Fanfic: Cocaine - Vondy | Tema: Rebelde

Tem certos dias que minha vida vira de pernas pro ar, e a culpa disso tudo nem é minha, eu sempre me estresso com isso, fico mal, choro e no outro dia vem as consequências: fico abatida, cansada e desmotivada. O pior é quando acabo descontando e magoando alguém que não tem nada a ver com isso. Por isso decidi parar de me estressar e ficar acabando comigo mesma, afinal isso não tá me levando a lugar nenhum, e acho que agora é hora de mudanças, já não sou uma garotinha assustada e sozinha, agora eu sou uma mulher, e tenho poucas, mas tenho pessoas por mim. 

Hoje iria começa a minha terapia, estava tentando começa uma nova etapa da minha vida. Já tinha me escrito em faculdades, estava só esperando a resposta. Tinha arrumado um emprego, não pagava muito bem mas dava. Ama me fez começar um terapia para poder me acostumar a fica sem o cigarro. Tinha parado com todas as outras drogas, só o cigarro que continuava na minha vida. E para tirar isso também, tinha que fazer uma terapia. 

- Dulce, estais prontas? – Perguntou Ama.

- Sim, estou.

- Tente não fumar nenhum cigarro, e preste atenção no que o terapeuta irá falar.

- Está certo mãe. – Ri.

- Idiota! Agora vaza!

- Está me expulsando?

- VAZA DULCE! – Soltei uma gargalhada e sair para fora da casa. Um táxi já estava a minha espera, então apenas entrei nele e falei o lugar.

Estava tão feliz com a minha nova vida. Poderia voltar com o meu sonho de ser cantora e quem sabe dessa vez eu consiga? Se a gente sonha, de alguma forma acreditamos. Se a gente acredita, é porque existe alguma possibilidade de fazer acontecer. Não se esqueça disso jamais.

Acredito que o importante não seja ganhar ou perder, errar ou acertar,mas quantas vezes vencemos os nossos medos e lutamos pelos nossos sonhos. Aceitar o meu erro não foi fácil. Estou em um processo de aprendizagem. Quem me dera ser perfeito mas ser humano é ser perfeitamente imperfeito. Às vezes a vida segue um rumo estranho e nos leva por caminhos que não queremos caminhar. Mas tudo faz sentido agora. Estou aprendendo a viver. Estou aprendendo a esperar . 

- Moça? – O taxista chamou minha atenção. – Chegamos!

- Ah sim. Obrigado! – Paguei o táxi e entrei no hospital.

O hospital era um dos melhores de Puebla, só ia pessoas com condições de pagar. Poucas vezes eles atende de graça para uns pacientes, mas é uma raridade de acontecer. 

Entrei e fui em direção ao balção.

- Bom dia. – Falei com a recepcionista.

- Bom dia. – A recepcionista sorriu meigamente. – O que deseja?

- Tenho uma consulta com o doutor Herrera. – Respondi.

- Desculpe, mas o doutor Herrera não esta atendendo.

- Como assim não está "atendendo"? – Fiz aspa com os dedos. –  Ele é médico certo? – Ela assentiu. – Que médico não está para atender a paciente na hora marcada? Que tipo de médico é ele? – Só podia ser brincadeira.

- Desculpe moça, mas ele não está!

- Pu/ta merda! – Bufei. – Ele não deixou ninguém atendendo no lugar dele?

- Deixe-me ver! – Ela começou a olhar algo no computador.

- É bom que tenha deixado, não estou pagando para não ser atendida!

- Desculpe pela confusão. – Ela sorriu tímida. – O doutor Herrera deixou o doutor Uckermann atendendo no lugar dele.

- Pare de pedir desculpas miúda, isso está me irritanto! 

- Me des...

- Por Deus! – Sou obrigada a isso? Jamais! – Qual a sala?

- 32. Tenha uma boa consultar.

- Espero ter mesmo!

Sair em direção a sala que ficava no final do corredor.

Já tinha começado mal, o idiota do médico não estava e deixou outro no lugar dele. Isso é um absurdo, se vim para me consultar com o Dr. Herrera era para ser atendida por ele não por esse tal de Dr. Uckermann. Estou pagando para isso!

