sinal de agradecimento. Gay!

Minutos depois já estava dentro da balada, e como imaginamos estava lotada. Gente caida, dançando, bebendo, rindo, tudo. E o principal, tinha gatas!

- QUEREM ALGUMA BEBIDA?  – Gritei por causa da zuada.

- Sim, uma cerveja artesanal. – Falou Christian.

- E você Alfonso?

- Um uísque com coca-cola.

- Ok, volto já. – Sair em direção ao barzinho que estava cheio por sinal, passaria horas para pegar 3 bebidas ali. Mereço.

A balada não estava nada mal, tinha garotas lindas, pegaria a metade. A música era ótima, estava tocando "Y.A.L.A" da M.I.A. Várias garotas estavam rebolando como doidas e descendo até o chão. Acabou a música que tocava e começou a tocar outra. "Bad Girls" Também da M.I.A.

Muitas dessas garotas já estavam mortas de bêbadas, e eu ia querer me aproveitar disso. Não sou um cafajeste de se aproveitar dessas garotas bêbadas, queria apenas beijos, nada mais!

Reparei em umas garotas que até no fim da noite daria um jeito de pegar, mais duas me chamaram a atenção. Elas estavam no meio da pista dançando como se não houvesse amanhã. Uma das garotas rebolava até ao chão e subia sorrindo de um jeito sapeca. A mesma garota tinha umas curvas deliciosas detrás, não sei de frente, mas saberia já.

Sair em direção a dona do meu primeiro beijo da noite.

- Hey – Toquei no ombro da garota que segundos depois estava me encarando.

- Oi? 

- Dulce? – A garota que a um mês atrás tinha esbarrado sem querer. Ela estava mudada... Ela estava linda!! Tinha ganhado um corpo, que dizer, ela já tinha, mas não como agora. Suas curvas naquele vestido branco era impossível de não ser reparadas. Ela tinha engordado um pouco e não estava tão seca como antes. Seus lábios antes ressecados, agora estavam mas vivos e muito beijáveis. – É você?

- Sim!

- Não me reconhece? – Lógico que não! Nos vimos uma vez, lógico que ela não fazia a mínima ideia de quem era eu.

- Estou me perguntando quem é você. – Ela sorriu envergonhada e jogou seus cabelos para o lado. Ruivos. Seus cabelos eram ruivos. – Bom.. Eu acho.. Pera – A mesma quase gritou. – Christopher!

- Isso! – Sorri. – Lembrou!

- Desculpa, não estou mais tão sóbria.

- Tudo bem! Você mudou desde a última vez que lhe vi. – E olha como mudou. Não esta nada comparada  a garota que esbarrei a um mês atrás.

- Obrigado! – A mesma sorriu. Droga! Que sorriso lindo ela tinha. – Está fazendo o que aqui?

- Aproveitando a folga.

- Ah sim. 

- E você, está fazendo o que aqui?

- Bom, estou curtindo a vida.

- Ah sim, desculpa o incômodo já estou indo, foi ótimo te reencontrar.

- Imagina, idem Ucker!

Voltei ao barzinho, peguei as bebidas e voltei aonde os meninos estavam.

Dulce pov`s on

- Quem era o gato? –  Amanda estava a minutos me matando de perguntas sobre o Christopher. – Já rolou? Conheceu aonde? Ele tem irmãos? Idade? Trabalha? Conta sua escrota!

- Pelo amor de Deus, eu só sei o nome dele. Nos vimos uma única vez, nada mais. Acalma a xana! – Ri.

- Dulce Maria! Arrocha! Ele tava te comendo com os olhos.

- Também acho, agora vamos continuar a dançar!

- Vai que ele é a pessoa certa para você.

- Pessoa certa é aquela que fo/de bem para ca/ralho.

- Vai que ele fo/de bem para caralho, ninguém sabe.

- Cala a boca.  – Soltei uma gargalhada.  – Vamos dançar!