Bati na porta.

Ucker pov`s on

Novamente o idiota do Alfonso inventou de sair para curtir com a namorada e eu tive que ficar com os pacientes deles. Isso já estava me irritando. Mas tudo bem, quando fosse a minha vez ele iria ver.  Tinha no total de 10 pacientes para atender ainda, sendo que meus só tinha 1 que eu tinha acabado de atender. O próximo paciente era do Alfonso.

O Alfonso era terapeuta, ajudava as pessoas viciadas se desviciar. Eu achava o máximo isso, mas não entendia muito, então fazia o possível. Eu era pediatra e não terapeuta, então tinha que fazer o possível mesmo.

Tomei um copo de água antes do próximo paciente entrar. 

Ouvi batidas na porta.

- Entre. – Suspirei. Me ajeitei na cadeira e abrir a gaveta pegando o formulário do paciente.

- Bom dia. – Falou a mulher se sentando entrando na sala.

- Dia bom. – Sorri e olhei para a mulher. – Dulce? – Ela usava um preto vermelho justo que ia até as suas coxas, as alças do mesmo faziam uma volta em seu pescoço e se uniam na frente de seus seios, mas não conseguiam tampar a fenda que se contrastava ainda mais por causa do aperto que os envolviam. Seus pés estavam vestidos por uma bota coturno preta com vira de leopardo. Os cabelos Ruivos estavam lisos e batiam até o meio de sua bunda, os olhos pintados gentilmente por um delineador preto e os lábios cobertos por um vermelho delicado. Ela estava maravilhosa. Estava mais linda do que eu imaginei que poderia ficar. – Está fazendo o que aqui?

- Vim me consultar Christopher. Você é o médico que vai substituir o tal do Dr. Herrera?

- Sim. – Confirmei.

- Não tinha a mínima ideia que você era médico, estou passada. – Ela sorriu torto.

- E eu não tinha a mínima ideia que você era paciente. – Retribuir o sorriso. – Sente-se.

Ela sentou e cruzou as pernas. Que coxas ela tinha. Deus. Suspirei e voltei a olha-la.

- Então Dulce. – Olhei o formulário da mesma. Ela teria uma consulta sobre cigarro. Cigarro? Pu/ta merda. Agora entendi o porque de uma hora para outra ela mudar assim. Ela fumava. Olhei mais o pouco a ficha e voltei a olha-la. – Você era viciada em cigarros?

- Não, em cigarros não. – Ela suspirou. – É dífcil de explicar Christopher.

- Tudo bem, só tou tentando te entender para te ajudar.

- Ok. Eu vou te contar. 

- Ok, quando quiser.

Ela ficou calada por uns 2 minutos e começou.

- Tudo começou quando eu tinha meus 17 anos. Tinha acabado de perder meus pais junto com tudo que eu tinha. – Ela parou por uns segundos e continuou. – Eu não tinha ideia do que faria da minha vida naquele momento. Eu tinha acabado de perder meus pais e tudo que queria era chorar e chorar. Um amigo meu falou que iria me ajudar e me levou para uma boca de fumo. E lá eu comecei a me drogar e isso continuou até o dia que eu te 2 meses atrás. Eu queria parar mais não conseguia, era mais forte que eu. – A mesma deixou uma lágrima cair, mas tratou de limpa logo. – No dia que te conhecir eu tinha acabado de pegar uma droga fiado. 

- Dulce.. – Ela me interrompeu.

- Eu sei, fui uma ótaria de estragar a minha vida assim. Mas eu tou tentando reconstruir ela e por isso tou aqui. A droga foi pagar e eu estou muito melhor, não cheiro mas, nem fumo nenhuma daquelas drogas. Só o cigarro, e vim aqui para o Dr. Herrera me ajudar nisso. Mas se ele não estar, tudo bem, eu venho depois. – Ela se levantou.

- Sente-se Dulce, eu serei seu médico hoje, e irei te ajudar. – Ela sentou novamente.

- Desculpa está te incomodando com minhas derrotas.

- Não está incomodando, sou teu médico. Agora vamos começar a consulta? 

- Vamos. – Ela sorriu.